Capítulo 25

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Vou contar uma coisa que vocês já sabem

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Vou contar uma coisa que vocês já sabem. A minha perdição se chamava Clara. Era ela a protagonista de todos os meus sonhos e de todos os meus pensamentos diários. Agora, ela também dominava todas as reações do meu corpo. Deixava-me feliz e apaixonada, além de outras coisinhas.

Eu queria estar com ela sempre, inalar seu cheiro e sentir o calor do seu corpo. Eu desejava fazer amor com ela. Muito!

"Muito" no sentido de intensidade e em todos os outros sentidos também.

Pensando bem, esse era o advérbio que representava fidedignamente tudo o que eu sentia por ela. E eu só esperava um dia poder dormir e acordar todos os dias ao seu lado.

Mas eu não podia falar isso no momento, ou ela poderia se assustar com a namorada que conhecia há apenas alguns meses e já estava sentindo tudo isso nessa intensidade toda.

Eu não sabia dizer se as coisas estavam acontecendo rápido demais. Por isso, eu não queria assustá-la com meus sentimentos tão inexplicavelmente intensos e repentinos.

A verdade é que eu tinha medo de perder o que eu já havia conquistado, mesmo que talvez fosse pouco, pois eu não tinha certeza de que seu coração realmente pertencia a mim ou se ainda estava começando a pertencer.

- Para onde estamos indo? – Ela perguntou assim que comecei a puxá-la rapidamente para sairmos dali.

- Xiiiii...

Nós precisávamos de privacidade. Eu não pretendia ter nossa primeira vez naquele momento, mas eu ansiava pelo menos por um "spoiler" de como seria. Então, sem ter muitas opções que fossem discretas, entramos no banheiro e a empurrei até a pia, erguendo-a para que se sentasse sobre a bancada e eu pudesse me posicionar entre suas pernas.

- Não me iluda! – Disse, com a voz fraca, perto do meu ouvido.

- Xiii... – Mordi seus lábios. – Deixe-me tocá-la!

Graças a todos os deuses do olimpo, a todos os anjos, espíritos de luz e a tudo que tenha um poder sobre-humano, ela usava um vestido, o que facilitaria o acesso ao seu corpo e eu não passaria vergonha ao tentar abrir qualquer fecho e, no final das contas, não conseguir.

Com uma mão em sua nuca, puxei seu rosto para mais próximo ao meu e, com aspereza, tomei sua boca com a minha, invadindo-a com a minha língua. Totalmente entregue, ela ofegou em meus lábios e, quando com a mão livre apertei sua coxa direita, sob o vestido, também deixou escapar um gemido. Ela queria muito, talvez até mais que eu.

- Está esperando o quê? Posso desmaiar a qualquer momento. – Ela falava sério, então segurou a minha mão e a levou em direção à parte mais íntima de seu corpo. – Quero que me sinta! – Falou mais uma vez no meu ouvido e senti uma pequena corrente elétrica em cada centímetro do meu corpo.

Sem raciocinar direito sobre as consequências dos meus atos, sobre onde iríamos parar quando eu fizesse o que eu estava prestes a fazer, algo aconteceu.

Qualquer Semelhança é Uma Mera CoincidênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora