C A P Í T U L O 6

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Acordei no dia seguinte e minha mãe disse pro Miguel e eu não irmos a escola hoje, pelo menos até o advogado do meu pai voltar da reunião que deve estar acontecendo agora com a imprensa. Tomei um banho, e quando me enrolei na toalha pra escolher uma roupa, meu celular tocou.

Alô? - Disse já sabendo quem é -

— Você está bem? Eu vi as notícias sobre o seu pai. - Respondeu Henrique -

— Estou bem, na medida do possível. Só acho que não vou conseguir ir a festa, desculpa.

— Eu imaginei, te liguei pra isso. Queria te avisar que agora a festa vai ser no meu apartamento, então não se preocupe com repórteres se quiser vir.

— Até a noite te dou uma resposta.

— Tudo bem.

  Ficamos todos em casa durante o dia, e a noite eu resolvi ir a festa. Henrique me mandou o endereço e se ofereceu pra vir me buscar, mas como Guilherme vai sair com a Renata, ele me leva.

  Saio do carro do meu irmão e entro no prédio. Subo até a cobertura do luxuoso prédio, e aperto a campainha.

— Olá? É convidada de quem? - Uma mulher de cabelos cacheados perguntou sorrindo -

— Do Henrique. - Respondi -

— Entra aí.

Passamos por algumas pessoas na sala e eu  a segui até a uma linda e enorme varanda com uma piscina daquelas de vidro. Henrique está do outro lado da piscina conversando com uma mulher, e assim que me vê, vem até onde a mulher me deixou.

— Não acreditei quando disse que vinha. - Ele disse sorrindo. Depois me puxa e me beija - Vem, vou pegar uma bebida pra você.

Fomos até a cozinha e pegamos duas bebidas. Os amigos dele até que são legais. São bem diferentes das pessoas que estou acostumada a ter amizades, mas legais.
Eu nem sei que horas já são, são sei que eu já estou um pouco alegrinha pela bebida. Estou na sala com algumas meninas, e o Henrique deve estar lá fora com os amigos.

— E aí, quando vai ser o casamento? - Paula perguntou a Camila -

— Daqui a três meses. Ah, você tá convidada Alice. - Ela disse sorrindo -

— Aqui, trouxe alguns salgadinhos meninas. - Disse o Bruno, noivo da Camila. Colocando a caixa de salgadinhos na nossa frente -

— Chegou com a comida e nem avisa né viado. - Disse Henrique chegando com os outro meninos - Chega pra lá loirinha.

— Senta no outro sofá, aqui tá apertado. - Respondi -

Ele segura minha mão, me puxa e senta no meu lugar, fazendo com que eu me sente no seu colo... Aposto que o meu rosto ficou vermelho de vergonha.

— Então, estão ficando a quanto tempo? - Nicolas perguntou e eu coloquei um salgadinho na boca pra não precisar responder -

— Tem umas semanas. - Henrique respondeu apertando a minha coxa -

  Entre uma conversa e outra, comecei a sentir a minha garganta um pouco irritada. Fui ao banheiro lavar meu rosto e vi minhas mãos e minha boca ficando vermelhos.

— Alice, tá tudo bem? - Ouvi a voz do Henrique -

Abri a porta e voltei a molhar meu rosto. Eu sei bem o que é isso. Estou tendo uma crise alérgica. Era muito comum quando eu era pequena e comia alguma das muitas coisas que me dão alergia.

— Preciso ir pro hospital. - Falei rouca, minha garganta está quase fechando -

— Vem, rápido.

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