Capítulo 35

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Duas semanas depois

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Duas semanas depois.



– Isso não vale. Você está querendo roubar. – Digo pela décima vez, mas ele insiste em negar e fazer cara de inocente.

O jogo Stop, ou adedonha como meu irmão diz, sempre foi um grande passatempo nosso. Sempre que estávamos em busca de algo divertido pra fazer, minha família optava por essa brincadeira, o que sempre resultava em boas discussões e muitas risadas. E hoje não poderia ser diferente.

– Bandido não é uma profissão, pai. Você não pode colocar isso. – Aponto o óbvio, mas ele mantém a expressão convicta.

– Claro que é, tem muita gente que vive disso. – Contrapõe como se estivéssemos falando de algo normal.

– Não vai valer, pode colocar um zero aí. – Estico o braço e risco a sua folha. – Porque você ao colocou bancário ou barman, sei lá?

– Alicia, na rodada passada você colocou "creme" na categoria cor. – Papai debocha. – Por que não escreveu cinza, como toda pessoa normal faria?

– Porque creme é uma cor. Igual bege. – Enfatizo, levantando as sobrancelhas até, quase, a linha dos cabelos.

Vejo a boca dele se abrir, certamente para rebater meu comentário, mas batidinhas surgem na porta e logo em seguida ela é aberta, fazendo nossa atenção se desviar da brincadeira.

– Parece que estão em um jogo animado por aqui, não é?

Sorrio para a pessoa baixinha e fofinha que para ao nosso lado, encarando nossas folhas de papel com curiosidade.

– Sim, mas meu pai não entende muito das regras. – Falo rindo e mostrando a língua para ele, que retribui na mesma moeda, arrancando risadas da técnica de enfermagem.

– Vocês são demais. – Ela se aproxima da cama e começa a fazer os procedimentos que se tornaram uma rotina diária.

Meu pai me entrega o papel que estava usando para o jogo e se retira, indo usar o banheiro do quarto. Aproveito sua saída e me levanto, parando ao lado de Carol.

– Como ela está? Tudo na mesma ou algum sinal de melhora? – Questiono esperançosa.

– Não Lili, ainda está tudo na mesma. Infelizmente. – Ela responde verificando a bolsa de soro, presa no suporte ao lado da cama.

– Tudo bem. Pelo menos não teve alguma piora, não é? – Digo soltando um suspiro cansado. Mas tentando enxergar as coisas pelo lado positivo.

You Are The Reason | Shawn MendesOnde histórias criam vida. Descubra agora