XLIII

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- O quê?! - Estamos sentados no sofá. Faruk me explicou o que está acontecendo. O pior? Drake esta enfraquecendo e precisa pelo menos me ver. Se ele não faz isso seu corpo começa a reagir. Minhas mãos estão trêmulas.

- Você tem o cartão ainda Mary? - Tessa pergunta. Assinto.

- Sim... Vou pegar. - digo. Subo as escadas as pressas. Alcanço o cartão dentro de uma das gavetas do guarda roupa e desço. Dígito o número do cartão e ligo para alguém. Kate Glosson. Ela atende no terceiro toque.

- Kate Glosson! Quem fala? - meu coração acelera.

- Mary Mark. - digo e engulo seco.

- Oi Mary! Tudo bem? Que bom que ligou. Já havia desistido. - meu coração palpita. Olho para Faruk e Ada.

- Não concordo com isso. - Faruk diz. Ada segura a mão dele.

- Não temos escolha Faruk. É uma emergência.

- Mary? Está aí? - engulo seco.

- Eu não sei quem são vocês, mas faço um acordo. Devolvam Drake e lhes apresento o Guardião de Pearl. - silêncio.

- Mary... Não estou entendo... Olhe, eu não sei do que está falando, mas gostaria de saber. Na verdade estou mais interessada em um assassinato que presenciou.

- Ok. Conto tudo. Onde Drake?

- Não conheço nenhum Drake ... Posso te encontrar? Esclarecemos tudo. Deve haver um mal entendido. Alguém foi sequestrado certo? Bem, vamos ajudar a encontrar essa pessoa, mas antes preciso que me conte o que viu na noite do assassinato.

- Ok. Pode vir aqui?

- Estarei aí logo. Levarei dois homens meus. Vamos te ajudar e você nos ajuda. - ela desliga e olho para todos. Faruk cruza os braços.

- E agora? Esperamos? - Ada assente.

- Ela não parecia saber de nada. Então é como Tessa disse. Quem levou Drake pertence ao outro pessoal. Precisamos descobrir quem falou sobre nós e se essa pessoa é de Pearl. Se for então temos um problema sério. - Faruk encara Ada.

- Passamos a noite toda procurando ele e sequer tive tempo para te levar para a cama. - limpo a garganta.

- Não seja tão incoveniente. - digo. Ele gira a cabeça em minha direção e me fulmina. - Não está mais aqui quem falou. Quer usar meu quarto? - ele nega.

- Quero Drake em casa e sair desse lado. - Assinto.

- Ok. - digo e me calo. Meu coração palpita. Drake esta em algum lugar e não sei o que podem estar fazendo com ele. Passei o mês inteiro me arrependo e agora estou com o coração na mão. Que estúpida eu sou. Nem mesmo consegui manter a cabeça afastada dele. Noites mal dormidas preocupada com minha segurança e com ele.

Acho que não mereço o amor de um alado. Só quero que ele esteja bem.

Não demora muitas horas até alguém tocar a campainha. Aigon se levanta antes que todos e abre a porta. Ele encara a mulher com uma cara tão fechada que se eu fosse ela teria desistido de entrar. Levanto do sofá e paro ao lado de Aigon. Ela me encara com certa cautela e sorri nervosamente.

- Sou Kate Glosson. - ela sorri. Estendo a mão.

- Dou Mary Mark. Entre. - aponto para dentro e empurro inutilmente Aigon. Ele não se move. Ada aparece do lado dele e tira ele do caminho.

- É mal educado ameaçar os outros. - ela sussurra. Kate e dois homens entram. Ela olha para todos e pisca algumas vezes parecendo chocada. Ver uma mulher ruiva, um de cabelos negros, outro violeta e outro de um amarelo ouro deve ser meio intimidador. Ainda mais pelo tamanho de Aigon e o olhar assustador de Faruk. Sorrio tentando parecer normal.

- Meu... - como devo chamar Drake? - Um amigo meu foi sequestrado ontem. Tentaram me atropelar. - olho para Ada e ela me entrega o dardo. - Usaram isso nele. - olho para os olhos dela. - Eles acham que você pode ajudar a achar ele. - meus olhos marejam - Ele é o seu cara. - ainda não acredito que vamos entregar Drake. - Ele é o assassino e agora está nas mãos de alguém . Faruk... - Aponto para ele. - Acha que vão usar ele para machucar pessoas boas e fazer maldades. Drake é rápido e forte e seria o pesadelo de alguns federais. - digo. Ela né encara boquiaberta. Os homens parecem tão surpresos quando ela. Ela olha em volta e fica muda. Meu coração acelera. - Pode ou não ajudar!? - digo com a voz mais alto do que quero. Ela olha para eles e volta o olhar para mim.

- Primeiro... Quem são eles? Segundo, o assassino é seu amigo e está entregando ele? - Assinto.

- Por favor... Ajude. Nenhum deles pode ir atrás de Drake por que seria poderiam atrair a atenção de mais pessoas e eles não podem matar humanos e sumirem. Vocês teriam pessoas mortas misteriosamente e começariam procurar pistas onde não devem. Só ajude! - peço. Ela suspira.

- Sabe que trabalho para o governo? - Assinto.

- Essa humana não parece querer ajudar Ada. Vamos embora. - Faruk se levanta.

- Esperem! Ajudamos, mas vocês tem que primeiro explicar o por quê esse Drake tem que ser resgatado. - Ada suspira. Ela para na frente da mulher e segura a cintura dela. A mulher é tirada do chão e parece um pouco atordoada quando Ada baixa ela.

- Aguento levantar os dois colegas que estão com você. Quer que eu mostre? Agora imagine alguém com uma força parecida a essa, com uma velocidade incrível e treinado para comandar um batalhão com as mesmas habilidades. É suficiente? - ela franze o cenho.

- Vocês trabalham para algum tipo de quadrilha? - Ada revira os olhos.

- Não... Somos apenas pessoas que querem resgatar um amigo e ir embora. O assassinato que deixou apenas sangue na cena do crime e nenhum corpo ou suspeito na verdade é por que não pertencia a essa dimensão. - ela parece descrente.

- São alienígenas? Céus! A mídia vai pirar se isso vir à tona. - Ada assente.

- Mais um motivo para ajudar. - ela assente e se vira para seus homens.

- Ligue para Luke! Quero que investiguem as câmeras de segurança que pegam os lugares que Mary quase foi atropelada. Consigam informações e retornem. Evite espalhar. Não sabemos com o que estamos lidando ainda. - ela olha para Ada. - Definitivamente não sabemos.

DRAKE - Saga "Pearl"Onde histórias criam vida. Descubra agora