| 30 | Antepenúltimo

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Owen


Enquanto caminhávamos em direção ao quarto da srta. Esposito me questionava como conseguimos entrar tão facilmente. Aimee e eu mostramos nossos falsos documentos e obtivemos permissão para entrar. Foi simples, embora as lentes de contato que fui obrigado a usar me incomodasse bastante como um cisco nos olhos.

Aimee usava um uniforme de enfermeira e uma peruca ruiva. No momento em nos encontramos no hall de entrada eu comecei a rir o que levou Candesy a atingir meu ombro com um tapa. Eu por minha vez não estava muito distante do figurino. Apesar de que a única coisa que eu tivesse dentro da bolsa de médico fosse o disfarce da srta. Izzy. 

Ao pararmos der repente, na verdade quando Aimee parou - logo que eu a seguia - tive que parar. Uma enfermeira de verdade apareceu. Candesy me advertiu que ela havia sido informada sobre nossa visita, por isso eu agíssemos normalmente. Aimee não sabia falar italiano o que poderia nos denunciar, então também fui advertido a falar por ela.

- Bom dia. - cumprimentei passando por Aimee.

- Ah, é o médico da moça da ala 7, imagino.

- Isso mesmo. Poderia, por gentileza, nos levar até a minha paciente?

- É claro.

Olhei para minha noiva por sobre o ombro e a seguimos. A mulher abriu a porta do quarto e eu tinha vinte minutos para tirar Izzy Esposito daquele hospital sem chamar atenção. Apenas cinco para ela se trocar rapidamente e mais cinco para sairmos dele e entrarmos no carro. Os outros dez eram se livrar dos disfarce e esperar Aimee.

- Gostaria de que relatasse a minha assistente com exatidão os avanços da paciente como quais medicamentos ela usa.

- Sim, doutor. Por favor, me siga.

- Ahn, ela não fala nosso idioma, é uma estudante da Inglaterra.

- Eu falo inglês, ao menos o bastante para que ela me entenda.

Sorri piscando discretamente para Amy. Esperei que sumissem no outro corredor para entrar.

- Quem é você!

- Sou Owen Sesh, a sra. Kirsty me enviou para tira-la daqui com minha noiva e a irmã dela.

A moça muito maltratada saltou da cama as pressas.

- Eu escrevi esta carta ontem, para o meu pai... Para que me deixem em paz. - disse colocando uma folha de caderno aberta sobre o travesseiro.

- Srta. Izzy não podemos nos demorar. Preciso que vista o que está aqui dentro para podermos sair deste lugar. - Entreguei a bolsa.

Seus olhos castanhos se iluminaram enchendo-se de lagrimas. Ela fungou.

- Você é do passado, não é?

- Sou.

- E eu sou a alma trocada pela sua, não é?

- É.

Ela sorriu, pelo modo em que seus lábios se abriram permitindo que o sorriso chegasse aos olhos, há muito tempo ela não sorria.

- Srta. Izzy não temos muito tempo.

- Certo, certo. Eu já volto.

Virei de costa para me certificar de que ninguém entraria naquele quarto ou alguém nos veria. Abri uma pequena fresta de onde olhei para os dois lados do corredor vazios. Suspirando bati os pés ansioso. Nunca tive que passar por um momento como aquele. Se algo desce errado poderíamos ser presos.

Intended - Destinados a partirOnde histórias criam vida. Descubra agora