Capítulo XXXI

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Tyler e Zack manteram um longo abraço, antes que a porta fosse escancarada por seu pai, como se ele fosse o dono daquele lugar. Zack se afastou rapidamente, indo segurar o pai, que o empurrou para longe, com força. O homem foi em direção à Tyler, com os punhos fechados. Tyler o encarava sem mudar sua expressão séria.

– Moleque... A quanto tempo não te vejo! Eu senti saudades de você, é... Tommy?

Tyler se afastou. Seu pai fedia à bebida, com certeza estava muito bêbado. Talvez essa fosse a razão de ter esquecido o nome dele. Ainda assim, isso não importava agora.

– O que você quer aqui? Dinheiro? Vai me agredir também? - Tyler fechou ainda mais sua expressão, o olhando nos olhos - Eu te dou o que quiser se você for embora agora.

O homem virou o rosto, encarando Zack com raiva. Ele sabia que Tyler já tinha conhecimento de toda a verdade, e isso provavelmente não estava nos planos dele.

– Eu voltei para ficar com meu filho favorito! Eu não vou mais te deixar na mão, moleque. Somos uma família agor...

Tyler bateu na mesa com força o interrompendo, fazendo todos se assustarem.

– Você destruiu minha família. Tirou meu irmão de mim, e pelo que eu vejo, as coisas não mudaram. Diz logo o que você quer e vai embora, por favor. Eu não vou pensar duas vezes em chamar a polícia.

Max decidiu chamar os seguranças, temendo que o tal homem estivesse armado, ou que partisse para cima de Tyler. Zack observava o pai, que mais uma vez encarava Tyler. O clima estava tenso, e a qualquer momento as coisas poderiam fugir do controle.

– Bem, se você insiste... Eu vou embora. Mas antes... Eu tenho algumas exigências a fazer, filho. - Ele disse a última palavra com um tom pesado de ironia.- Eu quero um lugar para ficar, e muita grana na minha conta. Isso não é problema pra você, moleque.

Zack abaixou a cabeça, completamente envergonhado. Tyler pediu que o homem saísse por um instante, com a desculpa de que faria um cheque à ele. Se sentou ao lado do irmão, o olhando por um instante.

– Zack... Você quer ficar? Eu não posso deixar que você volte pra qualquer lugar com aquele cara. Se você ficar, isso tudo acaba agora. Aceita?

Por um instante, Zack teve um flashback. Lembrou de quando eram apenas crianças, e de como Tyler o olhava com os olhos brilhando, a cada vez que ele fazia algo "divertido". Os dois eram ótimos amigos, e seu pai fez  questão de estragar isso. Mas agora, os laços poderiam ser refeitos.

– Eu... Não quero atrapalhar sua vida, Tyler. Não tem que se preocupar comigo.

– Isso é um sim? Eu gosto de como você tenta disfarçar suas respostas, mas eu também sei fazer isso. Vai ser incrível ter você comigo outra vez. Mamãe ficaria... Orgulhosa.

Zack o abraçou forte, chorando. As coisas finalmente estavam se acertando. Mas ainda tinha um grande problema. O pai dos dois ainda estava ali, esperando. Tyler pensou por alguns minutos, antes de ter uma ideia.

– Quantos anos ele tem, Zack?

– 61, se não me engano. Porque?

Tyler sorriu, encarando o irmão. A última coisa que seu pai merecia, era ajuda. Mas Tyler não faria isso por ele. Faria pelo irmão. Ele conversou com Jenna por um tempo, e então pediu que o homem entrasse novamente.

Jenna havia preparado um contrato no qual Tyler se tornava o responsável legal pelo pai, com as condições que agradassem ao homem. Ele teria dinheiro, uma casa, e não se preocuparia mais com nada. Mas, ele teria que se manter longe de Tyler e Zack. Se, por qualquer razão ele resolvesse voltar, o contrato seria quebrado e ele voltaria para a miséria. Além de total controle dos gastos do pai, Tyler tinha a garantia de que ele não voltaria a aparecer. As condições eram boas, e sem pensar muito, o homem aceitou, assinando o contrato. Jenna formalizou os documentos e providenciou tudo o que foi firmado no contrato.

Zack apenas assistia à tudo, indignado com o próprio pai. Ele não imaginava que fosse chegar à esse ponto, mas ali estava ele. Tyler se despediu do homem com um aceno, e os seguranças o acompanharam até a saída. Ty convidou o irmão para voltar a morar com ele. A casa era grande o bastante para os dois, então Zack concordou. Aparentemente, as coisas estavam em paz novamente.

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Mais tarde, na casa de Tyler.

Max terminava de preparar o jantar, enquanto Tyler finalizava algumas coisas à respeito do trabalho. Zack voltaria pela manhã, e traria suas coisas. Tyler fechou os olhos por um instante, respirando fundo. O dia tinha sido exaustivo, e ele precisava de um tempo. Max colocou as mãos nos ombros dele, o massageando.

– Porque você decidiu ajudar aquele cara? Quer dizer... Ele tirou tudo de você, Ty.

– Bem... Eu não podia simplesmente deixar ele na rua. Meu irmão iria sofrer com isso também. Além do mais, às vezes a gente precisa se esforçar e fazer o que é melhor. Ele não vai voltar a nos incomodar agora. Foi um sacrifício simples pela paz.

– Eu espero entender isso um dia. Nem sei o que eu faria se estivesse na sua situação.

– Você faria o mesmo. Eu pensava que se um dia eles voltassem, eu os faria sofrer por cada dia difícil do passado. E no entanto eu não fiz isso. A gente aprende rápido com essas situações.

Tyler o abraçou, se encolhendo no colo dele. Estar com Max depois de um dia cansativo era bom. Mas algo ainda o incomodava. Aquelas mensagens, algumas coisas ainda não estavam claras. Fosse o que fosse, cedo ou tarde viria à tona. Max se levantou e atendeu ao celular, sorrindo um pouco.

– Eu preciso ir agora. Meus irmãos precisam de mim. - ele mostrou uma foto das crianças todas sujas de tinta.- Você vai ficar bem?

Tyler sorriu, o olhando nos olhos. Ele via o esforço de Max para cuidar da família, e essa era uma das coisas favoritas dele à seu respeito.

– Não se preocupa, eu tô bem. Diz que eu mandei um abraço pra eles. E cuidado no caminho.

Max o beijou, se despedindo. Pediu um táxi e saiu. Tyler comeu um pouco, ainda pensando em tudo o que aconteceu. Ultimamente as coisas aconteciam muito rápido, e era difícil de assimilar. Sentindo o cansaço, Tyler tomou um banho e logo caiu na cama, adormecendo.

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Deborah andava de um lado para o outro, impaciente. Ela não podia demorar muito, ou então Josh suspeitaria de algo. Alguns minutos mais tarde, um carro se aproximou e ela respirou aliviada. A última cartada para salvar o casamento estava caminhando para a conclusão. Agora nada poderia dar errado.

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Opa! Desculpem a demora pra postar. Com essa coisa toda dos hackers eu tava meio receoso de postar capítulos novos. Mas tamo aí kskks
Comentem, votem e compartilhem se estiverem gostando. A gente tá bem perto do final (choremos?).
Ah, eu já ia me esquecendo. Tô postando uma nova história, também joshler. É uma fic que eu venho planejando a muito tempo. Espero que gostem ❤️
Amo vocês todos! Stay Alive💛💥❤️

STAYOnde histórias criam vida. Descubra agora