XXIX

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Este é o penúltimo capítulo de "Os Monstros que me Amavam" e confesso que estou com saudades da história e desse universo que merece sim e... Muitas coisas vão acontecer, incluindo 🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥

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- Entregue-se a mim, minha rainha...

- Sim... Eu o quero... – sussurrou a jovem, de olhos fechados, erguendo a saia com uma mão, e com a outra, mexeu em algo perto da cintura, como se buscasse afrouxar o vestido.

As mãos que subiam a saia, o volume que se aproximava, se mexia atrás de Millie, não queria mais esperar para a sua libertação.

Sin já tinha aberto o robe, ficando inteiramente nu, atrás de sua rainha; e a jovem sentiu que seu corpo estava separado do vampiro apenas pela camada de roupa dela.

Imaginava outra situação, mas aquela era melhor ainda.

Assim que ela percebeu Sin com as mãos perto das nádegas, cobertas pela calçola, e o gemido abafado de quem estava perto de conseguir seu intento, sua mão perto da cintura encontrou o que queria – escondido no bolso do vestido, que ficava entre camadas de saia.

Com o braço endurecido e posicionado, parecia que Millie ergueria o outro lado da saia, mas seu foco era distinto.

Um golpe perfeito na barriga.

- AHHHHHHH... – Sin cambaleou, desesperado, uma dor lancinante no corpo. Olhou para a barriga e viu o sangue escorrendo, a estaca enfiada e uma única reação surgiu.

Ele tentou correr na direção da jovem, o rosto uma mescla de horror, surpresa e ódio por ter sido traído por quem mais venerava, mas a velocidade já não era mais a mesma. Millie foi mais ágil: retirou a estaca e num golpe ainda mais certeiro, atingiu o coração de Sin.

- Vo-vo-você...

- Jamais seria sua rainha, vampiro dos infernos. Eu sempre fui de Edward e de Vincent.

- Não... Não...

A voz de Sin tornava-se um sopro, aos poucos perdendo o verniz, a vivacidade, bem como seu corpo, belo e bem proporcionado, murchando e secando feito uma flor cansada. Ao mesmo tempo que ele se debatia, se arrastava tentando ir atrás da jovem, os dois ouviram o som terrível dos gritos no andar de baixo da mansão, sons de tiros e passos desesperados pedindo socorro.

- Ouves? Ouves? É o teu fim, o fim do teu reino de terror. Acabou, Sin.

- Não... Você... Vo-você e-e-e-era... Minha... Eles... Eles não vol-voltarão...

- Quem pensas que sou? Não sou tola... Eu enganei a todos... A proteção de meu marido e minhas poções deram resultado.

- Uma... Uma bruxa... Encantada...

- Pare de falar, Sin. Morra em silêncio.

Como se ouvisse as instruções de uma ilusão de bruxa, Sinclair Crawford, duque de Gloucester, foi embora sem gritar, sem chorar ou amaldiçoar ninguém. Nu, em seu quarto, suas últimas gotas de consciência foram os gritos e apelos dos escravos de sangue e os outros soldados vampiros em todos os cantos da mansão.


O cenário no térreo da mansão de Piccadilly era de terror. Não mais a luxúria que entorpecia os membros daquela imensa orgia, e sim a surpresa de muitos, o espanto de vários e a incredulidade de quem passou anos sob o jugo de Sin e seus comparsas.

Alexander Swift e seus colegas da polícia estavam repletos de sangue pelo corpo, que não pertencia a eles, e sabiam exatamente como tinham conseguido.

Os Monstros que me AmavamOnde histórias criam vida. Descubra agora