C A P Í T U L O 34

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— Você provavelmente já ouviu falar do Pedro, irmão adotivo do seu pai. - Ele começou a falar. -

— Eu sei do mal que ele fez pra minha família e de algumas histórias que minha mãe contou, mas meu pai quase não fala dele.

— E com razão. - Respirou e coçou a cabeça. -

— Henrique, o que o Pedro tem haver com a gente ter se separado? - Ele segurou minha mão e me olhou nos olhos -

— O Pedro é meu tio... De sangue. - O olhei sem entender. - Alice, antes de tudo que eu vou te falar, quero que saiba que eu te amo, desde a primeira vez que te vi.

— Você tá me assustando. Fala logo!

— Eu vim pro Brasil, a mando do meu tio Pedro, com a tarefa de seduzir você e depois matá-la, depois destruir a sua família. - Puxei minha mão da dele e levantei do sofá. - Mas eu desisti quando me apaixonei por você! Ignorei o Pedro por meses, coloquei seguranças além dos que você já tinha pra cuidar de você.

— Não... - Senti as lágrimas caindo - Não pode ser verdade. Nos conhecemos por acaso em uma boate, quando a minha prima bêbada tentou te agarrar!

— Eu sabia que vocês estariam lá, sabia que ela era sua prima, sabia quem vocês eram. Coloquei meu número no seu celular de propósito! - Ele se levanta, tenta vir até mim, mas eu me afasto -

— Se você se apaixonou e desistiu mesmo desse plano nojento, porque terminou tudo? Voltou atrás?

— Não Alice. Eu nunca machucaria você.

— Então porque me deixou sem motivo!? - Gritei, chorando -

— O Guilherme descobriu tudo e me obrigou a deixar você, se não ele te contaria tudo. E eu não queria que me odiasse. - Ele também está chorando. - Não fica com medo de mim anjo...

Tentei fugir dele, mas dei de costas com a parede. Fiquei assustada, mas não consigo sentir medo, não consigo duvidar dele, por mais chocante que seja tudo isso.

— Você disse que nunca me machucaria. Mas e a minha família, meus pais, e principalmente o Guilherme?

— Eles me acolheram como se fosse da família, Renan me mostrou que não é nada do que o Pedro sempre me disse. E quanto ao Guilherme... Eu também faria de tudo pra proteger você, se achasse que alguém poderia te fazer mal. - Segurou meu rosto com as duas mãos. - Você é o meu mundo!

— Como pode me deixar pensar que não me amava mais? Eu passei o último mês procurando algo que eu tinha feito...

— Foi tudo pra proteger você...

— Proteger de quê? O Pedro não pode fazer nada contra nós. - Segurei seu rosto -

— Não tem idéia dos planos dele.

— Ele não venceu no passado, e não vai vencer dessa vez.

Nos olhamos por um tempo, até que ele me puxou para um beijo.
   Henrique me suspendeu no colo e se sentou no sofá, ainda me beijando. Eu abri o zíper de sua calca enquanto ele puxou minha calcinha pro lado. Encaixamos nossos sexos e eu comecei a subir e descer em seu colo. Sim, sem preliminares, só com muita urgência e saudade. Não demorou muito pra que nós dois chegássemos ao nosso ápice juntos.

  Subimos até o quarto, tomamos um banho e continuamos o "trabalho" com mais calma. Henrique terminou de encher a banheira e eu entrei.

— E como foi esse último mês? - Perguntei - Alguma nova concorrente que eu precise me preocupar? - Nós rimos -

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