Essa é a história de muitas primeiras vezes da minha vida, mas não é só sobre mim que vou falar. Na verdade, é sim. Mas vou dividir o enredo dessa história com uma outra pessoa, a qual vocês vão logo identificar por seu "talentoso" humor e carisma...
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Esse primeiro dia de aula tem sido maravilhoso. Conheci tantas pessoas novas. Na sala de aula, enquanto estivemos sem a presença da professora, tive até a oportunidade de contar uma piada, e as pessoas pareciam ter se divertido. Com certeza meus novos amigos de turma são mais legais do que os do ano passado, aqueles com pouco senso de humor. Mas o que me deixava mais feliz era poder terminar esse último ano de escola com minhas amigas de infância. Laura precisou estudar no turno da manhã para poder frequentar a empresa de sua família, como uma experiência de estágio, e não queríamos nos separar, então Maria e eu mudamos junto com ela e aqui estamos nós aproveitando o horário do intervalo, sentadas na nossa nova mesa do pátio, uma vez que a nossa já estava ocupada por outras três meninas.
O primeiro dia é sempre tranquilo, e é quando os alunos têm a melhor oportunidade de se enturmarem e conversarem sobre suas experiências durante as férias. Eu passei parte da minha com minhas amigas e fizemos algumas festas do pijama. O restante do tempo passei com meus avós maternos, que moram no campo. Eu podia afirmar que minhas férias haviam sido maravilhosas!
- Então meninas, como eu estava dizendo, vocês têm que me acompanhar na próxima vez que eu for à casa dos meus avós. Vocês vão adorar a experiência de andar a cavalo e... Meninas? – Eu estava falando sozinha?! - Alôoooo...estou falando com vocês duas! Não acredito que estou aqui há quase 20 minutos falando sem parar sobre minhas férias no campo e vocês duas estavam me ignorando todo esse tempo.
Não adiantou nem todo o drama que enfatizei no meu tom de voz mais dramático. Elas continuaram concentradas no que estavam lendo e precisei fechar seus livros com toda a falta de educação que eu não costumava ter. Muito pelo contrário, eu costumava ser bem-educada e não mal-educada.
- Poxa, vocês poderiam prestar atenção em mim um pouquinho? – Fiz até beicinho.
- Desculpa, Clarinha. É que estou lendo sobre o budismo e estou achando tudo tão fascinante. Vou ler um trechinho do que achei sensacional. – Tentei não revirar os olhos. Maria estava sempre tentando nos educar com alguma frase filosófica ou religiosa, mas nunca aprendíamos muito sobre determinada religião, pois ela nunca se prendia a nenhuma por muito tempo. – "Os homens que perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde; Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro; Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido".
Apesar de ser tão volátil, minha amiga era uma fofa e tudo que ela lia era sempre tão lindo. Ela com certeza era muito especial, e as pessoas só não conseguiam enxergar isso. Ela era linda por dentro e por fora, e estava sempre disposta a ajudar os outros. Tinha uma estatura baixa, o que eu achava fofo demais. Seu cabelo era o mais lindo que eu já havia visto, e eu poderia até dizer que eu sentia uma pontinha de inveja. Ele era volumoso, todo cheio de cachos e tinha o tom de castanho mais lindo de todos, não tão escuro, contrastando perfeitamente com o tom moreno da pele dela.