(Concluída)
"O que tem de ser, tem muita força. Ninguém precisa se assustar com a distância e com os afastamentos que acontecem. Tudo volta! E voltam mais bonitos, mais maduros, voltam quando tem de voltar, voltam quando é pra ser."
Segunda tempora...
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Tenho certeza de que vi adagas brilharem nos olhos de Haysla conforme eu à colocava apar do que aconteceu. Isso foi à uns bons cinco minutos e, desde então, tudo o que eu ouvi foi o silêncio.
Eu poderia ter escolhido um lugar público pra essa nossa conversa, pois assim alguém iria ver quando ela me matasse e poderia acionar a polícia. Mas não pensei muito nisso e acabei escolhendo a minha sala de estar. Péssima ideia.
Mas pela sua expressão de raiva, de hoje eu não passo.
Queria deixar registrado que amo minha mãe, meu pai e toda a minha fam...
– VOCÊ ESTÁ DE SACANAGEM COMIGO, NÃO É? – Literalmente pulo do sofá quando escuto esse grito.
– Caramba, que sust...
– SUSTO O CARALHO. QUE MERDA VOCÊ ESTÁ FAZENDO? – Haysla se põe de pé e me encara com os olhos furiosos.
– Eu... – Tento responder mas ela não deixa.
– Você está me estressado muito, garota. E TODO MUNDO SABE QUE NÃO SE DEVE ESTRESSAR UMA MULHER GRÁVIDA. – Haysla passa a mão pelos cabelos e volta a se sentar, respirando fundo.
– Mas eu não...
– EU VOU TE MATAR. – Ela se levanta de novo e eu dou alguns passos para trás, assustada.
Haysla pega algumas almofadas do sofá e as atira em minha direção, acertando duas no meu rosto, antes que eu consiga me cobrir parcialmente.
– MAS QUE PORRA. – Ela grita e pega o celular de cima do sofá. – Eu vou ligar pra sua mãe, pra ver se ela vem aqui e te dá as palmadas que não te deu quando você era pequena.
Me aproximo rapidamente dela e consigo arrancar o celular de sua mão. Envolver minha mãe nisso seria muito.
– Não precisa disso. – Consigo falar uma frase antes de ser atacada com a última almofada que sobrou no sofá. Haysla bate em mim com toda a força existente em seu pequeno corpo barrigudo.
– Você é uma idiota. Uma trouxa. Uma otária. – Ela pontua cada frase com uma almofadada na minha cabeça e tudo o que eu posso fazer é me defender com os braços.
– Aí. Mas que merda, Haysla. – Aproveito quando seus braços cansam e corro para o outro lado da sala. – Eu sei que estou merecendo, mas pega leva.
– Ah, mas eu estou pegando leve. Se você soubesse a quantidade de formas diferentes de te matar que estão na minha mente agora, não estaria mais aqui. – Minha amiga me encara com ódio e se joga no sofá novamente, respirando ofegante.
– Você está bem? – Pergunto preocupada com a bebê.
– Claro que não estou bem, sua... vaca. – Responde com raiva e fecha os olhos. – Você só faz merda, Alicia.
