XXII

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Hoje não tem fogo no parquinho mas tem preparação para coisas importantes...

(ah... algumas perguntas tem resposta e outras ficaram sem... por enquanto)

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Leona queria gritar, quebrar coisas, finalmente morder uma jugular, como um bom vampiro, desde que o carro de aluguel a conduziu de volta à mansão de Sin em Piccadilly.

"Maldito! Enganou-me com suas palavras doces, sua manipulação... Ele quer que eu seduza um homem cuja memória nem me lembro mais para que Sin fique com a donzela virgem... Serei descartada como a um pão velho, enquanto a rosa inglesa será a nova escrava de sangue! Eu não vou deixar, nem que eu mate os dois...!"

Aprumou o vestido, tentando respirar fundo. "É impossível, não posso matar Sin, ele é meu mestre... Poderia deixar que Cabot o fizesse... Como o que aquela mocinha sugeriu... Ele não vai fazer um filho naquela mulher apenas porque ela é virgem! Não, eu não vou deixar!"

Assim que o coche chegou no palácio, Leona segurou a sombrinha com força, fugindo do sol, mas disposta a usar aquele objeto como arma. Quando chegou ao hall de entrada, já encoberto, fechou a sombrinha e a levou como se fosse uma espada.

- Onde está aquele maldito? ONDE?

A voz de Leona foi ouvida em toda a sala espaçosa do castelo, chamando a atenção de soldados de Sin e outros escravos de sangue.

- Não me olhem como se eu fosse louca, Sin os descartará do mesmo jeito! ONDE ELE ESTÁ?

- Cale-se, sua vagabunda! – a voz do duque de Gloucester era firme e baixa, e Leona sabia que ele não estava nem um pouco satisfeito com a chegada dela. Naquele tom, provavelmente ele conversava com os vivos; mas Leona pouco se importava em destruir a reputação de Sin.

Ele se aproximou, o rosto coberto em ira.

- Mikhail, peça desculpas aos meus convidados no escritório. Diga que uma louca invadiu minha residência em busca de dinheiro e eu fui resolver a questão, colocando-a num sanatório. Aproveite e os entretenha com mais whisky.

O mordomo o atendeu prontamente, enquanto Leona bufava de raiva, ainda segurando a sombrinha. Ergueu-a ameaçadoramente e disse:

- Querias me manipular para conseguir sua nova escrava de sangue? Não seria a duquesa, não é? Serei descartada como todos os outros, novamente!

Sin nada disse; Leona considerou que suas suspeitas estavam corretas.

- Então por que me retiraste da Grécia? Eu estava bem lá, ao menos Lombardo me tratava com alguma decência, enquanto tu-

Foi interrompida por um tapa forte no rosto, que a fez cair no chão, junto com a sombrinha.

- Vagabunda tola. – rodeou Leona, sentindo desprezo por aquela mulher, pior que todas as escravas de sangue que tivera e ainda tem. Pelo menos as outras, quando eram descartadas, tinham algum respeito e agradeciam a Sin pelo novo dono, quando se reencontravam em eventos comuns aos vampiros.

Mas Leona Midler era loucamente apaixonada por ele, e seu sentimento de posse o repelia. Ninguém como ela, apenas uma criatura feita para dar sangue e algum tipo de prazer, poderia aspirar a possuir alguém como ele, Sinclair Crawford, o Grão-Mestre Vampiro.

- O sangue de Millicent Evans é puro. Mais puro que o teu quando a deflorei e mordi. Muito mais, porque teu sangue é forte e delicioso, mas o dela é encantado. Ela tem uma força que nem ela sabe existir, e pretendo usar essa força para ser o vampiro mais forte de todos, e finalmente dominar este mundo. O império de sangue começará assim que eu a tiver em meus braços, bem como o filho que inocularei nela.

Os Monstros que me AmavamOnde histórias criam vida. Descubra agora