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CHEGAMOS AO MOMENTO QUE TODAS ESTAVAM ESPERANDO

Deve ter sido um dos capítulos mais complicados de escrever, e abre um momento novo no livro, o momento FOGO NO PARQUINHO 🔥🔥🔥 porque todo capítulo com fogo no parquinho terá a informação de que SIM, teremos fogo no parquinho 

Sem mais delongas, let's go! 

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A casa se encontrava vazia naquela noite. Os convidados do casamento já haviam se retirado, o bolo da festa estava na cozinha e apenas a biblioteca estava iluminada à luz de velas.

Millie chegou primeiro ao local – Vincent havia pedido que ficasse por lá até a chegada dele, e a jovem não entendia por que ele falaria com ela primeiro, e não Edward. Ainda com as roupas do casamento, circulava nervosamente pelo aposento, o aroma de sândalo que deveria acalmá-la estava deixando a jovem ainda mais ansiosa.

Allegra lhe explicara de forma bastante elegante o que ocorreria na noite de núpcias, e Millie entendeu que as preliminares daquela noite já haviam existido.

- Lorde Cummings vai... Como explicar isso à uma donzela... Ele vai colocar algo que está no corpo dele em você, no meio das suas pernas. Doerá um pouco, mas passará, e de dor, você sentirá uma enorme satisfação.

"Ele colocará o membro dele no mesmo lugar onde colocou seus dedos... Da mesma forma que eu o recebi em minha boca?"

Não queria indicar a Allegra que sabia, de alguma forma, do que ela estava falando, então disse:

- Satisfação no sentido de...

- Prazer. Um prazer imenso, você se sentirá... Nas nuvens, num lindo sonho. Faça e depois me diga se não gostou. – piscou o olho, empolgada.

As palavras da Sra. Fabruzzo a perseguiram durante todo o compasso da espera, até o momento que Millie ouviu a porta da biblioteca fechar num estrondo.

Ela deu um salto e se virou, contemplando os olhos negros e toda a expressão intensa de Vincent. Ele estava com uma garrafa de whisky e um pote que ela conhecia bem – era a geleia de morango que uma vez, Edward lhe pedira que fizesse.

Não se encontrava com a roupa do casamento; apenas trajava a calça social e estava descalço. Millie finalmente pode ver seu marido mais à vontade do que no dia do treino – em choque, contemplou a masculinidade de um homem maior e mais forte do que ela pensava. Os braços eram musculosos, eram o triplo do dela, com uma trilha de pelos aloirados no antebraço e no peito, e o abdômen era definido. Tudo nele era definido, firme e mais forte do que Millie sequer imaginava em outras interações mais íntimas.

"Meu Deus!"

Vincent tomou um longo gole no gargalo e deixou a garrafa no chão. Aproximou-se lentamente, feito um predador cercando a caça, e contemplou sua esposa ali, parada, a respiração profunda de quem não sabia exatamente o que estava acontecendo.

- Eu a senti primeiro, Millie... Eu literalmente acordei o tolo para falar sobre o cheiro que senti. Era um perfume de pureza, inocência, o recato que meu monstro, minha forma final, estava disposto a corromper.

Tocou ligeiramente em seus cabelos e retirou o prendedor que os unia ao véu, deixando a peça cair no chão.

- Mas... Como não poderia me apaixonar por você, Millie? A única que sempre me entendeu, e me aceitou... – pousou a mão em seu rosto, com um cuidado que emocionou a jovem. Quem poderia chamar Vincent de monstro, quando ele era tão doce com ela? Tão paciente? – Você me viu como alguém com sentimentos, não apenas uma criatura assassina... E provavelmente ajudou o tolo a me entender melhor.

Os Monstros que me AmavamOnde histórias criam vida. Descubra agora