Um erro

24 7 31
                                    

 Confesso que, apesar de no percurso de ida ter olhado pela janela, eu não faço ideia de qual é a direção que tenho que seguir para chegar na casa de dona Maria, mas sei que se for andando vou conseguir chegar em um lugar conhecido alguma hora

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

 Confesso que, apesar de no percurso de ida ter olhado pela janela, eu não faço ideia de qual é a direção que tenho que seguir para chegar na casa de dona Maria, mas sei que se for andando vou conseguir chegar em um lugar conhecido alguma hora.

Depois de alguns minutos de caminhada, a adrenalina se afasta do meu corpo e começo a sentir certo incomodo em meus pés. Sei que fui um pouco estúpida, parece que sempre que estou perto de Juan meu QI decai.

Um carro passa por mim e para a alguns metros de distância. Eu evito olhar para ele, abaixando bem minha cabeça. Morro de medo de ser alguém mal intencionando, por isso tento fingir que não existo quando passo bem rápido do outro lado da rua.

Ouço de dentro do automóvel alguém chamar meu nome e respiro um pouco aliviada de perceber que era Juan e não um maluco querendo me estuprar ou coisa do tipo. Mesmo sabendo que é ele, não paro de caminhar, tenho um defeito muito grande chamado orgulho, que não me permite fazer coisas simples que facilitaria minha vida.

Ele desce do carro e eu aperto meu passo, mesmo já sabendo que logo ele vai me alcançar. E não dá outra, sua mão me segura pelo braço, eu já esperava pelo seu toque, mas meu corpo ainda estremece involuntariamente.

-Você podia largar de teimosia. -ele diz com uma voz baixa e urgente.

Ergo meu olhar até seu rosto, analisando sua expressão, tentando decidir se fico feliz ou não por ele ter vindo atrás de mim. Sinto que minha sanidade escapar um pouco. É o maldito efeito colateral da sua presença.

-O que você quer, Juan? -pergunto, minha respiração se acelerando a cada palavra, não deixo de olhar em seus olhos. -Quando você me deixa, ou quando vem atrás de mim, me diz o que diabos você quer? Por que as vezes parece que você se importa e as vezes parece que você está pouco se fudendo.

-Eu pensei que vindo atrás de você, iria pelo menos agradecer, mas fica aí agindo desta forma. -ele diz enraivecido. -É louquinha, mesmo!

-Minha cabeça já está ferrada tentando lidar com todos esses sentimentos. Não sei se consigo lidar com essa confusão que você é. Esse não é o meu normal.

Após pronunciar essas palavras vejo algo diferente em seus olhos, algo como mágoa. Ele me solta e se afasta andando de volta para o carro.

-É, você quer voltar para sua adorável normalidade, não sei como ainda não está agarrada com aquele cara. Afinal, cadê ele agora, em? -escuto ele dizer com um tom de voz bem rude enquanto me dá as costas.

Por um momento meu cérebro dá um pane no sistema. Que cara? Do que ele está falando? O único homem que eu conheço e ele conhece com o qual eu possa ter demonstrados sentimentos... será que ele está falando do Fábio? Essa ideia parece absurda, mas não duvido nada do que venha deste loiro maluco.

-Ei. -eu o grito correndo até ele e lhe acertando um tapa nos ombros. Ele me olha com aquele olhar que diz que estou louca e passei dos limites. -Você é um imbecil mesmo hein!?

-Quer parar de me agredir? -ele diz enraivecido enquanto me segura pelos ombros.

-Porque não ficou na sua festinha? Se está tão doido para que eu volte com o Fábio a ponto de ficar inventado teorias em sua cabeça...

Ele tranca o maxilar com os olhos olhando para o nada, percebo claramente que está irritado. O vejo respirar fundo duas vezes antes de se virar para me encarar.

-Eu escutei sua conversa com a Bruna. Você ia falar o que sente com ele, iam se acertar, não? –sua voz é acusatória.

Então eu me lembro de quando conversava com minha amiga há alguns dias atrás logo após o chá de bebê, de como ele havia aparecido todo emburrado e saído sem nem dizer um oi e isso logo depois de ter sido tão gentil comigo na noite anterior. É claro que ele não mudaria da agua para o vinho assim atoa, nem ele poderia ser uma pessoa tão inconstante assim. Juan havia distorcido tudo.

Sei que não devia, mas não controlo quando sinto uma gargalhada me subir pela garganta. Sei que ele fica cada vez mais irritado, porque ele me olha daquele jeito com as mãos apoiadas na cintura.

-Tá rindo de quê? –ele pergunta.

-Te conto se você me responder uma coisa. –digo ainda com um riso na boca. Ele faz um sinal com a cabeça, arqueando as sobrancelhas, para que eu continue. Chego mais perto dele antes de falar. –Por acaso, isso tudo é uma incrível crise de ciúmes, senhor Juan?

Ele arfa, como que desacreditado de que eu pudesse fazer tal pergunta, e me olha de cima a baixo, ficando, inconscientemente, com as bochechas rosadas.

-É sério isso? Você está zoando com a minha cara? –sua voz sai baixa, mas bem irritada.

-Que pena.... –digo soltando um suspiro. –Por que o que você me escutou falando para a Bru não era sobre o Fábio, era sobre você.

 –Por que o que você me escutou falando para a Bru não era sobre o Fábio, era sobre você

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

UAU!! Só eu que achei intenso??? kkkk

Esperavam que fosse esse o motivo de Juan estar emburradinho?

Como vocês acham que ele vai reagir a resposta de Anália??

Deixe seu votinho pra alegrar meu dia 😉

RascunhosOnde histórias criam vida. Descubra agora