VII

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SURPRESA!

Eu sou malvada, mas nem tanto! 😈 Mas como prometido, segue o capítulo de sexta (só não tinha dito qual sexta seria...)

(a propósito, começou a brincadeira... 🔥🔥🔥)

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Quando Edward chegou em casa naquele dia, após uma rápida reunião num escritório onde alguns advogados cuidavam dos recursos e dinheiro que ele herdara de seu irmão mais velho, o lorde Cummings original, percebeu a casa vazia e estranhou.

Ele procurou Millie pelos aposentos, e percebeu que ela tinha levado uma sacola da cozinha. "Decerto foi comprar mantimentos para encher a despensa."

"Ela não precisava fazer isso, é perigoso lá fora sozinha e sem a nossa proteção."

"Eu sei, Vincent, mas a Srta. Evans é filha de Jerome. Crês que ela não seja hábil?"

"Sim. Ela é inteligente e assertiva. Mas é um alvo fácil para Sin. Especialmente porque ele deve tê-la cobiçado assim que a viu."

"Não confias que ela pode se livrar de um vampiro? Oras, Vincent, viste que ela leu vários dos títulos vampíricos que se encontravam na nossa biblioteca!"

"Eu me preocupo. E não gosto nada de não vê-la aqui em casa. E sei que estás tenso, tolo, mas finges para se sentir superior a mim, que sou seu monstrinho de estimação."

"Estou preocupado. Vamos até a feira para buscá-la, Srta. Evans deve ter feito compras no bairro vizinho".

As suspeitas dos dois se mostraram fundadas no momento em que se aproximaram do local onde ocorria a feira e o instinto de Vincent tomou forma. Ele não deu espaço para Edward controlar a situação, seu corpo parecia crescer e a postura modificou-se para algo mais duro e firme. Fechou os olhos, e quando os abriu, surgiram os olhos negros como as asas de um corvo, bem como um eterno sorriso sarcástico que não saiu de seus lábios cheios até o momento em que, ao perguntar onde estaria a "Mi- Srta. Evans", descobriu de um dos vendedores que ela estava nervosa, andando de um lado a outro, como se estivesse correndo de alguém.

"Um vampiro. Eu vou acabar com esse miserável".

"Tenha calma, Vincent, não podes te expor no meio da rua-"

"Não te preocupes, parvo. Tenho tudo sob controle!"

Vincent podia ouvir um bufo vindo de um canto fundo da mente. "Riquinho mimado".

Apurou o ouvido e o olfato, buscando o perfume distinto de sua adorável hóspede. Algo que parecia lavanda, algo puro, suave e intocado, inocente como ela, e que poderia ser conspurcada de forma trágica caso Millie ficasse sob o jugo de Sin.

Percebeu que o perfume de lavanda estava um pouco mais à frente, perto das ruas desertas do bairro, onde tudo era mais vazio e escuro – uma armadilha para Millie, mas o momento certo para Vincent agir em sua forma final.

Quando percebeu o vampiro correndo atrás de alguém pensou logo ser a filha de Jerome. Não demorou muito até seu corpo crescer ainda mais, sentindo as roupas ficarem um pouco mais largas e rasgarem perto da cintura, da coxa e dos cotovelos. Retirou com os próprios pés os sapatos, e não se importou em jogar para um lado a gravata preta. Sentiu sua cabeça mexer de um lado a outro sem parar, e uma dor lancinante em seu nariz, boca, além das unhas crescendo mais do que o normal em suas mãos ásperas e duras.

A forma final estava chegando, e ah, como Vincent gostava dessa sensação.

Seus passos rápidos eram quase corrida para um humano comum, e antes mesmo de que o vampiro conseguisse alcançar Millie, Vincent puxou-o para um beco escuro, e o vampiro se assustou com sua presença.

Os Monstros que me AmavamOnde histórias criam vida. Descubra agora