Zumm... Zumm...!
Aquele barulho. Que barulho era aquele? Despertei tomando cuidado para não acordar Kristine que dormia abraçada a mim. A chuva foi leve e pareceu atingir somente aquela parte da cidade, depois de um tempo se dissipou deixando uma ventania fria para trás.
O celular que era da Kirsty foi guardado por Candy que de manhã o entregou para mim junto com o carregador. Ele vibrava encima da mesa de centro mais barulhento que um besouro.
Peguei-o ao esticar o braço cuidadosamente.
— Alô?
— Aimee sou eu, Candy.
— Aconteceu alguma coisa? Que horas são?
— Vocês dormiram, não foi?
— Foi.
— Olha... Eu nem sei como dizer isso, mas agora de pouco nos encontramos um cara meio estranho... Sabe não parece ser daqui ele passou mal e o acompanhamos até o hospital. — falou, a voz preocupada.
— Você estão bem?
— Aimee eu acho que ele veio do passado.
Meu coração deu um salto por míseros segundos não vomitei.
— Como ele é?
— Moreno, bonito, alto, cabelos escuros e está usando um sobretudo.
— Owen!?
— Quem?
— Me diga o hospital em que estão, eu irei encontrá-los aí.
— Estamos no hospital central, o de emergências. Enrole Kristine num coberto porque está frio aqui.
— Tudo bem.
— Você tem dinheiro?
— Nada.
— E o número do táxi já que não sabe dirigir?
— Também não.
— Vou mandar um ir buscar voces. Estarei esperando vocês na entrada.
— Certo.
Ela desligou.
Não pensei muito no que estava acontecendo, no que poderia ter acontecido. Deixei Kristine deitada no sofá, subi para o quarto, peguei um casaco dos que eram da minha cunhada e um cobertor fino.
Desci os degraus pulando-os de dois em dois em direção a sala onde peguei Kristine e a enrolei no cobertor.
— Tia?
— Shhh, volte a dormir, vou levar você até seus pais.
Ela concordou com a cabeça sem abrir os olhos, jogando os bracinhos envolta do meu pescoço.
— Arco-íris. — resmungou sonolenta.
— Está junto com você. — Verifiquei o embrulho que ela havia se tornado encontrando o unicórnio perdido por lá.
Sai com ela ao desligar a TV e a luz. Do lado de fora, o coração e a respiração descontrolados, esperei o carro amarelo parar em frente a casa.
— Aimee? — perguntou o senhor, baixando o vidro da janela.
Balancei a cabeça que sim. Ele abriu a porta se trás ao se esticar entre os bancos. O vento forte parou quando entramos no veículo.
— Boa noite. — cumprimentou em inglês.
— Boa noite.
Ele sorriu antes de sair com o carro após eu fechar a porta. Meus pensamentos se perderam em meio as cores da rua. Seria Owen? Poderia ser Declan? Mas e Kirsty? Os gêmeos?
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Intended - Destinados a partir
RomanceHá pessoas que nasceram para ser celebridades outras para serem anônimas, e há as que nasceram no século errado. Aimee Munteanu já experimentou muitas coisas em sua curta existência, mas jamais imaginou que o seu lugar não fosse na Romênia e muito...