BryanComo imaginei é somente um dia insignificante e imprevisível nessa merda de escola nova. Vejo a garota com seus cabelos castanhos e buchecha rosadas me encarando como se eu fosse o último homem do mundo. Mas ela não me olha com libido, mas com pena e por incrível que pareça eu não sinto raiva do seu olhar, pois ele me transmitia algo muito além, e posso até jurar que ela parecia me entender.
Curioso mas a garota me conheceu só pelo olhar. Está tão na cara assim... nem pra esconder minha tristeza eu sou capaz. Ou poderia considerar ela especial por ser a "ÚNICA" a notar.
Porém, tenho a vantagem de ser invisível. Não preciso ter sentimentos por ninguém e nem fingir que estou bem. Depois das primeiras aulas enfim o sino toca, provavelmente arrumaram, já que ouvir rumores de alguns alunos na sala que estava estragado pela manhã. Tá por isso que não ouvir.
Alguns alunos Já começa a se retirar, E pela última vez olho para a bochecha rosa, lá está ela já em pé recolhendo suas coisas e então me olha também, mas logo em seguida desvia, começo a juntar minhas coisas também e me retiro.
Passo pelo corredor da escola como um fantasma, as pessoas sente minha presença, mas não consegue me enxergar. Entro num banheiro mais distante, perto do refeitório e de um bebedor. O banheiro da escola é tão artístico e cheio de pichação.
Enquanto você faz suas necessidades, você sabe quem é vaca e quem é corno.
Tá isso foi estranho. Ignoro os meus pensamentos e me retiro do banheiro.
- Pela última vez... ME SOLTA!!! - fui interrompido por gritos perto do bebedouro. Era uma garota. Eu poderia fazer alguma coisa, mas minha vida está tão boa sendo invisível.
Vejo três garotos mexendo com a bochecha rosa, mas dessa vez não estava rosa, estava rubro de ódio. Minha consciência diz pra fazer alguma coisa, meu eu, diz pra eu seguir com minha solitária liberdade. Então...
- Você não a ouviu solte- a - interrompo um cara loiro, enquanto estava escolhendo entre a consciência e meu eu. Tive que escolher a consciência.
Soltando - a ele se vira pra mim ,e me encara com ar de superioridade ,como se eu sentisse inferior por ele ,babaca também já fui assim não sabendo ele .
__ Desde de quando isso e da sua conta __ ele diz.
- É da minha conta desde que você inicialmente mexe com uma menina indefesa. - falei encarando o cara que provavelmente era atleta . Ele era alto e suas sardas eram bem nítidas, parecia que vivia no interior, e descontava sua vida de merda nas pessoas.
- Vai fazer o que pra mudar isso ? - Ele falou me encarando.
- Não vou fazer nada se você não voltar a incomodar a garota novamente ! - Exclamei meio que irritado já.
É isso era novo pra mim.Mal conhecia a garota e essa repentina preocupação me afligia.
- Ah! Qual é. Só estava me divertindo com a canceriana. - ele diz zombando apontando para si mesmo e ela.
Não posso te dizer como foi a lutar ao todo, mas quando dei por mim minha mão já estava ficando roxa de tanto socar aquele saco de lixo. Os seus amiguinhos até tentaram me separar.
mas não conseguiram! Pois a raiva que sentia dele pelo simples jeito de tratar a bochecha rosa me deixou furioso. Só lembro dos alunos se aproximando e fazendo uma roda e gritando "briga" "briga" "briga"
E um velho falando "todos para secretária" é isso que ganho por tentar salvar uma garota.(. . . )
Merda não acredito que perdi a hora do lanche. E ainda por cima, aqui estou no meu primeiro dia na sala do diretor! Junto com a Garota que fui me aventurar a salvar, e o devo admitir pra mim mesmo, que salvaria de novo. Não me pergunte o por que, mas ela acaba fazendo sentimentos surgir sem que eu queira!

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A Dor Sentida
Narrativa StoricaAos 15 anos. Eloizy Johnson foi diagnosticada com câncer. Mas nem isso, foi capaz de apagar o brilho e a simpatia que a garota exalava. Hoje aos 17 anos seu único objetivo é terminar o ensino médio e continuar vivendo. Bryan Smith guardava dentro de...