Essa é a história de muitas primeiras vezes da minha vida, mas não é só sobre mim que vou falar. Na verdade, é sim. Mas vou dividir o enredo dessa história com uma outra pessoa, a qual vocês vão logo identificar por seu "talentoso" humor e carisma...
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Andei apressadamente pelo corredor, enquanto minha mente trabalhava ainda mais rápido. Eu havia beijado, beijado na boca, beijado na boca pela primeira vez, beijado na boca pela primeira vez com ela.
A ficha não estava caindo.
Eu não sou mais BV.
Eu a beijei!
Eu gostei!
- E aí amiga? – Hanna me perguntou assim que me aproximei.
- Han? – Eu ainda estava meio zonza.
- Ela te beijou? – Perguntou empolgada.
- Ela nunca teve essa intenção. O plano era rir da minha cara.
- Sério? – Pareceu desapontada.
- Mas eu a beijei! – Revelei quase sem respirar. - Roubei um beijo dela!
Eu tinha certeza que a minha cara era de boba.
- PUTAQUEOPARIU! – Minha amiga simplesmente gritou no meio da festa, atraindo alguns olhares reprovadores.
Comecei a rir, na verdade a gargalhar da animação dela e também da minha.
Nunca havia me sentido assim, cheia de vida. Meu peito estava arfando de tanta empolgação.
E eu me sentia... apaixonada?
Não sei como é se sentir apaixonada.
- Porra, essa sim é minha amiga! – Ela continuou a comemorar. – Eu estava com saudade dessa Sofia cheia de atitude.
- Então aproveite bastante porque talvez eu não sobreviva nas próximas horas. Com certeza ela vai tentar me matar depois.
- Pelo pouco que conheço a Clara, ela deve estar flutuando até agora.
- Você acha? – Perguntei com um sorriso cheio.
- Cadê ela?
- Deixei-a para trás.
- Você o quê? – Perguntou-me, espantada.
- Eu queria terminar aquilo ficando por cima e, de quebra, viver por mais alguns minutos.
Ela sorriu, pegou minha mão e me puxou para um abraço, decidindo ignorar o que eu havia feito.
Não se deve chorar sobre o leite derramado, de qualquer jeito.
- Estou muito feliz. Agora me diga, você está apaixonada?
- WHAT? – Me afastei. – NÃO.
- Ok, vou te dar mais tempo para pensar nisso.
- Não preciso de tempo. Já te respondi!
- Mesmo assim, tenho certeza de que você vai pensar. – Disse e olhou nos meus olhos, como se tivesse lendo minha mente. - Aliás, já deve estar pensando.
