XXI

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- Desculpe! Mexi nas suas coisas sem pedir. - ele nega.

- Não precisa pedir. Lembra que eu disse que essa casa seria sua se ficasse. Tudo dentro dela também. - ele sorri de lado e morde o lábio inferior. - Você vai poder fazer o que quiser aqui dentro comigo. - engulo seco. Limpo a garganta e começo a guardar as fotos.

- Quem são? - pergunto. Sinto um arrepio e dou um mini pulo no sofá. Drake está atrás de mim e sua voz soa muito erótica.

- Meus amigos. Quase irmãos, mas voltando ao que podemos fazer. Poderia ser nesse sofá mesmo. Tenho sonhado com isso a alguns dias desde que quase pude tocar seu seio. - engulo novamente. Me levanto saindo de perto dele.

- Isso é errado. - digo. - Nós ainda somos praticamente estranhos. - ele suspira e baixa a cabeça. O cabelo cai sobre o rosto e ele segura o sofá com força. Ele me olha de lado e seu cabelo cobre um pouco de seu rosto.

- Podíamos nos conhecer melhor se você não fugisse assim todas as vezes que tentamos conversar mais de perto. - ofego.

- Mas você faz essas coisas de falar no meu ouvido. - digo e ele se endireita. Ele veste apenas uma calça preta e pelo jeito que está marcado duvido que esteja com alguma coisa por baixo. Subo os olhos para seu rosto e coro. Ele está com os braços cruzados e com uma sobrancelha arqueada.

- Seus olhos parecem gostar de uma parte específica do meu corpo Mary... - nego veemente.

- Não mesmo! Pare de provocar! - ele assente e caminha para as escadas.

- Vem. Preciso dormir. Amanhã tenho trabalho a ser feito. - ele sobe e fico parada absorvendo o dormir. Na mesma cama? Não mesmo! Seria um desastre e eu estou tentando ser uma pessoa racional e certa. Ele aparece no topo da escada e abre as asas. Me assusto quando ele plana na sala e sou tirada do chão. Olho para baixo. Ele sobe mais alto e se lança para dentro do quarto. Um grito escapa da minha garganta. Ele só me solta quando estou sobre a cama. Ele pousa e ofego. Me agarro a cama com força. Acabei de voar novamente! - Sei que está preocupada, mas não irei te molestar. Não sou um louco abusador daqueles que existem do lado humano. Isso é errado. - ele diz e se deita. - Dormirei de calças para que fique mais tranquila. - ele diz e deita de bruços abrindo as asas. Uma delas me pressiona e acabo deitando com ela por cima. Ela me aquece.

- Não temos cobertas?

- Não. Não uso cobertas e você pode se aquecer com meu corpo. - ele resmunga algo. - Estaria mais bem aquecida se eu não precisasse usar calças. - "Alguém precisa parar ele!" Cada comentário me faz sentir um profundo desconforto. Quero apenas que ele pare de dizer coisas que eu possa interpretar errado.

- Ok. - digo.

- Ok para que eu tire as calças ou... - Cristo! Ele não para!

- Não Drake! Ok para tudo bem estar sem cobertores. Durma! - gralho. Ele se cala. Me viro de lado e o peso de sua asa não me esmaga. Me sinto aliviada por causa disso. Seria terrível. Fico algum tempo acordada e ele parece dormir tranquilamente. Olho para o teto. "Estou vivendo um sonho..." Meu coração acelera. As coisas ainda estão confusas em minha mente. Ele é um ser alado que na verdade parece um anjo e que... Mordo o lábio. Ele gosta de mim? Devo estar muito frágil emocionalmente para cogitar ficar aqui.

Fecho os olhos. Adormeço.

Acordo com um pouco de frio e abro os olhos a tempo de pegar uma cena indevida. Levo as mãos na boca para não gritar. Drake esta de pé e nu. Ele alcança uma boxers e veste. O cheiro dele está no quarto inteiro e me deixa zonza. Como pode ser tão cheiroso misericórdia!? Ele não parece notar que acordei. Ele pega algumas das roupas da guarda. É uma calça com partes prateadas. Ele parece de couro. Ele veste uma camisa branca e por cima coloca uma jaqueta do mesmo material que a calça. Seus cabelos estão molhados e ele está realmente sexy. Tento não deixar minha mente embaçar. A beleza dele é impressionante.

Ele continua olhando para o guarda roupa e abre um sorriso. Consigo ver um pouco apenas do seu rosto. Ele gira nos calcanhares e me encara sorrindo.

- Pelo jeito está se divertindo baby.- me sento na cama e finjo demência.

- Diversão? - pergunto jogando um olhar interrogativo. Ele assente e vem em minha direção. Sorrio. - Drake! Não! - ele balança a cabeça e se aproxima segurando minha cintura. Sou jogada no meio da cama e tenho ele sobre mim. Sorrio. - Vou chamar seu amigo. - Ele fica sério e baixa o rosto para meu pescoço. Meu coração dispara e meu sorriso morre para se converter em um olhar preocupado. - Vou chamar ele Drake. - digo. Meu corpo é um traidor. Ele responde assim que Drake morde meu maxilar e desce beijando meu pescoço.

- Arqueia o corpo. - ele ordena e ofego. Mantenho a boca entreaberta.

- Drake! Se conhecer! Lembra? - tento colocar um pouco de juízo.

- Arqueia. - mordo o lábio e acabo obedecendo. Ouço estalos seguidos e ele usa as mãos para tirar o vestido. Encaro ele. Seus olhos estão violetas. Ele tira o vestido e atira longe. Seus olhos percorrem meu corpo. - Minha. - Abro a boca para falar, mas minha voz some assim que ele segura meus braços e prende acima da minha cabeça. Sua boca invade a minha e minha mente se perde. Meu corpo esquenta. Sinto a outra mão dele na lateral externa da minha coxa. Ele morde meu lábio e sobe a mão para meu abdômen. Onde sua mão passa parece ficar um rastro de fogo. Tento me soltar e ele para. - Esqueci de pedir. Mary, me deixa te tornar oficialmente minha? - olho para seus olhos violetas e fico extasiada com tanta beleza. Ele nem parece real. "Negue Mary! Negue!" Meu coração bate tão forte que não sei se posso morrer só pela emoção. "Negue!"

- Pode. - ele sorri e solta meus braços. Uma mão dele e a boca vai diretamente para meu seio e a outra desce até um ponto específico. Reprimo um gemido e arfo. Ele se equilibra nos joelhos e tira as mãos de meu corpo. Ele parece desesperado e ouço mais tecido rasgar. Ele tira a jaqueta e a camisa na velocidade da luz e engulo seco. "Mary! Por que você disse sim?!" Ele baixa novamente segurando minha nuca com a mão e controlando a intensidade do beijo. Sua outra mão desce novamente e reprimo novamente qualquer barulho. Sinto como se estivesse flutuando. As sensações aumentam e meu corpo parece querer quebrar. Ele intensifica o beijo e meu corpo dói pelo clímax. Não aguento muito sua provocação e ele abafa meu gemido com o beijo. Quase perco a noção de onde estou. Ele se afasta e meus músculos continuam respondendo ao seu toque. Ele volta para cima de mim e abro os olhos ofegando. Sinto o calor do sua pele e olho para baixo. Abro a boca em um Ó. Tento me afastar, mas meu corpo está mole. - Nem tente! Não dá! - ele segura meu queixo.

- Dá sim. - ele se coloca entre minhas pernas e sinto quando pressiona contra minha intimidade. Encaro ele e ele mantém os olhos presos aos meus. Fecho os olhos e reprimo um gemido. Ele me invade e acabo arqueando o corpo. É como se cada espaço no meu corpo estivesse completo. - Ada disse que eu não poderia colocar toda minha força ou te mataria. Farei ser bom. - arregalo os olhos. "Me matar?!"

- ME... - ele se move e minha mente fica em branco. Ele é realmente bom!

- Peça para parar se...

- Continua e cala a boca. - peço. Ele volta a se mover. Ele começa lento e aos poucos aumenta o ritmo. Me perco um pouco.

- Drake! - ouço uma voz masculina furiosa e o peso dele some. Ofego e olho em volta. "Ó minha nossa!"

DRAKE - Saga "Pearl"Onde histórias criam vida. Descubra agora