🌻 QUINQUAGÉSIMO QUARTO 🌻

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[oi! sintam-se à vontade para dar play no vídeo se quiserem uma trilha sonora para esse capítulo. lógico que não é necessário mas eu escrevi ouvindo isso então... eu não sei, só achei que seria legal pôr aqui 🥰 enfim, boa leitura, raios de sol!]

HOSEOK

Eu ainda não sabia o que pensar nem o que fazer quando Yoongi hyung confessou que me amava.

Eu não sabia o que faríamos depois de termos passado tanto tempo fazendo juras de amor deitados naquele terraço abandonado. Digo, deveríamos fazer algo? Eu amo ele, ele me ama, mas e daí? Realmente muda alguma coisa? Ou a gente vai continuar na mesma? Eu querendo assumir tudo de uma vez e Yoongi se escondendo para sempre.

Eu queria estar com ele, droga.

Eu quero passar o resto dos meus dias com ele porque sempre que estou longe de Yoongi, sinto sua falta como nunca senti de ninguém. Mamãe é alguém que me causa uma saudade que eu sei que nunca vai ser preenchida ou saciada, é por isso que cada vez que sinto sua falta, ela não é igual quando eu sinto por Yoongi. Porque eu sei que ele me ama e eu o amo também, e sei que se estamos longe, no momento que nos vermos de novo, eu vou poder matar essa saudade sem hesitação nenhuma. Então fico ansioso, o querendo por perto o tempo inteiro e honestamente... dói.

Mas não há nada que eu possa fazer sobre isso. Por enquanto, terei que me contentar. É uma porra não poder beija-lo sempre que eu quiser e nem tocar nele quando ele está do meu lado, mas pior que isso é não poder fazer nada nem quando estamos sozinhos simplesmente porque estamos magoados um com outro por causa de divergências. Por isso, engoli todo o meu pouco orgulho que nutri durante algumas poucas semanas e, me deixando levar por essa brisa bizarra que é estar amando, que disse que aceitava todos os malditos termos.

E, sinceramente, não me arrependo tanto quanto eu achei que me arrependeria. Talvez eu consiga viver assim, quem sabe...

— O que vai dizer para Jimin quando chegarmos lá?

Yoongi hyung me pergunta, sem olhar no meu rosto no entanto. É a primeira vez que ele disse algo desde que deixamos o terraço. Eu queria que não tivesse saído de lá nunca e o olho, depois olho para o fim da rua onde era possível enxergar a esquina que deveríamos dobrar para seguir até a casa do Shin, sentindo um desinteresse enorme. O terraço abandonado e silencioso me parecia bem melhor mas cá estávamos, nas ruas já mais movimentadas que as de antes e agora era possível ouvir mais do que só nossos passos e conversas baixinhas, por isso a gente ficou meio afastado um do outro enquanto dividíamos aquela calçada.

— Como assim? Vou dizer que voltei com as cervejas e ele vai começar a chorar falando que estava perto de morrer se ficasse mais um segundo sem uma Natasha. — não exagerei.

Ele riu, sacudindo os ombros sutilmente mas depois balançou a cabeça em negação. — Estou falando se ele perguntar por quê a gente demorou tanto.

— Ah... — eu murmuro, mais esclarecido. Bom, eu não fazia a mínima ideia.

Na nossa relação, era Yoongi quem pensava mais. Ele que vivia por aí prevendo todo tipo de coisa e calculando cada possibilidade. Eu, pelo contrário, não tinha nem intelectual para pensar tanto. Fazia o que dava na telha e quando inventava de querer pensar mais a fundo, ah... Aí sim tinha uma dor de cabeça e tanto. Então, se ele me pergunta o que vou responder quando for perguntado por algo que ele mesmo quem pensou na possiblidade de acontecer, eu o olho com a expressão mais sem-graça do mundo e respondo:

— Sei lá.

O moreno me encara e sei que ele certamente tá se segurando para não falar horas a fio como eu deveria parar de ser tão despreocupado com tudo. — Você tem que pensar em alguma coisa, se não vai dizer toda a verdade.

GIRASSOL;Onde histórias criam vida. Descubra agora