♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡ Sinopse ♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡
O fim nunca é apenas um fim, nele nós encontramos o começo. Para a história de Anália o começo foi um fim, mais especificadamente o fim de seu namoro de quatro anos.
Ela não entende o porque de seu relacionamento...
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Eu nunca fui tão mal sucedida em uma tarefa quanto na que dona Maria me incumbiu. Passei o dia inteiro tentando abrir uma brecha para conversar com ele, mas Juan não parecia estar em lugar nenhum.
No inicio da noite, quando eu assistia a Tv com Bruna e Juliano, eu o vi chegar em casa, mas mal pensei em chama-lo e ele já havia se trancado no banheiro. Se algum dia Juan chegar a se endividar eu terei pena do cobrador, na situação em que estava parecia mais fácil encontrar com o Papa do que com ele.
Durante o comercial do programa que assistíamos, o loiro apareceu. A camisa social branca estava meio aberta e calça preta ficava realmente perfeita em seu corpo, mas o que mais se fazia notar era o perfume, uma fragrância leve e doce, mas que parecia preencher toda a sala.
Dona Maria veio da cozinha quando viu o filho aparecer todo produzido. Com o cenho franzido ela colocou as mãos nos quadris e encarou o menino daquele jeito que só mães sabem fazer.
-Aonde você vai, Juan? -ela o questiona.
-Em uma festa da faculdade. -ele responde distraído arrumando a manga da camiseta.
-Mas você nem tá fazendo faculdade. -Juliano reclama do sofá.
Aparentemente Juan decidiu que deveria simplesmente ignorar o comentário de seu irmão. Deu um beijo de despedida em sua mãe e rumou para a porta.
-Espere ai, filho. -dona Maria o chamou o fazendo voltar. -Leva a Anália com você.
-O QUÊ? -perguntamos espantados em uníssono.
-Por que eu? -pergunto quase me debruçando sobre o encosto do sofá. O que dona Maria estava me arrumando agora?
-Ah querida, desde que chegou só fica aqui dentro de casa, ficar só aqui com essa velha não vai ser bom em nada.
-Mas eu estou com a Bruna. -olho para minha amiga buscando reforço, mas ela apenas dá de ombro.
-Isso não conta. Você tá é ficando de vela!-a senhora reforçou. -Tem é que sair com um pessoal da sua idade, ir pra festas! Aproveita enquanto tá nova.
-Mãe, é uma festa da faculdade, não sei se vão deixa-lá entrar. -Juan diz, pela sua cara a ideia de que eu também vá não lhe agrada muito.
-Ela vai estar com você, é logico que vão deixa-lá entrar. Você também não está na faculdade e está indo na festa. -desta vez a alfinetada sai de dona Maria, deixando Juan com uma cara bem amarga. -Anda Anália, se arruma ai para ir com ele.
Sua voz autoritária me lembra minha própria mãe, então não hesito muito em ir até minha mala procurar alguma coisa que sirva para uma festa. Eu não havia trago roupas para a ocasião, a mais apresentável que eu tinha eu usei no chá de bebé. Eu paro um minuto olhando minhas roupas e decido tirar a vergonha da cara e repetir o look. Não ia conhecer ninguém nessa festa mesmo, o único que saberia que eu estava usando a mesma roupa seria o loiro chato e ele não seria tão babaca a ponto de falar alguma coisa.
Me arrumo depressa no banheiro, quase não usando maquiagem e fazendo uma trança bem rápida no cabelo. Sabia que Juan estava encostado no batente da porta, olhando o relógio do celular a cada minuto e bufando vez ou outra. Tive vontade de atrasar mais apenas para chatear, mas no fim acabei por não fazer, na verdade, acho que nunca me arrumei tão rápido.
Quando chego na sala Bruna se levanta revoltada. Juan solta uma lufada de ar, com raiva de ter que esperar.
-Não, não, não! -ela diz me pegando pelo braço e me arrastando para a casa dos fundos onde ela estava instalada com Juliano. -Você não vai vestida deste jeito para uma festa né amiga!?
-Que que tem minha roupa, Bru? Eu nem quero ir.
Ela me para e me segura pelos ombros. Seus olhos são sérios e severos. Bruna será uma mãe de botar medo.
-Eu não aguento mais olhar para a cara de bosta do Juan ou ver vocês nessa situação ridícula, então você vai se arrumar direito, vai ficar uma gata, vai chegar nesta festa e se divertir pra caramba, sem se preocupar com essa praga que vai estar com você, entendeu? Por que amiga minha não sai por baixo, ok?
-Eu estou parecendo uma derrotada, não é? -pergunto e ela afirma com a cabeça. -Onde você vai arrumar uma roupa para mim, fada madrinha?
-Você sabe que eu só ando no brilho, amiga, eu trouxe uns looks pra quando a bebé nascer, sei que não vou estar com o mesmo corpo de antes, mas minha vida não vai estar parada, né amore?
Mais rápido do que eu achei que seria, ela me ajuda a me trocar, fazer uma maquiagem simples e dar um jeito no cabelo. Olho no espelho o vestido vermelho com rendas que ela me emprestou, fazia um tempo que eu não olhava meu reflexo e eu gostei do que vi, me lembrou mais a antiga eu, antes de Fábio quebrar meu coração.
-Agora sim ela pode ir. -diz Bruna para todos na sala.
Dona Maria solta uma exclamação e vem me ver mais de perto. Juliano me dar um joinha enquanto abraça Bruna, a levando de volta para o sofá. Me recuso a olhar para Juan, tenho medo que sua reação não seja a que eu espero.
-Meu Deus! Mais você ficou tão linda, Anália! -dona Maria me abraça e eu me sinto como se fosse minha formatura no ensino médio. -Ai se eu tivesse a sua idade!
-Dá pra gente ir logo? -o loiro reclama na batente da porta. -Já estou atrasado.
-Tá bom, tá bom. -diz a mãe. -Vai lá querida.
Ela me dá um beijo na bochecha e eu me apresso para seguir o desesperado, que não possui um pingo de cavalheirismo e quase nem me espera para sair com o carro. Eu sei que esse é o momento perfeito para iniciar uma conversa com ele, perguntar o que está errado, mas sinto o orgulho se fechando em minha garganta e permaneço o caminho calada olhando pelo vidro da janela.
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