PERDIÇÃO

C A P Í T U L O 12

∆|| HENRIQUE LIMA ||∆

  Os últimos dias tem sido, intensos... Alice é uma garota intensa. E isso é muito bom. Eu gostaria muito que tivéssemos nos conhecido em circunstâncias diferentes. A questão é: Depois desses dias eu não sei se ainda quero fazer isso, se quero seguir com o plano. Mas infelizmente isso é inegociável pra mim. A vida nunca foi justa comigo, e não é agora que ela vai resolver ser.

  Entrei no carro enquanto Alice foi em seu quarto pegar algumas coisas pra dormir comigo hoje. Aproveito esse tempo sozinho para ligar pro meu tio.

— Tio? - Digo assim que ele atende -

— Já se resolveu com a garota?

— Sim.

— Ótimo. Seu rosto já está melhor?

— Depois do copo que você jogou em mim? Sim, já está melhor. - Falei sendo irônico -

— Sabe que me irrito fácil, aprendi com o seu pai.

— Preciso desligar.

Desligo e volto meus pensamentos para alguns anos no passado. Se meu pai estivesse aqui hoje, eu não dependeria tanto do meu tio... É tão complicado que me dá dor de cabeça só de pensar.

Alice entrou no carro e eu dei partida até o hotel. Nós jantamos no quarto, eu tomei um banho e logo depois ela entrou.

— Quem diria que a minha família te trataria tão bem. - Ela disse saindo do banheiro enrolada na toalha -

— Realmente.

— Meu corpo todo tá ardendo! - Ela reclamou vestindo uma calcinha e um sutiã - Passa creme em mim? - Ela me deu o creme e deitou de bruços -

— Quando vocês vão embora?

— Na sexta. Porquê?

— Seus pais disseram alguma coisa sobre o aniversário do Miguel. - Falei passando o creme nas costas dela -

— Sim, vai ser uma festa surpresa. Assim que desembarcamos, vamos fingir que vamos apenas jantar e a festa já vai estar pronta.

— Ele vai gostar.

— Você vai, né?

— Vou, claro. - Terminei de passar o creme e dei um tapa na bunda dela, e a mesma deu um grito -

— Tá ardendo Henrique! - Resmungou -

— Não mandei ficar no sol. - Sorri e dei um beijo nela -

  ...

Nossos próximos dias na viagem foram incríveis. A cada dia que passa eu me surpreendo mais com a Alice. Ela é tão linda, forte, boa... Nada do que nenhuma das revistas de fofoca dizem. Não me canso de ficar perto dela, de ouvi-la falando.

  Hoje marcamos de ir a uma boate, Cynthia, Lucas, Guilherme, Renata, Alice e eu. Até que estamos nos dando bem, exceto com Lucas, que mal fala quando estou por perto, mas faz questão de lembrar a todo momento todas as coisas incríveis que já viveu com a sua prima preferida.
  Termino de me arrumar e saio do hotel. Em poucos minutos estou na porta do quarto da Alice. Cynthia abre a porta, já arrumada e maquiada, com o cabelo bagunçado.