Essa é a história de muitas primeiras vezes da minha vida, mas não é só sobre mim que vou falar. Na verdade, é sim. Mas vou dividir o enredo dessa história com uma outra pessoa, a qual vocês vão logo identificar por seu "talentoso" humor e carisma...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Sofia havia me enviado uma mensagem informando que tinha uma notícia boa para me dar, mas apenas o faria no dia seguinte, na escola. Ela queria fazer suspense, mas eu já sabia qual era a notícia. Acho que era até bastante óbvia. Eu só não esperava que ela fosse conseguir cumprir a missão em tão pouco tempo. Minha namorada era meio lerda quando se tratava de tomar atitudes, então, por compaixão, fingi que eu não fazia ideia do que ela tinha para me dizer e guardei para mim toda a minha curiosidade, que, no caso, eu não tinha.
Eu só queria poder ver o sorriso no rosto dela enquanto me contava que viajaria nas férias comigo e com as meninas, e eu ansiava por compartilhar esse sorriso, quando chegasse o momento.
Sem querer pressioná-la mais com o assunto "viagem", esperei pacientemente até o horário do intervalo para que me revelasse a sua "grande" notícia.
- Adivinha? – Perguntou-me assim que chegou ao meu encontro, no corredor da nossa sala de aula.
Ela estava bastante empolgada no meio dos outros adolescentes que passavam por nós, enquanto esvaziavam o local.
- Deixe-me pensar! – Encostei o dedo indicador na lateral da minha cabeça, fingindo me esforçar para descobrir o que era. – Não sei, essa é realmente difícil. – Dissimulei.
- Não é o que você está pensando. – Informou-me, ficando zangada. Ela havia percebido que eu estava sendo debochada.
- Se não vai me dizer que vai nessa viagem comigo, então nem quero...
- É muito melhor que isso! – Voltou a sorrir abertamente. – Já sei o que vou cursar na faculdade.
- QUÊ? – Isso era realmente incrível.
Mas não era melhor, nem pior do que poder ir na viagem comigo. Eram situações com valores diferentes, por isso, incomparáveis.
- Isso mesmo que você ouviu!
- Sofia, me diga logo o que você decidiu! – Eu estava tão empolgada quanto ela. – Você sabe que o combinado era nos imitarmos. Me diga logo o que vou ser quando eu crescer.
- Ginecologista... e obstetra!
Ela bateu a cabeça ontem, quando chegou em casa?
- Nem se Deus quisesse, eu seria isso!
- Por quê? – Seu sorriso morreu no mesmo momento.
- Acho que ser uma paciente numa consulta ginecológica já foi traumatizante demais para mim. – Comecei a explicar, ainda incrédula com sua escolha. – Eu sabia que não havia sido tão ruim para você, só não sabia que você tinha gostado tanto ao ponto de escolher ser isso.
- Ei, foi um pouco embaraçoso para mim também, mas achei o máximo a profissão, e trazer ao mundo alguns lindos bebês não me parece uma má ideia.
- Pode até ser, mas a lembrança de mim deitada como vim ao mundo naquela cama e de perna arreganhada, enquanto uma estranha observava a minha intimidade não me deu uma visão apaixonada da profissão.
