XIII

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- Ele o quê?! - Ada grita. Me coloco de joelhos e baixo as mãos no chão. Faruk ri.

- Vê?! Ele está até se humilhando... - cerro os dentes. A vontade que tenho de machucar Faruk por me atormentar está crescendo dentro de mim.

- Levante Drake. Lembra que te disse para ir com calma? Vai assustar ela. - alguém limpa a garganta.

- Drake... Por quê tinha que ser uma mísera mortal do outro lado? Tem mortais aqui lembra... As humanas nem mesmo tem cheiro bom. - Mary é diferente. A voz que tenta colocar racionalidade em mim é de Téo. Levanto do chão e Ada suspira se aproximando. Ela coloca as mãos em meus ombros e Faruk me fulmina. Basta que ela faça isso para que trovões comecem no céu. Ela olha para trás.

- Segure esse humor agora! Sabe que não tenho interesse em Drake! - os olhos de Faruk Estão inexpressiveis, mas sei que se Ada não tirar as mãos de mim irei sofrer nas mãos dele no treino de hoje a noite. Engulo seco. Minha vontade é arrancar os braços dela de meu ombro. Ela apoia as mãos em meu ombro e me encara com cautela - Drake... Deixe-me dizer uma vez mais. Ela é humana. - ja Estou cansado desse discurso. Falam comigo como se eu fosse fazer algo para ferir a ela. Mal consigo ver ela chorando. - Estou preocupada que traga ela... E a seduza. Não pode tocar em humanas assim me entende? Você estaria violando o corpo dela. Ela na primeira vez terá que ir até você... Então por favor, pare de ser impulsivo e...

- Ada... Se ela permitir que ele toque ela, acho justo que ele a tenha. Não vai matá-la. - Ada vira a cabeça em direção a Faruk.

- Ja discutimos sobre isso! Ninguém vai tocar em mulheres do outro lado e fazer o que quiser com elas! Elas podem até gostar na hora, mas as vezes o corpo nos domina e depois elas vão se sentir usadas e muito mal! Então não! Ninguém vai pegar e trazer ninguém a força para cá e muito menos vai trancar dentro de casa e convencê-la a ir para a cama! Jesus! Vocês são animais?! Raciocínio! - ela volta a olhar para mim com os olhos vermelhos. Engulo seco.

- Não vou obrigar ela... Eu até deixei avisado que buscaria Ela d próxima vez. Ela já sabe que terá que vir. - Ada aperta o maxilar e as mãos em meus ombros com tanta força que caio de joelhos. Cerro os dentes.

- Você perguntou o que ela quer Drake?! - Ada se afasta e se vira para Téo. - Tire ele daqui antes que eu arranque sua cabeça com uma espada. - Téo vem em minha direção rindo. Saio do chão e sou escoltado para a porta. Assim que saio me espreguiço e abro as asas para ter certeza que estão bem.

- Cara... O que fizeram com meu amigo Drake? - ele pergunta rindo. Reviro os olhos.

- Nada. - chuto algumas pedras em direção ao lago de almas perturbadas. Téo suspira.

- Ainda não entendo. É a primeira vez que alguém se interessa por um relés humano... Isso não me parece certo. Imagine!? Como ela dará a Luz a um ser alado? Quer dizer, podemos ter filhos com elas? Isso é loucura. Pegue uma mortal daqui já que se interessa. - Téo olha em direção a ponte. - Mais tarde discutimos isso. - ele alça vôo e me deixa. Olho para a ponte. Estrangeiros estão no reino. Suspiro. Téo baixa perto deles e começamos a conversar. Olho em volta. Maiana aparece ao meu lado e começa a voar ao redor da minha cabeça.

- Está interessado em uma humana?! Drake! Volte a si! Eles nem cheiram bem! Vejo um e quero cortar a cabeça. - começo a andar em direção aos estábulos.

- Não me atormente... Já escuto isso demais. - digo.

- Elas são frágeis demais Drake! - cerro os dentes e olho em direção a Maiana. Bato com a mão em seu corpo e escuto o grito agudo dela caindo.

- Pare Maiana! Está me deixando nervoso. - digo. Ela aumenta de tamanho e me encara com raiva.

- E se seus inimigos invadirem sua casa? Ela seria presa fácil. Lembre-se que sempre temos seres malvados aqui. Não quero nem pensar no que um ogro faria se pudesse por as mãos nessa humaninha. - engulo seco. O simples pensamento me gela profundamente. Se alguém tentar machucar ela terei o prazer de acorrentar ele no meu porão e torturar ele com minhas mãos até me sentir saciado combo sangue do infeliz. Não aceito que sequer a olhem com olhos de preconceito. Maiana recua. - Se acalme ok? Seus olhos estão vermelhos... Não quero ter que pedir aos outros que venham te acalmar. - olho para Maiana.

- Se alguém ameaçar a Mary será morto. Se alguém olhar para ela com raiva será morto. Se tocarem minha Mary estarão mortos antes que aprendam que sou o pior pesadelo deles. - Maiana engole seco.

- Ela já conhece esse lado? - minha raiva passa um pouco. Abaixo o olhar para o chão.

- Você acha que ela nunca aprenderia a conviver com isso? Eu não descontaria minha raiva nela. Jamais faria isso. - digo e aperto as mãos.

- Espero que ela nunca te veja furioso, ela se assustaria independente de quem você colocasse seu temperamento. - Maiana diz. O céu começa a mudar de cor e de repente está negro com nuvens densas. Descargas eléctricas passam dentro dele. Maiana me encara e olho para ela com a mesma preocupação. Uh-oh!

- Alguém irritou profundamente ao guardião Severo. - digo. Ela assente.

- Acha que é perigoso ficar aqui? - assinto.

- Acho melhor irmos para dentro do castelo. Não quero ser atingido acidentalmente por um raio. - caminhamos apressados em direção ao castelo. Um dos estrangeiros vem em minha direção. Maiana entra e assim que vou subir as escadas ele me derruba e coloca a mão no meu rosto.

- Ser alado branco... Esperava por você! - seguro o braço dele e giro por cima do estrangeiro. Puxo a espada da bainha e coloco em seu pescoço.

- A quem devo a honra?

DRAKE - Saga "Pearl"Onde histórias criam vida. Descubra agora