Essa é a história de muitas primeiras vezes da minha vida, mas não é só sobre mim que vou falar. Na verdade, é sim. Mas vou dividir o enredo dessa história com uma outra pessoa, a qual vocês vão logo identificar por seu "talentoso" humor e carisma...
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Nossa viagem de férias estava sendo ótima, mas eu podia facilmente cancelar a aventura à cachoeira e aquela festa ridícula. Depois que vi Sofia ser beijada por outra pessoa, a noite acabou para mim. Ela não teve culpa, mesmo assim, o ciúme me consumiu e não consegui evitar o mau humor que se apoderou de mim.
Laura já há muito tempo insistia que fôssemos embora. Samantha circulava aleatoriamente com Hanna apenas para que nossa amiga não ficasse constrangidamente perto da outra. Depois da "pegação" no banheiro, Laura voltou a ficar estranha com ela. Maria era a única que se divertia enquanto falava sem parar no meu ouvido e Sofia fingia prestar atenção em tudo. Por todos esses motivos e, principalmente, por culpa do meu humor, decidi dar ouvidos à Laura e também coloquei pilha para que fôssemos embora dali.
Depois de tudo o que aconteceu, não foi difícil convencer ninguém e logo demos adeus àquele lugar. Eu só queria voltar rapidamente para o nosso lugar seguro e escovar, a noite inteira, a boca da minha namorada. Se fosse possível, eu deletaria aquela imagem daquele abusado beijando a minha garota.
- Não me beija. – Alertei quando Sofia tentou me dar um selinho no caminho de casa.
Quando chegamos, rapidamente desejei boa noite para todas e arrastei minha namorada escada acima. Ordenei que entrasse logo no banho e se lavasse com o sabonete mil vezes. Qualquer resquício do toque daquele garoto deveria ser extirpado. Além de que ela estava toda melada com o banho de refrigerante que tomara de mim. Não fiquei feliz em acertá-la, mas eu sabia que, futuramente, acharíamos bastante graça disso.
- Pronto, estou limpinha para meu amor. – Sofia anunciou com um sorriso enorme e de braços abertos, após trinta minutos de banho.
- Já escovou os dentes?
- Ainda não. – Seu sorriso morreu.
- Então volte para o banheiro e fique mais trinta minutos lavando a boca.
- Mas...
- Não quero nenhum resquício daquele macho em você.
- Então por que você não finge que é uma gata e não se esfrega toda em mim para marcar território e dizer que eu sou sua? – Ela tinha um sorrisinho malicioso e muita criatividade também.
- Essa é uma ótima ideia, mas realmente preciso que escove os dentes antes.
Naquela noite, apenas dormimos de conchinha, mas recompensei Sofia com muito carinho pela forma hostil como eu a tratara devido à minha crise de ciúmes e raiva. Ela me compreendia, mas eu não podia exagerar. Não éramos muito maduras ainda, porém, eu estava sempre me esforçando para melhorar.
Faltava pouco para as férias terminarem e logo estaríamos de volta à rotina. Por isso, decidimos que não apostaríamos mais em enrascadas e aproveitaríamos o restinho da nossa viagem com simplicidade e, principalmente, juntas. Faríamos apenas o que agradasse a todas e, por isso, decidimos passar nosso penúltimo dia de férias na casa de praia da Samantha, comendo um monte de porcarias, falando um monte de besteiras e jogando todos os tipos de jogos infantis possíveis. Claro, além de algumas bebidas para tornar mais interessante o dia – mas tudo moderadamente.
