♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡ Sinopse ♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡
O fim nunca é apenas um fim, nele nós encontramos o começo. Para a história de Anália o começo foi um fim, mais especificadamente o fim de seu namoro de quatro anos.
Ela não entende o porque de seu relacionamento...
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Juan caminha com passos leves e despreocupados. Penso que, como ele mora aqui, deve saber bem os melhores lugares da cidade. Depois de andar por uns cinco minutos ele para e entra em um armazém, cumprimenta um senhor de cabelos brancos e vai andando pela loja.
-Então aqui é seu ótimo lugar? -pergunto o seguindo. -Uma lojinha de conveniências?
-Claro que não, bobinha! E não fale nesse tom da mercearia do Seu Carlos!
-Então o que a gente tá fazendo aqui, Juan?
-Pegando mantimentos. -ele aponta para a estante no seu lado.
Eu nem havia percebido que ele havia parado em frente as bebidas alcoólicas. Há uma certa variedade no local. Juan pega duas garrafas na prateleira, não sei identificar quais são, já que não entendo nada de bebidas.
-Larga isso, menino. -digo, repreendendo-o.
-Pode deixar, você vai me agradecer mais tarde.
Eu tento fazer ele guardar as bebidas no lugar, mas ele passa por mim e se dirige para o caixa onde o homem, que eu acredito ser o Seu Carlos, recebe o dinheiro pela mercadoria e a coloca em uma sacola.
-Vai vir comigo ou vai ficar me olhando igual trouxa? -pergunta e sem esperar minha resposta ele pega as bebidas e sai da loja.
Quando ele se vira e mostro do dedo do meio, me esquecendo de Seu Carlos, que apenas dá uma risadinha e começa a arrumar alguma coisa no balcão. É impressionante como esse loiro falsificado consegue me fazer sentir brava com coisas simples.
Lá fora ele continua andando no mesmo ritmo de antes, tranquilamente ele retira o lacre da garrafa e vira um gole do conteúdo na boca, faz um pequena careta e olha para a embalagem, depois estende a garrafa para mim.
-Cara, ainda não são nem dez da manhã! -eu reclamo sem pegar a bebida.
-É, ainda nem são dez da manhã e você já recebeu uma mensagem do seu ex que te meteu um pé na bunda e brigou com sua amiga, então se eu fosse você aceitava, até porque foi eu que paguei e isso não vai acontecer de novo. -ele diz pegando minha mão e apoiando a garrafa. -Então bebe um poco disso que é bem mais divertido fazer babaquices quando se está bêbado.
Eu não tenho uma tolerância muito boa com bebidas, até porque eu não sou de beber, mas nesse ponto já esta tudo bem desgraçado mesmo, então coloco a garrafa na boca e viro, o liquido desse rasgando minha garganta, o álcool deixa minha língua dormente, faço uma careta depois de beber.
-Esse negocio é horrível! -digo lhe devolvendo a garrafa.
-É, eu sei, comprei o mais barato que tinha. -eu lhe olho de esguelha. -Que foi? Não me diz que você estava esperando tanto de mim...
-Ah não, vou manter minhas expectativas bem baixa. -digo, apesar daquele gosto horrível e da dormência, sinto minha cabeça desanuviando, mas tranquila enquanto caminho ao seu lado. -Então, onde você esta me levando?
-Te conto quando chegarmos. -ele diz enigmático.
Vamos nos afastando mais dos bairros confiáveis da cidade, esse é um lugar que eu nunca tinha vindo antes, apesar do ambiente não parecer muito bom, as poucas pessoas na rua não parecem ruins ou perigosas.
Chegamos em um grande terreno cheio de bugigangas e cheiro de metal enferrujado e Juan para bebendo mais um gole da bebida. O lugar parecia abandonado, um ferro-velho cheio de coisas esquecidas pela sociedade. Eu podia ver televisões, computadores e até um carro, todos muito velhos para ter alguma utilidade.
-Chegamos. -ele diz entrando no meio da bagunça. -Eu sei o que a garotinha ai tá pensando, mas guarde seus julgamentos um momento.
-Tá bom, rei do ferro-velho, vou esperar você me contar o porque de ter me arrastado até aqui.
-E ai está aquele tom de critica novamente. -ele diz me olhando feio. -Quer saber? Bebe mais um gole pra ver se você fica mais suportável. -ele me entrega a garrafa.
-Ha ha, idiota. -digo, mas mesmo assim aceito a bebida.
-Sabe, esse lugar é ótimo pra você se libertar dessa frustração, raiva e rancor. Toma.
O loiro pega um taco de madeira do meio de um entulho e joga para mim, por reflexo eu o pego, quase me desequilibrando no ato. Fico parada segurando aquele taco com cara de idiota. Que merda ele quer que eu faça com esse negocio?
-Fique a vontade para quebrar o que quiser. -ele mostra ao redor com as mãos.
-Você tá louco. -digo ainda parada olhando pra ele.
-Tá bom, que tal começar por esse aqui? -ele aponta para uma televisão já meio quebrada.
Ele me olha por um tempo, esperando por alguma ação, mas não me mexo, então ele vem andando até mim. Eu me afasto dois passos, mas ele rapidamente se posiçona atras de mim e arruma o taco em minha mão. O contato de sua pele com a minha é quente.
-O que...-começo a reclamar, mas ele me interrompe.
-Assim. -Juan diz e balança minha mão acertando a TV, ele completa com tom irônico. -Agora vê se consegue fazer sozinha, lindinha.
Queria dizer que iria enfiar o taco na cabeça dele, mas não disse, ao invés disso tomei impulso e acertei a televisão novamente. Meus braços tremeram com o impacto e o barulho da TV chegou aos meus ouvidos, os cacos de vidro quicando para todos os lugares. Eu não queria admitir, mas gostei da sensação de quebrar algo, me fez me sentir livre.
Não demorou muito para que eu pegasse o jeito e começasse a acertar tudo ao meu redor. Um riso rouco escapuliu pela minha garganta e eu tenho a plena consciência de que pareço uma maniaca, mas eu estou um pouco bêbada e de coração partido então pouco me importa como pareço.
Em alguns momentos olho de relance para Juan, ele não faz o mesmo que eu, apenas está parado bebendo, de vez enquanto ele sorri para mim, não como se me encorajasse a continuar quebrando, mas como se gostasse do caus ao redor.
Minha energia não parece acabar. Juan estava certo: é mais divertido fazer babaquices quando se está bêbado. Sem parar muito para pensar, tomo impulso e bato com o taco no capô do carro velho.
Sabe, eu sou uma pessoa que pode se considerar inteligente, até mesmo em física eu era boa no Ensino Médio. Mas vai passando o tempo e o conhecimento que não utilizamos vai embora. E claro que o álcool não ajuda em nada nisso. Uma das coisas que aparentemente eu havia esquecido eram as leis de Newton.
Sabe a terceira lei? Lei da ação e reação? Pois é...
Eu realmente bati com muita força no capô daquele carro.
E minha brilhante cabeça bêbada não cogitou hora nenhuma que o taco iria ricochetear.
Pronto, agora eu finalmente havia quebrado tudo, principalmente o meu nariz.
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