Epílogo

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Eu sempre pensei que quando esse dia chegasse, eu estaria um pilha de nervos e prestes a desmaiar. Pensei que passaria mal na porta da igreja e precisaria de um copo com água e açúcar, mas não. Eu até que estou calma. Só durante a semana que fiquei ligeiramente estressada por conta de alguns imprevistos e outras coisas não terem saído da forma que eu havia planejado. Porém, ainda assim, coisa nenhuma impediu que eu me sentisse feliz. Muito feliz. E mais importante que a festa, os preparativos ou o vestido, é a aliança que Danilo e eu estamos firmando. Esse é o dia em que eu e ele nos tornamos um só.

O último ano foi de muito aprendizado e crescimento para nós dois. Frequentamos alguns cursos de noivos, e assistimos diversas palestras. Eu procurei fazer tudo que estava meu alcance a fim de me preparar para ser uma boa esposa. A ideia de assumir um tão grande compromisso não me assustava mais. Foi também o ano em que eu e Danilo nos damos conta de algumas diferenças entre a gente, até então despercebidas, mas nada que não podesse ser resolvido com paciência, tolerância, compreensão e amor.  Eu sei que o casamento não é um conto de fadas, e que não existe um único casal no mundo que seja perfeito. Sei também que viver com outra pessoa é lidar o tempo inteiro com a imperfeição de ambos, mas acredito piamente que quando uma união está alicerçada no Autor do matrimônio, tudo dar certo.

Uma imensa alegria, foi a família do Danilo poder comparecer a esse evento maravilhoso. No início, quando a data foi marcada, houve um contratempo e chegamos mesmo a pensar que eles não poderiam vim, o que acarretaria grande tristeza para nós, principalmente para Danilo. Mas,  logo depois tudo foi resolvido e dias antes do casamento eles chegaram, somando assim, a nossa felicidade.

Dar para perceber uma grande emoção por parte dos presentes ao olhar para cada um. Mamãe, minha sogra e a vó de Danilo, compunham o trio choroso, e até meu pai secou algumas lágrimas ao me conduzir ao altar. Meu sogro não disfarca o orgulho em casar seu primogênito e é visível a empolgação  de Dávila e Darah.  Ester se desfaz em milhares de sorrisos, não sei se por está ao lado do seu amado ou por presenciar o casamento da melhor amiga e ainda por cima ser a madrinha. Renata, sentada na última fileira por chegar atrasada - chegou depois de mim! - também parecia tocada pela atmosfera romântica. Minutos depois da minha entrada, tia Paty acompanhou o trio em seu compulsivo choro, e até Leandro se mostrava satisfeito em está ali. Semanas antes, ele me perguntou se poderia levar Natasha com ele e eu aceitei, claro. Depois de muita relutância por parte dela, eles haviam reatado o namoro. Os outros poucos convidados se resumiam, em sua  maior parte, em amigos da igreja. Nosso círculo social sempre foi pequeno.

Mesmo olhando diversas vezes em direção ao público, meu olhar é
atraído a todo instante para Danilo. Ele  está esplêndido em seu impecável terno cinza. E não sei se alguma outra vez o contemplei tão lindo assim.  Ele parece sentir o mesmo por mim, pois me olha como se só existisse eu ali e sopra um "eu te amo" a todo instante.
O pastor já fez o discurso religioso, e fizemos nossos votos. João já  entrou com nossas alianças, e ambas estão  em nossos dedos. Só falta...

- Eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva. - a voz grave do pastor ecoou pela igreja.

Enfim, a hora mais esperada. E, pela primeira vez, nossos lábios se unem. Apesar de minha consciência dizer que estou sendo assistida por várias pessoas, deposito todo meu amor e carinho através daquele beijo e o que sinto é uma espécie de cumplicidade. Como se nossas almas estivessem ligadas a partir de agora. Danilo sorri para mim e eu, ainda atordoada pelo beijo, só consigo pensar em como é maravilhoso ter uma pessoa que agora pertence a você. Para sempre seremos dois em um. Essa é a matemática de Deus. Não importa  mais quanto tempo ficaremos na minha cidade, se  dez anos ou apenas um,  com ele eu vou a qualquer lugar. Ele agora é o meu lar.

Enquanto o pastor faz uma oração, eu e Danilo temos nossas testas coladas, e aproveitamos a sensação de agora sermos casados. Meu coração se enche de gratidão por Deus tê-lo preparado para mim.

- Agora seremos só você e eu. - ele me diz.

Assinto com a cabeça e ele completa:

- Até que a morte nos separe.

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E assim, nosso querido romance chega ao fim!!!

Já estou com saudades da Júlia Beatriz😢😢

Nunca pensei que rememorar fatos da adolescência viesse a resultar em dois livros, mas valeu a pena.

(Des)complicado Amor (LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora