Capítulo 6

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Conto até dez antes de finalmente tirar os olhos da parede a minha frente e me virar pra encará-lo.

Depois de tanto tempo.

A sensação é semelhante a da primeira vez que o vi, no camarim do meu primeiro show na turnê, o nervosismo domina todo o meu corpo.

Isso é muito esquisito.

Dou uma última olhada pra frente e encontro John, com um olhar incentivador.

Então lentamente viro meu corpo, mas mantenho o olhar no chão.

A primeira coisa que enxergo são duas enormes botas pretas, acompanhadas de calças da mesma cor.

Gótico.

O tempo passa, mas alguns costumes não mudam. E ele continua sem ser apresentado aos tênis. Ou a outra cor de calça.

Mas tudo bem, elas são sua marca registrada.

Levantando mais um pouco a cabeça, me deparo com uma linda camisa social azul marinho, dobrada na altura dos cotovelos.

Não me sinto preparada pra absorver todos os detalhes do seu rosto, mas não tenho escapatória.

Desejando ter tomado um pouco mais de coragem no café da manhã, ergo totalmente minha cabeça e o encontro.

Seus olhos vesguinhos, focados em mim. Sua boca levemente aberta. Suas bochechas coradas. Sua mecha de cabelo caída na testa.

Tudo do jeito que eu me lembrava.

Meu coração acelera de uma maneira tão absurda, que chego até a cogitar estar sofrendo um infarto.

Ele estão tão... ele.

Apesar de sua aparência estar um pouquinho mais velha, quase nada, ele ainda se parece com o mesmo que eu vi naquela última vez, trocando socos com John.

Claro que agora está com menos raiva estampada no rosto.

Disfarçadamente, enxugo o suor da mão nas laterais do vestido e dou um mínimo sorriso apreensivo.

Ele segue paralisado.

– Cara, você não vai comprimentar a menina? – Shawn se sobressalta, com a voz de Henry ao seu lado.

Ele me olha atentamente por mais alguns segundos, antes de chacoalhar a cabeça e morder nervosamente os lábios.

Como vejo que nada partirá dele, resolvo tomar a atitude.

– Oi Shawn, tudo bem? – Me aproximo, falando uma das coisas mais retardadas que já saíram da minha boca.

Ele coça a garganta e sorri, nervoso também.

– Oi.. é... quanto tempo. – Ele responde.

Levanto a mão para cumprimentá-lo ao mesmo tempo em que ele se aproxima para um abraço.

You Are The Reason | Shawn MendesOnde histórias criam vida. Descubra agora