Capítulo X

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*Tyler*

Acordo ainda no chão da sala. Meu corpo frio e dolorido pelo chão duro, me impede de levantar rapidamente. Procuro meu celular, vendo as horas. Sete da manhã. Eu já devia estar no hospital, mas tinha perdido tempo dormindo. É muita burrice mesmo.

Tomo o restante do café já gelado, subo e me arrumo. Josh tinha mandado algumas mensagens, mas não consegui ler nada. Respondo isso tudo depois. Provavelmente deve ter tido algum imprevisto, deve ser só ele avisando.

Sigo a pé para o hospital, vendo o doutor procurar por alguém. Me aproximo, apreensivo.

– Doutor? Tem notícias da minha mãe?

Ele me encara com um olhar preocupado, me acompanhando até os bancos.

– Bem, Tyler. Sua mãe teve uma piora considerável durante a noite. Mas surpreendentemente, retomou a consciência agora a pouco. Disse que queria falar com você. Pode me acompanhar?

– Claro que sim, doutor. Ela ta acordada, finalmente...

Entro com ele na sala, vendo minha mãe recostada na maca, nos olhando. O doutor resmunga qualquer coisa e sai, nos deixando sozinhos. Me aproximo e seguro sua mão, sorrindo.

– Achei que fosse te perder, mãe. Porque não me contou?

Ela me encara, com um sorriso.

– Você é jovem demais, filho. Um dia você vai entender. Além disso, eu estou quase saindo desse hospital. Tô ficando boa, filho.

Sorri outra vez, acariciando seus cabelos e segurando as lágrimas. A culpa estava sendo tão cruel comigo por não ter notado nada. Era como se eu fosse o responsável por ela estar ali, numa maca.

– Em breve voltaremos pra casa, tudo bem? Você foi muito forte, mãe. Eu te amo muito.

– Eu também te amo, filho.

Saio do quarto, vendo ela adormecer novamente. Com certeza deviam ter sedado ela pra não gastar muitas energias. Estava muito fraca ainda.

Retorno à sala de espera, me sentando. Olho em volta. Várias pessoas com o mesmo semblante exausto e expressões desanimadas. Havia uma garotinha sentada num banco, segurando seu coelhinho de pelúcia, com a cabeça encostada num homem. Esse o fazia cafuné, enquanto se esforçava para não chorar. Porque a vida é tão cruel assim? Faz as pessoas terem esperança e depois arrancam tudo delas, com um sopro.

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*Horas depois*

Já de volta em casa, tomo um banho rápido e desço para a sala. Deveriam ser mais ou menos seis da tarde, mas o dia já dava lugar à escuridão da noite, iluminada pela luz amarelada dos postes. Coloco uma música no celular, me sentindo anestesiado pela situação. Tudo é confuso demais. Parece até que eu estou vivendo algo que não é meu.

Coloco um desenho animado na televisão e decido olhar as mensagens. Era Josh, se desculpando pelo atraso. Problema com os pais, eu mal consegui entender. Respondi que estava tudo bem e resolvi comer alguma coisa. Eu estava realmente com fome.

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*Josh*

Enquanto converso com Tyler por mensagem, ouço uma conversa no andar de baixo. A voz feminina não era estranha aos meus ouvidos. Resolvo descer e checar, vendo que mais uma vez era Deborah. Forço um sorriso e ela vem em minha direção, se jogando no meu colo.

– Josh! Pensei em você desde ontem.

– Oh... Eu... Também, claro. O que está fazendo aqui?

Olho em seus olhos e ela sorri, mexendo na gola da minha camisa.

– Eu tive uma ideia ótima pra gente. Vamos ver um filme juntos.

Tento recusar, afinal precisava mesmo falar pessoalmente com Tyler. Ela não desiste e me arrasta para o quarto. Só um filme e estou livre.

Escolho algum filme qualquer e me sento na cama. Vejo ela me encarando algumas vezes, até que ela segura minha mão, me fazendo tocar seus peitos. Olho pra ela extremamente confuso e involuntariamente aperto um pouco, ouvindo ela gemer baixo. Deborah avança, se sentando no meu colo. Começamos a nos beijar calorosamente, e logo me vi arrancando toda a parte de cima da roupa dela.

Debby tira minha camisa e começa a rebolar no meu colo, se esfregando contra mim. Levanto sua saia e aperto sua bunda, já completamente tomado pelo prazer da situação. Termino de tirar nossas roupas e olho pra porta aberta.

– Melhor trancar a porta.

– Relaxa, eu pedi pra sua empregada não subir.

Dou de ombros, me tocando enquanto vejo ela se deitar. Num movimento rápido me aproximo, ficando por cima dela, beijando-a. Eu sabia onde isso iria terminar.


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*Tyler*

Depois de comer, volto para a sala. Na televisão passava um filme qualquer, e eu não quis prestar atenção nele. Sinto meus olhos pesarem e acabo caindo no sono.

Minutos depois, acordo com o celular tocando. Era do hospital. Sorri, afinal minha mãe estava se recuperando. Provavelmente teria alta e eu teria que acompanhá-la.

– Tyler? É do hospital.

Sinto um peso na voz da secretária e fecho os olhos.

– Aconteceu alguma coisa? - pergunto com receio da resposta.

– Sua mãe. Ela acaba de falecer. Preciso que você venha.

– O QUE? Mas ela estava melhor! Eu vi, eu falei com ela! - as lágrimas tomam o meu rosto.

– Não posso informar por telefone, Tyler. Venha o quanto antes.

Desligo o telefone e sigo para a garagem. Pego a bicicleta e vejo que o pneu furou. Volto pra dentro, procurando dinheiro para o ônibus, sem sucesso. Pego o celular, tentando ligar para Josh, sem sinal. É incrível como tudo começa a dar errado de uma só vez.

Tranco a casa e sem conseguir segurar o choro, saio caminhando pela calçada com os braços encolhidos de frio. Nem sequer tive tempo de pegar um casaco. Depois de um tempo andando, chego à casa dos Dun. Toco a campainha e a mesma senhora da outra vez me atende.

Vejo a curiosidade em seu olhar, mas ela sequer perguntou algo, me dizendo que ele estava no quarto. Entro na casa, chorando muito. Vejo as escadas e tento segurar um pouco as lágrimas. Balanço a cabeça e começo a subir.



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Me sinto um monstro por fazer isso. Enfim, desculpem a demora. O trabalho tá tomando quase todo o meu tempo. Posto mais assim que possível. Amo vocês. Stay Alive 💛

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