XIII

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Este segundo capítulo é curtiiiinho (vocês vão me matar pelo tamanho hahaha), mas bastante revelador...

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A tentativa de sequestro do pequeno Tristan gerou uma consequência: agora, os orfanatos e colégios internos em toda Londres eram vigiados pelos homens da polícia. Entretanto, como a quantidade de oficiais era pequena demais para manter a vigilância nos bairros com prostíbulos e nos orfanatos, o inspetor teria que tomar uma decisão.

- Se a decisão é tão difícil, Sr. Swift, eu sugiro que o senhor coloque os policiais para cuidar das crianças. – comentou Allegra, enquanto arrumava a mesa do jantar, com café, um bolo de chocolate, pão quente recém-saído do forno, ovo frito mexido e uma tigela vazia, onde ela sempre colocava a sopa de Tristan.

A jovem percebeu o olhar preocupado de Alexander, e perguntou o que estava acontecendo. Quando ele explicou sobre a necessidade de ampliar o número de lugares a serem observados, ela não se furtou a sugerir que priorizasse as crianças.

- Mas isso pode afetar Granby Street e outros bairros onde-

- Eu sei disso, mas somos adultas, saberemos nos cuidar. E pelo que entendi, aquele duque dos infernos tá desesperado por sangue... Ele não vai mais atrás da gente, ele vai pegar crianças e virgens.

Logo Tristan apareceu correndo, com o dedo na boca, com destino certo. Aproximou-se de Alexander e abriu os braços, esperando que ele o carregasse.

- Tristan, por favor, o Sr. Swift está cansado! – a reclamação de Allegra não foi confirmada pelo policial.

- Não te preocupes, Sra. Fabruzzo... Vamos, Tristan, pode sentar aqui. – deixou o menino em seu colo e ele apenas tirou o dedo da boca para dizer:

- Mamãe... Sopa!

- Agora a mamãe só serve para dar sopa?

Em resposta, Tristan sorriu, mostrando os poucos dentinhos ainda nascendo, um sorriso tão largo que fez Allegra se emocionar. Todo e qualquer sacrifício que fez em sua vida valia a pena apenas ao ver seu filho feliz.

- Então, Tristan, sua mãe faz a sopinha e você vai atrás de mim? – enquanto Allegra retornava à cozinha, ela ouviu Alexander falar com o menino, e ele apenas rir com o "interrogatório" do policial.

- Então, Tristan, sua mãe faz a sopinha e você vai atrás de mim? – enquanto Allegra retornava à cozinha, ela ouviu Alexander falar com o menino, e ele apenas rir com o "interrogatório" do policial

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Indigo Blaine era um membro obscuro do Ministério do Interior, apenas fazendo trabalhos corporativos e assinando documentações sem função definida. Mas ele gostava daquela invisibilidade - que possibilitava algo importante para si: era um observador despreocupado de tudo aquilo que lhe interessava.

Circulava bem na alta roda e sua discrição era vista com bastante zelo por políticos e nobres, que apreciavam quando ele valsava com alguma de suas filhas ou irmãs mais novas. Dizia-se que Blaine, por ser quinto filho de um barão do interior, teria pelo menos garantido no casamento uma bela casa em Piccadilly e uma fortuna que tornava o rapaz alto, magro, de pele alva e pálida, penetrantes olhos cinzentos e cabelos negros como as asas de um corvo, um pretendente desejado por muitas damas.

Os Monstros que me AmavamOnde histórias criam vida. Descubra agora