Sozinhos

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  Não sei bem como as coisas se resolveram, mas dona Maria ficou com a cara amarrada por mais um dia antes de tudo voltar a ser harmonioso

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  Não sei bem como as coisas se resolveram, mas dona Maria ficou com a cara amarrada por mais um dia antes de tudo voltar a ser harmonioso. Bruna tentava atiçar minha curiosidade, mas eu realmente não queria ser intrometida na conversa de mãe e filho. Se Juan quiser alguma vez falar sobre comigo, estarei aberta a escuta-lo.

Mas a verdade era que ele parecia ter encerrado o assunto de vez e se ambos se sentiam bem com a situação, eu só posso agradecer por não ter deixado nada desconfortável nesta família.

Se por um lado tudo anda às mil maravilhas, meu relacionamento com o loiro divaga cada vez mais para uma incógnita sem fim. Somos amigos? Ficantes? Namorados? Eu não sei bem como nós definir, mas dona Maria deixa indiretas de que gostaria da definição "nora" em sua cartela.

Deitada no sofá da sala, com a cabeça no colo de Juan e seus dedos passando por meus cabelos, me avermelho com a lembrança de alguns momentos antes quando ela sugeriu que Bruna a acompanhasse junto com a bebé, para que nós dois ficássemos SOZINHOS (sim, ênfase nesta palavra) para assistirmos um filme.

Eu sei que uma hora terei de ir embora. Apesar de me sentir em casa, aqui não é meu verdadeiro lar. Minha mãe me manda mensagens todos os dias, sei que sente minha falta, ainda tem minha casa, minhas coisas, minha vida que fica a seis horas de viagem daqui. Eu abafo esses pensamentos toda vez que surgem, mas no meu intimo me pergunto como será que essa coisa que tenho com Juan vai se desenrolar levando em conta tudo isso.

Esfrego meu rosto nas mãos tentando adiar o assunto mais uma vez. Embaixo de minha cabeça, ele se ajeita no acento.

-Está cochilando? –pergunta.

-Não. –respondo me sentando e encostando no sofá.

-Ahh eu acho que estava sim! Está com a maior cara de sono! Não adianta limpar a baba não, dorminhoca. –ele diz quando me vê esfregar o rosto mais uma vez.

Eu dou uma olhada de esguelha para o loiro ao meu lado, já me irritando com sua implicância besta.

-Me poupe, Juan! –lhe dou um leve chute nas pernas.

-Me poupe, Juan! –ele me imita fazendo uma voz irritante e me agarrando pela cintura. –Toda nervosinha, ela.

-Bobo! –xingo antes de sua boca encostar na minha, com um beijo travesso.

-Você fica tão bonitinha com essas ruguinhas entre as sobrancelhas. –ele passa o dedo no local, me beijando novamente. –Gosto de te irritar só para ver como fica bonitinha.

-Não acredito! –digo rindo. –Você me faz raiva de propósito!? E eu achando que era apenas teimosia...

-É um pouco de cada, eu não posso negar. – seu aperto em minha cintura se intensifica quando ele me beija mais uma vez.

Retribuo o beijo sentindo sua pele quente por sob o tecido da blusa. Seu corpo se gruda ao meu e ele me puxa, fazendo com que eu fique sentada em seu colo. Sem despudor, passo a mão por seus cabelos, o trazendo cada vez mais para mim.

Delicadamente, Juan passa os dedos por debaixo de minha blusa, subindo o tecido devagar sem desgrudar a boca da minha. Senti-lo me tocar desta maneira faz calafrios percorrer por meus braços. Ele pega em meu cabelo, descendo os beijos para meu pescoço e eu arfo, com a sensação de que meu coração vai sair pela boca a qualquer minuto.

Escuto um riso cretino lhe sair da boca quando percebe a reação que causa em mim, mas não consigo me importar com isso quando seus lábios me tocam novamente. Me esqueço que estamos na casa da mãe dele, na sala de estar e só consigo pensar em como gostaria que suas mãos tocassem mais do meu corpo.

Prestes a retirar eu mesma o que faltava da blusa escuto a campainha da casa tocar. Um resmungo irritado sai de Juan.

-Deixa que vai embora. –ele diz trazendo meu rosto para perto do seu novamente.

Mas quem quer que esteja esperando do lado de fora não parece querer ir embora tão cedo, pois o som estridente continua retumbando pela casa. Relutante, me afasto dele, sentando no sofá.

-Melhor atender logo. –digo e ele se levanta bufando.

-Aposto que é uma amiga da minha mãe, falo que ela não está e volto rápido, não sai daí! –ele deixa o aviso me dando uma piscadinha.

Meu coração ainda está disparado e o sorriso bobo se recusa a sair do rosto. Mordo os lábios e me escondo em uma almofada para tentar abafar a emoção.

Juan começa a demorar mais do que o esperado e eu começo a me perguntar se a visita trouxera uma notícia ruim. Resolvo ir atrás para ver o que está acontecendo.

O vejo parado em frente a porta, com o corpo tenso. Mil teorias cruzam meus pensamentos. Será que seus parentes incômodos vieram lhe atormentar? Será que aconteceu algo com a Bruna ou com dona Maria? Nessas horas, apenas desastres passam pela cabeça da gente.

-O que foi? –pergunto chegando mais perto da porta.

-Seu namorado veio lhe visitar. –ele diz rude e passa por mim sem me olhar nos olhos. –Aproveite.

Quando percebo do que ele está falando, posso jurar que não acreditaria, se não estivesse vendo Fábio, mais parecendo uma decoração sem proporções, parado em minha frente.

-Ah não. –sussurro para mim mesma. –De novo não. 

Oi meus amores! Venho através desta dar uma notícia muito triste! Rascunhos está prestes a chegar ao fim

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Oi meus amores! Venho através desta dar uma notícia muito triste! Rascunhos está prestes a chegar ao fim... De acordo com as contas desta autora atrapalhada, temos mais 3 capítulos, mas esse número pode mudar a qualquer momento... 

De qualquer forma já quero começar a agradecer a todos que estão lendo, e vamos segurando o coraçãozinho para o final!

RascunhosOnde histórias criam vida. Descubra agora