Capítulo 29

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O céu estava incrivelmente azul, sendo impossível avistar uma única nuvem

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O céu estava incrivelmente azul, sendo impossível avistar uma única nuvem. O sol se apresentava imponente, mas não se tratava de um dia quente, mas sim de um dia deliciosamente agradável. O comandante do barco havia levado a lancha da minha amiga a uma distância considerável da costa. E eu ficara maravilhada ao constatar que não se tratava de um simples barco, pois havia espaço suficiente nela para uma pessoa morar com dignidade e bastante conforto – talvez fosse mais adequado dizer que se tratava de um iate pequeno. Na sua parte superior, havia uma linda poltrona clara e de couro, um frigobar e uma extensa área para deitar e observar aquele marzão de Deus. Já na parte interna, havia um luxuoso e confortável quarto - mesmo que não muito grande – um banheiro completo, televisão, aparelho de som, um pequeno closet e mais um refrigerador. Eu já queria comprar um barco para morar nele.

Imaginem o quanto seria um máximo viajar para vários lugares e poder levar sua casa junto?!

De cima do pequeno iate, eu observava, vez ou outra, as garotas mergulharem na água. Parecia que a diversão era saltar do barco de diversas formas possíveis, mas a minha maior vontade mesmo era admirar a linda paisagem com as gargalhadas de minhas amigas ao fundo, como trilha sonora.

Eu estava sozinha e distraída, encarando o horizonte e problematizando a minha vida - não sei dizer há quanto tempo - quando fui surpreendida por uma de minhas amigas.

- Um doce por seus pensamentos? – Hanna perguntou, estendendo-me um sorvete de limão, o qual aceitei prontamente.

Eu amo isso!

- Estava aqui pensando como esse ano tem sido diferente dos demais. – Abri a embalagem e comecei a saborear o gostinho azedo do meu picolé favorito. – Além disso, ele também tem sido decisivo em alguns sentidos. – Ficamos em silêncio por alguns segundos enquanto pensávamos um pouco até eu voltar a falar, insistindo no assunto. - Você não se sente já como se fosse uma adulta?

- Mas nós somos adultas! – Ela afirmou. – Desde o início do ano já não me sinto mais como uma adolescente.

- Parece que essa fase tem durado cada vez menos. – Refleti. – É como se fôssemos pressionadas pela vida a amadurecermos cada vez mais rápido. – Ela prestava atenção nas minhas palavras, já embarcando nesse momento reflexivo comigo.

- O mais louco disso é pensar que só ano que vem seremos consideradas adultas pela lei. – Falou.

- Não vejo a hora de alcançar a maioridade. – Desabafei. – Sinto que tenho tanta coisa em risco e que só a minha independência trará segurança para mim.

- De nada vai adiantar ter dezoito anos se você ainda depender dos seus pais para sobreviver. – Hanna me trouxe para a realidade. – Ser independente financeiramente é ainda mais importante.

- Independência financeira é algo que levarei mais alguns anos para conquistar. – Suspirei alto, desanimada.

- Você sabe que te ajudarei em tudo o que precisar, não sabe? – Sorri para ela, que me olhava com carinho. – Eu te amo tanto, que parece até que você é a irmã que não tenho.

Qualquer Semelhança é Uma Mera CoincidênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora