-Nayme, que hora é? –Leandra virou e perguntou de Nayme, mas na verdade a pergunta seria: Leandra, você está afim de estudar?
-É 15:35 –Nayme respondeu, e voltou a conversar com Luíza, Arthur e de vez em quando, Josiscleiton.
-Faltam 10 minutos, calma Leandra –Digo em uma tentiva de deixa-la menos ansiosa. –Faltam 10 dias também.
Ela começou a rir, e diz:
- Jubis, são 10 centímetros.
Talvez você não saiba o que isso quer dizer, e parabéns se não sabe, e se sabe isso já perdeu a graça (porém ainda tô rindo), eu não saberia se não tivesse chegado no fim da conversar dos meninos que dizia que o Robertinho tinha 10 centímetros. (Os 10 dias são para meu aniversário).
Esses dias foram muito complicados, não sei se estou muito ansiosa, ou se é o mês do meu aniversário, e eu ando muito chorona também, mas nem de TMP eu estou. Mas o bosta do desgosto do meu melhor amigo tinha que esquecer uma coisa idiota, mas importante, pelo menos para mim.
-Quando tu chegar em casa vai ter uma música nova do kamaitachi. –Ele disse brincando com minha caneta. Mas é sério isso? Eu sei que estou ansiosa para a nova música do meu cantor favorito, mas ele bem que podia lançar daqui uns 9 dias, certo?
-Jura? –Eu perguntei, nesse momento minha cara deveria ser uma mistura de alegria e vontade de chorar (de desespero/felicidade), como eu disse, eu ando meio estranhas esses dias.
-Não, eu tô zuando –Ele respondeu em meio aos risos, idiota. Palhaço. Abestado.
-Ah, ele vai lançar dia vinte e quatro. –Eu disse, e quando
o meu sorriso apareceu o dele sumiu, e junto veio uma dúvida.
-O que tem dia vinte e quatro? –Ele perguntou conversando comigo, porem acabou chamando atenção do restante do nosso grupo, e, fala sério, eu venho contando os dias, deste de que falta 72 dias (e não, eu não estou ansiosa), ele não poderia esquecer.
-Josiscleiton, seu abestado! –Gritou Luíza.
Obrigada, amiga! Respondi mentalmente a ela.
-Dia vinte e quatro é o aniversário dela, seu idiota. –Ela continuou.
-Tu esqueceu o aniversário dela? –Perguntou Nayme, ainda sem acreditar. E eu juro que se eu não estivesse segurando as lágrimas que caiam, eu teria segurando o queixo das minhas amigas. Depois quando a professora entrou Josiscleiton foi embora para seu acento (um depois de mim).
E a pergunta do dia foi: por que sempre que alguém pede para eu não chorar ou se acalmar, eu sempre choro ainda mais? É como se tivesse outro eu, um lixo humano infantil, dentro de mim que chora ainda mais.
Depois tudo seguiu seu ciclo, e todo mundo foi embora sem me dá um abraço, triste.
Quando morrer eles vão se arrepender por não me darem um abraço nesse dia.