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Sei que a maioria de vocês é #TeamOsDois, mas provavelmente tem algumas leitoras que pendem mais para #TeamEdward...

Este capítulo é dedicado a vocês!

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Millie deu um pulo de susto antes de se virar na direção da voz aveludada que a retirou de seu torpor.

Não queria ser flagrada observando aquela cena de forma alguma, e pior: quem a viu foi justamente a pessoa que não desejaria estar perto – a maior ameaça à sua vida naquele momento.

Sinclair Crawford, duque de Gloucester, olhava a jovem com um meio sorriso como quem sabia que ela estava fazendo algo errado. Nunca imaginou que encontraria a sua mortal ali, fora do salão, olhando o sexo entre um de seus soldados e uma cortesã contratada para diverti-los durante o baile. Aquilo o deixou excitado: a curiosidade inocente de Millie era revigorante. Submetê-la aos seus prazeres ocultos seria ainda melhor do que imaginava.

"E este cheiro... O aroma da virgem descobrindo o sexo... Preciso do seu sangue, de sua pureza e entrega, Srta. Evans".

- Eu... Eu... Eu peço desculpas, milorde... – envergonhada, Millie sequer olhava o rosto do duque, e em sua mente, havia sumido a necessidade de fugir de seu olhar manipulador. Ela queria abrir um buraco em torno de si e sumir. – Ouvi sons, barulhos, e-

- Compreensível. A curiosidade aconselha a descobrirmos o que ocorre. – sorriu, discretamente colocando a língua entre os dentes. – Mas vos mantivestes tão absorta no ato que poderia inferir uma... Apreciação, talvez?

"Meu Deus! Eu... Eu não... O que dizer a este homem?"

- Eu... Eu... É que...

Sentiu uma mão em seu queixo, erguendo a cabeça na sua direção. Sin visivelmente a olhava nos olhos, aguardando que Millie caísse em algum jogo de sedução que ela não conseguia discernir, talvez por causa das joias conjuradas.

- O que queres dizer, Srta. Evans?

- Eu... – fechou os olhos, sentindo lágrimas nascerem, correndo pelo rosto. – Eu nunca havia...

- Visto? – Sin não conseguia entender o motivo pelo qual sua sedução não funcionava com a jovem, mas logo entenderia. Ela não era um ser sobrenatural – tratava-se de uma humana comum, mas com alguma força interna que atraía a ele, Sin, e ao "homem duplicado" que circulava pelo salão naquele momento. "Preciso descobrir como ela consegue resistir a mim". – Nunca viu duas pessoas copulando, Srta. Evans?

Millie respirou fundo, ainda de olhos fechados. Abriu-os e Sin encarou os mais belos olhos negros que um dia conheceu. Olhos que no momento de fita-lo, desviaram-se para um ponto distante, invisível para o vampiro.

- Eu-eu-eu preciso voltar ao salão... Antes que percebam minha ausência... Com licença...

A jovem conseguiu escapar do toque de Sin, que parecia ainda mais obcecado pela resistência da mortal. Mas ele não desistiria tão fácil – assim que Millie ficou de costas para ele, o duque conseguiu pegar na sua mão e segurar com força controlada. Não iria assustar a futura mãe de seu herdeiro.

Millie virou-se assustada.

- Milorde... O... O que houve? Eu... Preciso que solteis minha mão-

- Enquanto não vos acalmais, Srta. Evans, não a deixarei só.

- Pois ela não está só, Sin. Solte a mão de minha tutelada se não estás comprometido com ela.

A voz calma e controlada de Edward Cabot parecia fria e distante, mas o vampiro sabia: ele estava controlando a raiva e a vontade de deixar o "monstro" agir, apenas por ter tocado em Millie.

Os Monstros que me AmavamOnde histórias criam vida. Descubra agora