Loucura em dose dupla

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POV HENRIQUE

A festa estava incrível, eu já tinha beijado tantas bocas que nem lembro de quem as pertencia. Era uma balada bem animada que os meus amigos me convidaram, depois que eu me assumi bissexual, espontaneamente fiz amizade com muitos garotos gays e essa era a festa gay mais foda que eu já fui.

- Me passa o endereço, chego ai em 20 minutos. - A voz animada do Arthur me fez dar um sorriso largo e diabólico. Já que a Gisele está afastada dele esses dias, eu como amigo, me achei no direito de distraí-lo um pouco, claro que sempre tive segundas intenções com o Arthur, desde que eu coloquei os pés naquela escola pela primeira vez.

Flashback On
Quantos armários, quantas pessoas, quantas salas, mais uma vez eu estava perdido naquela droga daquela escola imensa, todos me olhavam como se eu estivesse pintado de vermelho, isso estava me deixando deslocado.
- Perdido? - Uma voz surgiu ao meu lado, vi um garoto maior que eu, com um sorriso no rosto, ele usava uma camisa xadrez, calça preta e tênis preto também.
Ele era sem dúvidas, o garoto mais lindo que eu já vi
- Tá tão óbvio assim? - Tentei parecer tranquilo, mas eu não estava.
- Qual é o seu armário? - Ele perguntou disposto a me ajudar, isso era fofo e diferente, já que milhares de pessoas passavam por mim e me ignoravam.
- O 102, não consigo achar. - Falei lendo o papel que tinha na minha mão com todas as informações, número do armário, salas, horário das aulas.
- 102... É no outro corredor, virando a direita, se quiser eu vou lá com você.
- Nossa cara, seria ótimo. Qual o seu nome? - Perguntei demonstrando mais interesse do que deveria e o ele riu.
- Arthur, e o seu é...?
- Henrique. - Falei sorrindo feito um idiota enquanto andávamos naquele corredor infinito com armários vermelhos.
Flashback Of

POV ARTHUR

O táxi me deixou exatamente no endereço que Henrique falou, sair do carro e estranhei quando vi a bandeira LGBT na frente daquela balada, era uma balada LGBT? Me assustei quando encontrei o Henrique saindo de lá com dois garotos cantarolando uma música sem sentido, ele se animou ao me encontrar.
- Arthur! Chegou rápido. - Henrique me cumprimentou com um abraço demorado, automaticamente sentir o cheiro de álcool invadindo as minhas narinas.
- Você tá muito bêbado, não é melhor ir pra casa? - Falei preocupado vendo ele naquela situação.
- Ir pra casa? Agora? A festa acabou de começar, tenho certeza que você vai curtir... Ah, a propósito, esse é o Leon, e o grandão ali é o Gabriel. - Os dois me cumprimentaram com um abraço.

Entramos na tal balada, era uma balada GAY, completamente gay, tinha homens quase pelados pra tudo que é lado, repreendi o riso quando vi um cara passar com um chicote na mão, Henrique parecia conhecer bem o lugar e as pessoas. Chegamos em um barzinho, o Gabriel se afastou de nós, estávamos agora só o Leon e Henrique.

- O que quer beber? - Leon perguntou.
- Não quer beber hoje, obriga...
- O QUE?! - Henrique me interrompeu. - Arthur, é sexta-feira, e você tá todo murcho ai porque a Gisele tá te ignorando esses dias, então bebe e curte um pouco cara, vamos! Ele vai querer uma dose de vodka com limão, por favor. - Falou com o rapaz do bar que assentiu e me entregou imediatamente as doses.
- Você é louco, Henrique. - Ri e virei o copo de vodka tomando de uma vez só, Henrique gritava em comemoração. - Mais um desses, por favor. - Pedi.

A pista de dança estava cheia, eu estava começando a ficar tonto e mais animado que o normal, um cara se aproximou de mim, começou a dançar junto comigo, depois tentou me beijar e eu o empurrei.
- Eu tenho namorada, foi mal. - Falei e ele assentiu decepcionado.
Henrique me olhava confuso e pensativo enquanto dançava, até que me fez a seguinte pergunta.
- Gisele é sua namorada?
Nesse momento, eu pensei "O que eu e a Gisele somos?", melhores amigos que se pegam as vezes? Eu não sabia o que resonder...
- Não, mas não tava afim de ficar com aquele cara, não sei se gosto da fruta, entende? - Falei alto por conta da música.
- Mas você já ficou com algum menino?
- Não, nunca tive curiosidade. - E realmente, eu nunca tive.
- Entendi... Eu ficaria com você. - Ele falou tranquilo e rindo, parecia que estava brincando.
- Sério?
- Você é bonitão Arthur, aposto que beija muito bem.

Henrique estava dando encima de mim? Meu Deus, ele estava! O que eu faço? E se eu ficasse com ele só pra saber como é? Mas a Gisele ficaria chateada... Quer saber? Foda-se ela, Gisele estava me ignorando sem motivo algum, então, não iria me preocupar com o que ela pensa disso.
- Quer descobrir? - Falei parando de dançar, encarando o Henrique que no mesmo momento, parou de dançar e me olhava desacreditado.
- Não me zoa...
- Tô falando sério... Quer? - Falei encostando o meu corpo no dele, Henrique suspirou pesado com o contato dos nossos corpos.
- Vem comigo. - Ele falava me puxando pelo braço.

Entramos em um banheiro que havia uns 6 caras se beijando, não é exagero, era um banheiro grande, com várias cabines, a luz estava apagada, mas com as luzes da balada, dava pra enxergar bem o que estava acontecendo ali.
Henrique abriu uma das cabines, me puxou pra dentro dela e a trancou, eu tremia de nervoso e não sabia o que fazer com um garoto, não sabia onde tocar...
- Vamos ficar aqui mesmo? - Perguntei ouvindo os sons de beijo que envadiam o ambiente.
- Você tem um lugar melhor?
- Não.
- Então cala a boca.

Senti as minhas costas baterem contra a cabine, Henrique tinha um beijo desesperado, uma das mãos dele estava em volta da minha cintura e a outra no meu pescoço, ele estava dominando, o que me incomodou, eu odiava ser dominado. Eu que mando, sempre sou eu.
Virei o jogo, mudei de lugar com o Henrique e apertei a cintura dele com as duas mãos pressionando-a contra a minha, subi a mão direita até a nuca dele e depois desci para o pescoço, onde apertei com força ouvindo um gemido baixo do Henrique, que estranhamente me excitou. Ele estava com as duas mãos no meu rosto, até que uma mão dele desceu até a minha camisa e a levantou, deixando a minha barriga completamente exposta, sentir o meu corpo inteiro arrepiar com os dedos gelados do Henrique nas minhas costas, ele desceu um pouco mais as mãos e apertou meu pau com força.
- Não faz isso, Henrique... É pra ser só um beijo, certo? - Perguntei ofegante e fui completamente ignorado, ele nem sequer tirou a mão daquela região. Henrique se afastou de mim ficando de joelhos e beijando toda a extensão da minha barriga, estava me provocando, mas eu não ia ceder. Ele beijava, chupava, mordia, levou suas mãos até o botão da minha calça e desabotoou, é claro que eu não ia deixar ele fazer o que estava querendo, só queria ver até onde ele ia chegar. Henrique abaixou um pouco a minha calça, o suficiente pra toda minha cueca aparecer, Henrique passava a língua por todo o meu pau ainda por cima da cueca sem tirar os olhos dos meus, ele estava impaciente, queria mais... Henrique começou a massagear o meu membro, não vou negar, tava muito gostoso, mas eu não podia continuar com aquilo.
- Preciso ir. - Falei puxando a minha calça e abotoando. Henrique levantou indignado e com raiva.
- Tá de sacanagem que não vai me deixar te chupar? Arthur, mano... - Ele me encurralava na saída da cabine.
- Não vou deixar, será que eu posso sair? - Perguntei impaciente.
- Óbvio que não, você me deixou começar, agora eu vou terminar o meu trabalho aqui. - Disse se aproximando de mim e descendo a mão pro meu pau.
- Sai, caralho, já falei que não vai rolar. - Falei alto o suficiente pra Henrique se assustar, ele tentou segurar no meu braço mas eu o empurrei.
- Sempre violento, vai me enforcar de novo, vai? - Henrique me provocou falando da noite em que bati nele.
- Não vou encostar um dedo em você. Isso aqui nunca aconteceu, ok? Nunca. Se você abrir essa boca e contar a alguém, pode ter certeza que eu mato você, Henrique. - Dei um sorriso forçado e sair daquele lugar procurando ar fresco.
Literalmente ninguém podia saber o que tinha acontecido, principalmente Gisele.

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