Capítulo 42

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Fazer aniversário se tornou uma coisa um tanto esquisita pra mim com o passar dos anos

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Fazer aniversário se tornou uma coisa um tanto esquisita pra mim com o passar dos anos.

Era muito legal comemorar quando eu estava completando quinze, dezesseis ou dezessete primaveras.

Me lembro o quanto foi memorável fazer dezoito anos e conquistar a tão sonhada maioridade.
Apesar de ser uma idade marcante, não fiz uma grande festa naquela dia. Simplesmente peguei uma boa grana e fui numa casa de gogoboys, indicada por mamãe, ver alguns homens.

Foi bem emocionante. Me senti em Magic Mike.

Mas hoje, no exato dia em que completo vinte e quatro anos, não sinto nenhuma vontade de sair pra comemorar ou fazer uma grande festa, como as do John. Talvez seja por que está caindo a ficha de que estou ficando velha.

Não velha como se estivesse completando sessenta anos. Mas poxa, daqui a poucos anos estarei fazendo trinta.

Trinta.

E se já sinto umas dores na coluna com minha atual idade, imagina daqui a seis anos? Com certeza estarei tomando remédios pra osteoporose.

Ou ômega três.

– Está com essa cara de bunda por quê? – Mamãe pergunta parando no batente da porta do meu quarto.

– É a única que tenho. – Resmungo.

– Levanta que eu e seu pai fizemos um café da manhã pra você. – Ela diz me fazendo ficar surpresa.

Meu pai sempre fez esses cafés da manhã especiais pra mim e meu irmão nos dias dos nossos aniversários, mas mamãe nunca se meteu. Sempre preferiu dar algum presente ou organizar alguma festa.

– O que é? Eu também sei ser uma pessoa fofa às vezes. – Dona Eliana volta a dizer, mas dessa vez entra no quarto e se senta na minha frente. – Você é uma filha incrível e eu percebi que nunca demonstrei toda a minha gratidão antes. Então quis fazer uma coisinha mais íntima que eu sei que você dá muito mais valor do que uma festona enorme.

Sorrio feliz e me levanto, passando o braço por seus ombros e a abraçando forte.

– Também não chamei nenhum parente dessa vez, vai ser só a gente. – Ela completa, rindo baixinho.

– Obrigada mãe, eu te amo. Principalmente por não ter chamado nenhuma tia. – Beijo sua bochecha e ela ri.

– Eu sei. – Mamãe se levanta e caminha de volta até a porta. – Levanta logo.

Sorrio enormemente, mesmo sabendo que ela não está vendo. É uma sensação maravilhosa ter ela em casa novamente.

Mesmo que já tenha um pouco mais de um mês que ela saiu do hospital, ainda a trato com todo o zelo possível.

Venho percebido que, antes do acidente acontecer, eu não dava o devido valor que ela merecia. E por pouco, ia perdendo todas as chances de dizer mais uma vez que a amava ou de aproveitar mais uma vez do carinho dela.

You Are The Reason | Shawn MendesOnde histórias criam vida. Descubra agora