Era três horas da tarde e o eclipse solar aconteceria em alguns instantes. Izzy aparentava estar alegre, ousava dizer esperançosa. O brilho em seus olhos eram claros. Me sentia feliz por poder ajudá-la e também grata pela sua ajuda.
Segurava a mão de Owen que conversava com Candesy. O lugar escolhido era a varando do meu quarto onde não chamaríamos muito atenção e era um lugar seguro. Num segundo ligeiro tão rápido e desprevenido como uma brisa, eu senti a sensação familiar.
Um som estranho, do relinchar de cavalos, saiu do colar da Izzy ela fechou as mãos envolta do pingente de margarida. O relógio brilhou no bolso do Owen e eu segurei com mais firmeza a sua mão.
Se estivéssemos errados, se Izzy não fosse a alma trocada pela sua eu poderia viver com isso: voltar e partir, partir e voltar contanto que Owen viesse comigo, não seria de todo mal viver entre o passado e presente.
— Olhem acho que um sinal que a fenda se abriu. — Candesy falou, alarmada.
— Estou escutando os mesmo sons do dia em que viajei a primeira vez. — Izzy comentou, o tem de voz baixo e carregado por um sentimento que somente ela conhecia.
Então surgiu no céu. Começou com uma sombra atingindo a varanda e se transformou em um céu cinzento como um dia de inverno. Embora realmente estivéssemos no inverno aquele dia não estava chuvoso ou nevando, apenas frio e iluminado pelo sol amarelo-canário.
Senti os dedos de Owen apertaram os meus com firmeza.
— Quem é essa aí? E porque bulhufas vocês estão... O que são essas luzes?
Estávamos envolvidos com o que acontecia que nem escutamos Eron entrar com Kristine até ele gritar. Olhamos na sua direção encontrando um homem totalmente assustado e intrigado. Ele pegou a filha no colo e se aproximou.
— Fique onde está, Eron! — avisei vendo que a luz do sol refletida no chão havia sumido. O eclipse estava acontecendo, ou seja, a fenda estava aberta e todos nos estávamos expostos a ela.
Eron agarrou a braço da esposa que tentando afasta-lo segurou o de Owen. Izzy preocupada se enfiou no meio de nós para nos separar.
— Merda! — Candy xingou.
Virei para encarar o céu, mas não tínhamos mais tempo para nos afastar. A luz dos dois objetos brilhou se fundindo uma a outra e muito mais rápido que um piscar de olhos tudo sumiu.
***
Abri os olhos tateando o espaço ao meu lado a procura de Owen. Suas mãos tocaram as minhas.
—Estou aqui, meu amor.
Bang! Strooom!
Um som forte parecido com o de algo se partindo irrompeu o céu.
— Escutaram isso acabamos de destruir a fenda! — Izzy vociferou, preocupada, limpando os joelhos da calça.
Olhei ao redor. Era uma estrada estranhamente familiar onde todos nós mesmo Eron e Kristine estávamos caídos.
— Somos muitos. Estão todos inteiros? A parte de ninguém ficou para trás, né? — Candy perguntou, conferindo a si própria antes de bater as mãos no peito. — Estou inteira.
— Ahh, minha nossa. Minha nossa! — gritei, fazendo-a paralisar.
Segurei Kristine pego tornozelo, ela olhava para o pé com ar de choro.
— O que aconteceu, perdeu um dedo na viagem? — Candy se aproximou apressada.
— Os sapatos da sua filha saíram voando enquanto caíamos!
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Intended - Destinados a partir
DragosteHá pessoas que nasceram para ser celebridades outras para serem anônimas, e há as que nasceram no século errado. Aimee Munteanu já experimentou muitas coisas em sua curta existência, mas jamais imaginou que o seu lugar não fosse na Romênia e muito...