OUR DEMONS - ᴛʜᴇ 100

Onde estão todos?

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          No, I move slow
          I want to stop time
          I'll sit here 'til I find the problem
          No, I move slow
          I want to stop time
          I'll sit here 'til I find the problem

          I can feel pressure start to possess
my mind
          So I'll take this beat I should delete
to exercise

—Pet Cheetah,    
Twenty One Pilots

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• POV's Beatriz Pierce •

Meus pés já estão me matando da corrida.
Respiração acelerada e olhos apreensivos.
Junto com uma mente ocupada por pensamentos descontrolados.

Os foguetes haviam sido acionados, mas não parei de correr um segundo sequer até o momento. Minha vida depende disso.

Meu campo de visão se baseia em matizes de verde em alta velocidade, como um borrão desesperado.

Onde está Finn?

Onde está Bellamy?

Onde estão todos?

Fito ao redor em busca de qualquer mínimo detalhe que entregue a presença deles, mas estou sozinha. Com pássaros cantando ao meu ouvido como se fosse um belo entardecer. Olho por cima do ombro esgotada. Percebendo que estou sozinha, me permito fazer uma pausa apoiando as mãos nos joelhos.

—Merda, onde vim parar?—olho mais atenta em cada direção. Nunca explorei essa parte da floresta.

Quando encontro além das árvores um espaço com verde mais vivo e iluminado, me dou conta de que é uma clareira.

Sigo até o centro dela com a respiração descompassada.

É solitário e assustador estar sozinha pela primeira vez fora do acampamento.

—Okay.—respiro fundo com dificuldade—Vai ficar tudo bem.—sussurro como um tranquilizante levando as mãos trêmulas até a cintura.

Deixo-me focar na minha audição.

Os "malditos" pássaros, folhas farfalhando, algo que identifico como grilos e um cavalo. Nada pareceria tão ameaçador sem o cavalo. Não é novidade nenhuma de que eles sempre vêm acompanhados de alguém—terrestres geralmente. Os galopes se aproximam em um ritmo lento, me dando tempo de criar cenários caóticos e correr para trás de um arbusto grande.

Quanto mais o som se aproxima, mais meu coração deseja sair pela boca. Se um terrestre me encontrar, como eu irei me defender com uma faca apenas? Cortarei a panturrilha dele de novo? Toda essa corrida terá sido em vão.

Meus olhos se atentam a qualquer mínimo movimento no espaço aberto.

Cada vez mais próximo, o cavalo preto exuberante surge. Dois garotos estão presos por cordas apertadas nas mãos, guiados pelo terrestre que monta o animal. Corro os olhos até ele e quando reconheço que é o mesmo que atacava Bellamy momentos atrás no acampamento meu sangue gela. Me sento e encaro o chão.