- Nós enlouquecemos.
Candensy se mexia ansiosa no banco de trás. Owen retornou três dias depois de ter voltado ao passado. Ele nos contou sobre quem poderia ser a alma trocada com a sua e que, para isso, teríamos que visitar o mesmo hospital psiquiátrico que a minha cunhada.
Ahn, como não esquecer. Se Izzy não fosse uma maluca iríamos ter que tirar ela de lá. Como? Somente Kirsty para nos colocar em uma situação dessas. Roubariamos ela de lá. Ajudariamos Izzy a fugir.
Arriscado, maluco e inconsequente, com absoluta certeza que sim. Mas o que fazer, para Owen ficar alguém deveria partir. Torcia para que Kirsty estivesse certa ou não só libertariamos uma maluca como Owen partiria outra vez.
- Ok, Ok. Esta é a primeira parte do plano se errarmos aqui não conseguiremos prosseguir para a segunda parte. - Candesy reforçou o que vinha dizendo nas últimas vinte quatro horas.
Ela e Eron conversavam, mas ele ainda estava bravo o suficiente para decidir que só voltariam a ficar no mesmo lugar se ela contasse o que escondiamos. Candy não disse nada porque afirmou que ele desmaiaria ou teria um infarto.
Com isso suas emoções estavam a turbilhões de hormônios. Ela queria nos ajudar e chegou ao ponto de não dormir um dia inteiro apenas para criar um plano eficiente.
Eu quis sair pela porta da sala e só voltar quando acabasse, mas por consideração e porque seu relacionamento com o marido estava conturbado por nossa causa tive que ficar e aceitar.
Seguiamos na direção do hospital com Owen no volante. O plano era simples nós duas entraríamos como familiares dela e lhe contariamos a próxima etapa do plano dividido em três parte: colocá-lo em ação, tirar ela de lá e manda-la ao passado.
Tudo foi arquitetado pensando no fechamento da fenda que ocorreria dali dois dias com um eclipse solar, logo não tínhamos muito tempo.
- Vejam, estamos nos aproximando. Pelo quê havia nas pesquisas da sua irmã aquele é o hospital. - Owen informou, apontando com indicador o hospital murado.
- Parece uma prisão. - Candy comentou, enfiando a cabeça no espaço entre o banco do Owen e o meu.
- Há dois guardas. Eu vou parar o carro aqui e vocês entram.
- Amanhã teremos que parar no estacionamento do hospital.
- Candesy pense no agora, depois resolvemos os detalhes de amanhã. - falei, trêmula.
Ok, eu precisava me conter ou iriam notar. Eu não era boa em disfarçar esse tipo de coisa. Não quando entraríamos em um hospital de loucos totalmente afastado da cidade e murado.
O carro parou era a hora de colocar o plano em ação.
- Aimee nem pense em se esconder! - Candesy segurou meu ombro por cima do banco quando eu comecei a escorregar no assento me encolhendo.
- Aghr, vamos terminar logo com isso!
- Ok, hora da ação!
Owen riu.
- Amanhã você terá que fazer o trabalho mais difícil, então não ria!
Ele rosnou.
- Vão de uma vez!
Descemos ao mesmo tempo. Imediatamente os seguranças olharam para nós. O portão estava fechado e eu me questionei se conseguiria entrar e se conseguisse se teria a mesma chance ao sair.
- Tem certeza que não vão nos prender lá, não é?
Entrelacei nosso braço para usar o peso de seu corpo como equilíbrio e não cair. Minhas pernas estavam bambas o que me fazia errar alguns passos.
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Intended - Destinados a partir
RomanceHá pessoas que nasceram para ser celebridades outras para serem anônimas, e há as que nasceram no século errado. Aimee Munteanu já experimentou muitas coisas em sua curta existência, mas jamais imaginou que o seu lugar não fosse na Romênia e muito...