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Um feliz ano novo a todos!

OWEN


Ao retornar para mansão depois de um banho quente e muito pensar se o devia fazer, mas sentindo que após quase tê-la beijado eu deveria ao menos me redimir pelo mal entendido.

E, acho que a agonia pecurliar que me atormentava o coração, como se uma parte deste tivesse sido arrancada de dentro de mim, tivesse me feito decidir, por fim, voltar e descobrir o que estava acontecendo com Aimée.

No entanto, ao entrar na mansão o grito de Kirsty seguido pelo de Declan e Emogen me fez disparar para o andar de cima. Os gritos e choros vinham do quarto de Aimee.

O que ela havia feito?

Aquela conversa estranha, todo aquele papo esquisito e peculiar; a revolta. Talvez tenha sido mais por isso que decide voltar para mansão do que por outra coisa.

Com o coração martelando no pulso e no pescoço entrei no comodo cuja a porta estava escancarada, encontrando Kirsty abraçada a Declan e Emogen segurando uma carta.

Os ouvidos começaram a zunir como se uma bomba acabasse de explodir na minha frente.

Minhas pernas moviam-se muito tremulas como se estivesse andando em areia movediça. Tomei a carta das mãos de Emogen e a li.

- Não, Aimee sua boba! - rosnei.

Ela dizia coisas como "preciso me libertar, preciso me encontrar, então fugirei e vocês não poderão me deter até que eu decida voltar".

Declan balança de um lado para outro como uma criança inconsolável. Jamais vi meu amigo daquele jeito. Ele nunca demonstrava suas emoções.

- Ela fugiu. - exclamei, em êxtase.

Lembranças não muito distantes flutuando na memoria. Um passado ainda vivo como o ar que entrava pela porta aberta da sacada.

O eclipse muito belo já havia sumido, ele vinha me seguindo até a mansão e num brilho estranho desapareceu do céu noturno.

Dando-se conta que eu estava presente Declan ficou de pé assim como a esposa. Emogen encarava o chão como se alguma coisa extraordinária fosse sair de lá ou tivesse entrado nele.

- Ah, Owen não percebi em que momento chegou. - disse ele, secando as lagrimas.

- Ela fugiu.

Declan pareceu contrariado ao trocar olhares com a esposa cujo o rosto estava vermelho.

- Sim... Isso ela... Ela fugiu! - rosnou, o maxilar trincado.

- Acalme-se, sir Declan. - pediu Emogen, levantando o rosto.

- Me acalmar! Me acalmar! Emogen você realmente viu o que vi?!

- O que vocês viram? - perguntei.

- A carta, Owen. Nós vimos a carta. - Foi a sra. Munteanu quem me respondeu ao apertar os ombros do marido.

- E-eu... Eu vou procura-la. - avisei.

Os três olharam para mim de uma maneira estranha e depois suspiraram pesadamente.

- Como quiser, embora acho que será inútil. - concordou Declan, dando de ombros.

Menei a cabeça e sai do comodo. Em passos largos e apressados cheguei a frente da mansão, o carro estava ali então Aimee não havia enlouquecido e tentado fugir com ele.

Intended - Destinados a partirOnde histórias criam vida. Descubra agora