Bryan
- Oi Tyler, vim te contar que nossos pais estão me obrigando a voltar a estudar. Hoje é o meu primeiro dia na escola nova. A casa esta tão silenciosa sem você! Eles acham que eu não percebo mais a distância deles dizem tudo, sei que também me culpam. - digo acariciando seu rosto.
Suspiro profundamente.
- Bryan seu tempo acabou -
Escuto a enfermeira clara me avisando e me lembrando que tenho que ir .- Claro já vou, só mas um minuto por favor. - Falo e ela assente se retirando.
- É amigão tenho que ir, mais amanhã venho bem cedo para lhe contar como foi o meu primeiro dia de aula. - falo dando um último beijo em sua testa.
Me retiro do quarto frustrado. Por ter que novamente que ir, e deixá-lo aqui.
Andando pelo corredor, mais uma vez as mesmas memórias de sempre me afligem. E me lembra o por que dele estar aqui.
A DOIS ANOS ATRÁS
Suzan. - Bryan! Precisamos Viajar urgentemente, e você vai ter que cuidar do seu Irmão.
Bryan. - Mas Mãe! A senhora sabe que marquei com os meus amigos hoje.
Suzan. - Não importa! Se for preciso leve -o, você sabe o quanto é importante essas viagens pro trabalho do seu pai, e já estamos indo.
Furioso entrei no meu carro, e olhando pela janela vi tyler vindo em minha direção, esboçando um sorriso no rosto de alegria por poder sair comigo.
Ele entrou no carro, nada diz, só acelerei, estava indignado, porque os meus pais faziam isso comigo. Quase não ficavam em casa, e ainda por cima me colocam pra cuidar dele.
Escutando ele cantarolar no banco de trás. Se me lembro bem, é uma música que costumava cantar para ele antes de dormir, quando ainda dava atenção para ele.
Me puxei de volta pra realidade, e me lembrei que não coloquei o cinto de segurança nele. me virei por alguns segundos pra trás, e mandei ele colocar o cinto, sem perceber que em nossa direção estava vindo um caminhão desgovernado.
E Só me lembro de acordar no hospital chamando por ele.
Atualmente
Desde então essa tem sido minha rotina. Toda manhã venho visitar tyler no hospital, que infelizmente ficou em coma. Eu sofri só umas fraturas de leve, que com o tempo melhorou.
Percebi que não tenho mais amigos, pois todos me abandonaram. Aqueles que eu achava que estavam comigo, na verdade nunca estiveram.
E com isso me afastei das pessoas ao meu redor, tornando -me uma pessoa fria, antipática e rude. Assim evito que eles acabem me abandonando, ou que se machuquem ao meu lado.
(....)
O uber estacionou em frente a escola.
Devem estar se perguntando uber ?
Sim depois do acidente, meio que adquiri um trauma por dirigir, não me critiquem eu tenho motivos.Depois de pagar a viagem, desci e notei que todos me observavam. Alguns olhares maliciosos de meninas algum tempo atrás até me atrairia, mas hoje, nem isso me chama atenção mais! decido ignorar e prossigo.
Adentro a escola, e todos abrem caminho.
Uau sera que é o meu estilo, pra mim estou normal, usando minhas habituais calças e blusa e jaqueta preta. Pra finalizar claro, minhas botas pretas, ham traduzindo normal neh, eu acho.
Suspiro, tudo que não quero e atrai atenção. Meus únicos objetivos aqui é só terminar esse saco logo. Para os meus pais me deixarem paz .
Mais um olhar em meios a todos me chama a atenção. A garota possui um olhar meigo, e o que mas me assusta é que nele contém também uma profundidade extrema, como se ela pudesse enxergar minhas dores, e meus medos, inquieto eu desviei o olhar.
Passando por ela e mas dois alunos, que sugiro ser seus amigos, por estarem tão próximas a ela, pude sentir seu breve perfume adociado que me embreniou por leves segundos.
Como seria senti lo mas de perto? Não! Não posso ir por esse caminho. Tenho outras prioridades neste momento, me focar somente na melhoria de Tyler.
Desconcertado com a situação, sigo meu objetivo principal. Já em frente a secretaria, parei para observar uma senhora, com um óculos mais grande que o seu rosto, e os cabelos brancos pela idade num coque meio estranho.
Ela estava tão concentrada digitando no seu computador, que não tinha ainda percebido minha presença.
Pigarreei- lhe um pouco alto chamando a sua atenção.
- Bom dia - digo olhando na plaquinha que tinha a sua frente. - Ham Margaret, sou novato por aqui e vim pegar meus horários por favor - falei sendo educado.
- Claro! Seu nome por favor? - ela me pergunta direcionando seu olhar a mim.
- Bryan, Bryan Smith - A respondo.
- So um momento e ja vou conferir. - Ela diz gentilmente.
Observo ela olhar em sua pasta, duvidoso, não seria mais pratico guardar no computador, deixo esse pensamento de lado, e começo a batucar os meus dedos na mesa em sua frente.
- Aqui está - ela me entrega o papel.
- Obrigado - lhe agradeço me retirando! já no corredor posso perceber que está vazio, o que significa que todos estão em sua sala, curioso, nem prestei atenção que o sino tinha tocado.
Olho mas uma vez para o papel, e, infelizmente minha primeira aula, que deve ter começado já, é literatura, que por sinal odeio.
(....)
Dou leve batidas na porta, e passado alguns segundos, ela é aberta, por um homem baixinho, meio barrigudo.
- Oi sou novo por aqui e quero entrar. - digo meio rude, acho que já fui muito educado por hoje.
- Oh! Ola rapazinho, primeiramente cuidado com o tom. Vou relevar dessa vez. Por ser seu primeiro dia, porem lhe digo que a educação é algo muito presado por mim na minha sala, pode entrar . - ele diz dando passagem pra me passar.
Reviro os olhos e entro.
- Então turma como já fizemos nossas devidas apresentações. mas como nosso colega aqui que presumo demorou achar nossa turma, ele vai se apresentar ....
Bufei, odiava isso. Ainda não tinha olhado bem os alunos, só que mais uma vez o seu olhar me prendeu para si. E já não estava mais conseguindo ouvir o que ele dizia, pois lá estava ela a garota do corredor me encarando.
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A Dor Sentida
Historical FictionAos 15 anos. Eloizy Johnson foi diagnosticada com câncer. Mas nem isso, foi capaz de apagar o brilho e a simpatia que a garota exalava. Hoje aos 17 anos seu único objetivo é terminar o ensino médio e continuar vivendo. Bryan Smith guardava dentro de...