O rolê do acaso.

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Há mais ou menos duas semanas atrás, Guilherme planejava um Rolé. Rolé esse específico no parque. Ele queria muito que a Allyn fosse, por isso me chamou, certeza. Apesar deles falarem que não rola nada entre eles, eu apoio.
Acabou que, na primeira data marcada, Allyn ficou de castigo. Na segunda data, eu inventei uma desculpa. E na terceira data, ninguém confirmou nada.
Meu pai fomos comer churrascos no estacionamento, onde estava tendo um envento, uma espécie de feira de empreendedorismo. Meu pai quis ir ver. Logo na primeira barraca, ele quis comprar um dinoussaro para meu irmão, por que? Também não sei. Meu irmão detonaria ele é menos de 24horas.
Nessa barraca estava Aklym, irmã mais nova de Allyn. Por mera coincidência do destino, Aklym estava ali, o que nos levou até a tia Heloísa, mãe delas. Fomos até onde a tia Heloísa estava, na barraca de uma amiga dela fazendo companhia para tal.
- A Allyn vai chegar -Ela disse quando eu sentei no meio-fio mesmo de tanto tédio. - teu tio foi buscar ela.
- Vou esperar aqui.
- Cadê tua mãe? -Ela perguntou
- Ah, no aniversário do Emmanuel com o Alienígena.
- Ah . -Disse a tia Heloísa apontando com uma espécie de 'biquinho' na direção do fim de fileiras com barracas -Olha ali.
Levanto com a maior alegria do mundo ao ver a vaca sem chifres da Allyn. Nós duas corremos e nos abraçamos, mesmo tendo visto ela na tarde anterior, parecia que eu não a vi há 84 anos.
Ficamos andando um tempo, o bom de eu ficar sobre responsabilidade do meu pai é que, ele deixa por exemplo, eu andar por alguns metros longe de onde ele estava, minha mãe jamais deixaria.
- Mana, te contei a mamãe conversando com o Gabriel? - Ela pergunta bastante ansiosa
- O Gabriel? O teu melhor amigo virtual?
- É, ele mesmo. - Ela conta - Ela pegou o numero dele no meu celular, quando eu vi eu disse pra ele não confiança que era a mamãe, sabe o que ele respondeu?
- Claro que não. O que ele disse?
- Ele simplesmente respondeu: eu não, eu quero falar com minha sogra.
- Eta. - Pergunto, as conversas que ela posta parece ser algo serio, a titia ja sabe então... -Vocês tão namorando ou não?
- Tamo não, - Ela diz tristinha -ele meu amigo.
- Hum, sei.
- É sério, Jubis.
- como vocês se conheceram mesmo, tia?
- Pelo aplicativo de coreano. - Ela diz
- Ah, .
O sonho de Allyn é ser cantora de K-pop. Ela quer ser uma K-Idol. Baixou centenas de vezes aplicativos para conversar com coreanos. Ela recebeu vários nudes, era engraçado a reação que ela tinha, ela dizia que nunca mais iria usar o tal aplicativo. Depois usava de novo, conhecia outro menino, que ela dizia que seria diferente, que ele sim seria legal, daí quebrava a cara pois recebia outro nude, prometia nunca mais baixar de novo o aplicativo, e então acontecia tudo de novo. O que me admirou foi a coragem e persistência dela em continuar a acreditar que uma hora ou outra iria encontrar um coreano com tudo aquilo que pediu. E conseguiu. Coisas de piscianos, deve ser isso. Enfim, o cara que ela tanto pediu, é o Gabriel.
- Eu sei que ele não é bem um coreano, mas é descendente de coreanos. - Ela diz rindo
- , e o que ele e a titia falaram exatamente?
- Ah, ele vem me conhecer.
- O que? - Pergunto supresa
- Ele vem aqui pra Iraco me conhecer.
- Ah, sério? Que legal, mana. - Fico muito feliz por ela - O bom é que ele mora aqui pertinho, ?
- Sim. Ele vem depois das férias. - Ela conta enquanto andamos bastante pelo estacionamento - Ele no último ano, ta esperando as aulas terminarem.
- E ele vocês conversaram sobre ele frio?
- Sim, tu tinha razão ele tava bastante ocupado. Mas custava ele avisar que tava estudando? - Ela muda de assunto rapiadamente -Bora pro parquinho?
- Bora. -Respondo indo perdir falar com meu pai- Ô paiê......
Resultado: meu pai deixou, mas o pai dela não. Parabéns Allyn.
- com internet aqui, bora perturbar o Guilherme? - Sugeri, não tínhamos muita opção mesmo.
- Bora.
- Vocês ainda vão? - Meu pai pergunta
- O titio não deixou a Allyn ir.
- Vão. - Tio Elias diz.
- Sério, pai? Te amo. - Diz Allyn dando um abraço nele - Bora, Jubis.
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Ah dica de hoje é: mesmo que você esteja com 0 a fim de vontade de sair e socializar com as pessoas, e for, meio que obrigado a ir, vá pelo menos arrumado, nunca se sabe se pode acontecer algo, como por exemplo, ir para o rolê maluco com sua melhor amiga ainda mais maluca.
Até sairmos do estacionamento, Allyn ficou o caminho todo reclamando, dizendo que parecia uma puta.
- Por que, sua retardada? - Digo a ela - Tu ótima. Eu que to morta.
Literalmente estava mesmo.
- Minha camisa é transparente.
- Mas o que?- Digo enquanto ela continua puxando a camisa - Tia, ta ótima.
- To muito parecida com uma puta.
- Ah, Allyn. - Tentei consolar, as vezes dar raiva dizer a ela o quanto ela ta bem porque ela sempre rebate dizendo que não - Tudo que eu posso te dizer, é, sempre terá alguém em uma situação pior que você, no caso eu.
- Ah, sem frases Leonlindas agora. E tu é bonita. - Ela apressa os passos - Cala essa boca e vamo logo.
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Quando a gente chegou no parquinho, Allyn ficou o maior tempo reclamando de ver algum menino que ela flertava.
- Olha, aquele ruivo ali, eu peguei ele.
- Como assim, tia? - Olhei para o menino -Ah, ele é o namorado da Ananda.
- Ah, credo. - Allyn diz, e olha que ela nem conhece Anada direito pessoalmente. -Ele era legal. Pra namorar com a Ananda a pessoa tem que ta muito no auge da idiotice.
- Hum.
- Ta vendo aquele do lado dele? Eu pegaria mas ele é gay. - Ela diz rindo -Ta a gente vai onde primeiro?
- Na bilheteria comprar ingresso? - sugiro.
- Aah, verdade, tu que ir comprar.- Ela diz - Eu ainda os meus.
- é daquele dia? Manooo. - Pergunto rindo. Foi em rolê que ficamos uma semana marcando e no dia do rolê chuveu pra caramba. Nesse dia Leandra me trocou por Ananda mais tudo bem, Allyn e eu conhecemos uma menina maravilhosa - agora a gente vai exatamente pra onde?
- Não sei..
- No chapéu.....- Antes de terminar de falar as opções ela grita:
- Nem fudendo. - Ela diz me puxando para o lado oposto, o da roda gigante -Bora na roda gigante.
- Mas é chato.
- Eu vou criar coragem pra ir , - Ela diz olhando pro chapéu mexicano - prometo.
- .
- Bora falar sobre os boys.- Ela pergunta assim que entramos -E o Alessandro, falou com a titia?
- Naum.
- Eu vou te jogar daqui sua abestada. - Elandiz, mas sem se mover, pois sabemos que ela tava morrendo de medo - disse pra tu falar. Olha...............
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- amanhã eu falo. -Prometo a ela
- Fala mesmo.
- . - Promessa de caranguejo.
- Palavra de Briana?
- Palavra de quem? - Pergunto com um bug enorme na mente.
- Como você pôde esquecer? - Ela me encara com a mão do peito. Típico de Allyn fazendo drama.
- Do que ta falando tia? - Juro que não saquei a referência.
- Costumava ser nosso desenho favorito, como tu esqueceu?
- Ta falando de Castelo de diamantes? - Pergunto.
- Olha o garotinho caiu. - Ela diz -
- Onde? - Prgunto olhando os brinquedos mais próximos - Ah, ali. Pensei que fosse do brinquedo.
- Nossa, Jubis que Malvada.
- pensou, o garotinho caiu do brinquedo, daí vai todo mundo ver se houve algum machucado e o cara daqui esquece de tirar todo mundo e deixa a gente aqui em cima? - Odeio minhas paranóias, mas elas tem fundamentos.
- É ele quem prende a gente, ? - Sim. Allyn, é bem aleatória.
- Anh? -
- Eu não sei me prender. - Ela diz
- Em que?
- Ali. - Ela aponta pro chapeu mexicano - Eu não vou li de jeito nenhum
- Amiga, relaxa. Tu vai sim. - A encorajo - se vive uma única vez.
- se vive uma vez foda-se. - Ela fala - Amei a calça daquela menina.
- Meu Deus, Allyn.
- É sério, se eu fosse lésbica, eu pegava ela. - Ela continua
- , me diz onde ta a menina.
- Pera. - Ela diz olhando para uma barraca - Porra, eu perdi a menina. Mas amei a calça dela.
- tipo muito chato aqui. - Falo
- Sim. Não volto mais aqui. Na última vez que eu vim, eu vim pra beijar meu colega. - Allyn conta -A gente saiu daqui com 30 reais, cada.
- Nosfa. - Comento -As apostas de vocês são meio doidas, é tipo, conquistar um menino que nunca viu antes, beijar o cara mais gótico da escola, ou, beijar um colega na roda gigante. Se apaixonou por ele também, Allyn?
Da última aposta parecida com essa, Allyn se apaixonou pelo menino. Pedro. Eles namoraram sério, por duas semanas, até ela descobrir algo e terminar tudo. Não, ela não foi corna.
- Não, claro que não. Mas ele gosta de mim.
- Allyn, sua vaca.
- Mas ele sabe que era uma aposta, ?
- Aquela é a Diely? - Ela semicerra os olhos
- Aff. - Falo -Até aqui esse demônio nos persegue.
- Para, Jubis. Ela legal. - Allyn comenta -Não entendo porquê vocês se odeiam.
- Eu não odeio ela, é que nosso santo não bate. - Eu digo - Eles se chocaram.
- Olha, o Ruan com ela.
- Aaaaaah, eu vi o Ruan. - Digo rindo -Ele não é tão escroto como nas fotos.
- Ele é legal, mora perto de casa. A mamãe fica bagunçado com ele. -Ela diz - Ele é muito legal.
- Eles tão indo pro chapéu.
- Foda- se a vaca da Diely vai de novo comigo. - Ela diz olhando eles entrando.
- Amada? Eu to aqui contigo sua rapariguinha. - Eu digo magoada -Minha presença não é suficiente para você? Porque olha.....
- Não, Jubis. Credo, deixa de ser dramática.
- Ah, agora eu sou dramática. - Tento dizer mas Allyn não deixa - Foi tu que.....
- Eu não vou nesse brinquedo nem fudendo. - Ela diz por fim.
- Aaaah, vai sim senhora.
Diely, Ruan, e as outras duas meninas que estavam com eles foram em dois brinquedos diferentes e Allyn e eu ainda não tínhamos saídos da roda gigante. Perdemos uns 10minutos ali, certeza.
Quando finalmente saímos foi fácil encontrar as amiguinhas da Allyn. Eles estavam indo novamente na barca pirata. Allyn ficou entre ir e não. Decidiu quando a gente já estava entrando, Diely simplesmente sumiu do nada. Não reclamei também.
- Depois a gente vem.
- Ta, então a gente vai agora no chapéu. - Digo meio que arrastando ela
- Não, depois.
- tia decide. - Digo olhando ao redor - Tem quatro opções, a não ser que, você queira ir na....
- Não, é pra criança. - Ela diz antes de eu terminar de falar, mas eu ia falar pula- pula, e não o carrossel. Se bem que o carrossel é bem legal.
- Eu fui com o neném , e pode ter certeza que é bem melhor que a roda. - Afirmo.
- Vamo no carrinho bate-bate?
- Vamo, mas tu sabe dirigir? -Pergunto enquanto íamos em direção do brinquedo
- Não, pensei que tu soubesse. - Ela diz entao damos meia-volta -Bora logo no chapéu.
- Amém.
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- Jubis, se eu morrer, diga a minha mãe que eu a amo, diga ao papai que eu o amo, caso encontre com Taehyuan, diga que eu o amei até a última batida do meu coração, e até meus últimos suspiros, e diga eu morri dizendo que o amava.
- More, tipo assim, caso tu morra aqui, tu vai meio que morrer gritando. - Aviso a ela - E se tu gritar, quando a gente voltar eu te mato. É pra dizer pra Diely que tu ama ela?
- Ah, ciumenta. Não esquece que eu te amo, e entrega o óculos dela.
- Por que tu com o óculos dela, sua retardada? - Na hora que Diely foi tirar fotos com o Ruan e as outras duas meninas desconhecidas, ela entregou seu óculos para Allyn, que eu pensava ter devolvido.
- O cara vem fechar aqui, ?
- Sim. - Digo a ela.

No fim. Deu tudo certo. Allyn não gritou, mas quando desceu, desceu tontinha.
E então fomos ao barca pirata.
- Tem certeza, Jubis? - Ela pergunta quando entramos pra valer no brinquedo.
- Tia, a gente tem essa vida, e nem sabemos até quando. - Falo fechando o brinquedo -Aqui é agua raiz, intensidade é nosso lema.
- o que?
- Ah nada, Allyn. Coisas de signos. - Peço a ela mais uma vez.- Por favor, não grita.
- , mas eu vou gritar.
- Ta bom, evita palavrões. - Tudo bem se ela quiser gritar, deste de que ela me deixe surda.
- Ta caralho. - Ela grita
- Lyn, é serio. - Digo rindo junto com ela, mas então olho onde a gente estar e ...- Allyn, sua rapariguinha, tu percebeu que a gente , praticamente na ponta?
- Não, Jubis. - Ela diz querendo levantar - Eu não tinha percebido, vamo sair daqui agora.
- tem gente na frente
- Porra. - Ela diz olhando ao redor -Por que tu sempre tem que ver as coisas?
- Seiuai, mas vai ficar bem. - tento acalmar ela -No maximo a gente fica sem,.... sem estômago.
- Merda, Jubiscreusa, tu lembra se eu comi alguma coisa? - Ela pergunta levando a mão a barriga.
- Não, tu comeu quatro sorvetes e recusou a maçã do amor que eu pagaria pra ti.
- Mentira, eu não comi quatro sovertes. - Ela diz - E depois da historia que tu contou sobre maçã do amor, quero nem papo.
- Vai começar.
- Ah meu Deus.

Acabamos indo duas vezes seguidas. E sim, Allyn gritou, e falou muito palavrão também, só não tanto quanto as minas que foram na ponta. Elas podiam simplesmente gritar, mas não, tem que chamar tudo quanto é nome. Senguindo o conselho de uma menina, tirei o pé do chão. A sensação é muito boa, falei para Allyn, mas ela não quis, tentou, o frio na barriga aumentar e ela parou.
Foi o auge esse dia.
E nesse dia ficamos sem estômago:').

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