Você promete?

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POV ARTHUR

Sabe quando você percebe que esta tendo o dia mais chato e monótono da sua vida? O tempo não passa, você fica horas olhando pro teto torcendo pra que algo bom aconteça, olhando para o celular desejando que alguém mande uma mensagem te chamando pra sair ou conversa, bom... Era assim que eu me sentia agora.
Já se passaram uma semana desde o dia de parque, Gisele tem estado tão estranha ultimamente, hoje fez o "favor" de sumir, não atende as minhas ligações, muito menos responde as minhas mensagens. Eu amo os meus amigos, eles me divertem, me distraem, me deixam alegre, mas com Gi é diferente, ela sempre tem ideias malucas que me fazem pensar que ela é doidinha da cabeça. Há três dias atrás, fomos nós cinco a praia, e adivinha? Gisele teve a brilhante ideia de escalar as pedras que tinha na praia, nunca tinha feito isso na minha vida, mas nossa, foi incrível.

Flashback On
Chegamos ao topo das pedras, quando olhei pra baixo e me perguntei como vamos descer daquele lugar, já me imaginava escorregando, batendo a cabeça em alguma pedra e morrendo de traumatismo craniano.
- Olha essa vista, o mar, as ondas... - Gisele parecia hipnotizada com o mar, ela sempre me dizia que se sentia conectada a praia, e que sem dúvidas, seja lá onde for, se tiver areia e mar, ela vai se sentir bem.
- Nossa. - Falei ao me juntar a ela, colocando o meu braço esquerdo em volta da sua cintura. - É realmente muito lindo aqui, valeu a pena a experiência de quase morte. - Falei divertido enquanto ela continuava hipnotizada.
- Arthur... - O olhar dela encontrou o meu, percebi que havia lágrimas nas bordas dos olhos dela.
- Oi, Gi.
- Promete que nunca vai esquecer de mim? Que toda vez que olhar o mar, vai lembrar o quanto eu fico fascinada com ele, lembra de mim toda vez que for assistir Grey's Anatomy, lembra que eu odeio o Derek com todas as minhas forças, lembra de mim quando insistir em usar o binder por mais de 5 horas seguidas, faz mau, eu ia odiar saber que você estaria se prejudicando desse jeito. Só tenta lembrar de mim todos os dias da sua vida, não suportaria ser apagada da sua memória, não vou suportar.... - Gisele estava chorando feito uma criança, sentou-se na pedra e me olhou como se quisesse me dizer alguma coisa, mas não disse.
Eu me abaixei na frente dela, tomando os seus lábios com um beijo calmo e sincero, me esforçando com aquele beijo pra mostrar que eu jamais esqueceria dela.
- Eu nunca vou esquecer de você, Gisele. Você é a primeira mulher que eu amo e será a única. Quer dizer, já que vamos ter filhos futuramente, vou ter que amar nossa menina também....
- Filhos, Arthur? - A expressão dela mudou pra espantada, a gente nunca tinha conversado sobre isso, talvez eu tenha me precipitado. - Não vou ter filhos, crianças são irritantes, insistentes, birrentas, chatas, elas gritam, eu odeio gritos, vão tirar a minha liberdade, é uma responsabilidade para a vida toda, eu não sei se....
- Porra, Gisele, eu tava brincando. - Falei em rendição assustado com aquela garota tagalerando sem parar na minha frente. - Você sabe que o meu sonho é ser pai, mas se não quiser ter filho, tá tudo bem, não precisa falar mil coisas me fazendo desejar a morte do que ter um filho. - Falei divertido enquanto ela continuava emburrada.
- Não vou me lascar toda pra te dar um filho. Imagina, eu sofrendo por 9 meses, quase morrendo no parto e o filho da puta nascer você cagado e cuspido, vou surtar. - Gisele falou disparadamente enquanto eu ria do que ele falava.
- Seria ruim ter um Arthurzinho? - Falei fazendo um bico.
- Seria, de você, eu só quero a boca, quero que ele venha com essa boquinha linda. - Ela falou passando a mão nos meus lábios, com certeza eu tinha ficado vermelho.
- Ahhhh, então vai ter filhos comigo? - Gritei enquanto carregava ela e a girava.
- NÃO FOI ISSO QUE EU QUI...
- Shi... O que tiver que acontecer, vai acontecer. - Dei um abraço apertado nela desejando nunca mais sair daqueles braços quentinhos.
Flashback Of

Sorri ao lembrar dos nossos momentos na praia, será que assustei ela com esse lance de filho? Eu sei que somos muito novos, falei por falar, gostava de imaginar uma futuro com ela, mas aparentemente, Gisele não gostava.

Meu celular tocou, um número desconhecido estava me ligando.
- Alô? - Falei receoso.
- Arthur? Sou eu, Henrique. - Ele parecia bêbado, o som alto da música estava mais alta que o próprio Henrique. - Cara, tô em uma festa muito irada, quer chegar?
Era tudo que eu precisava, uma festa com o meu amigo.
- Me passa o endereço, chego ai em 20 minutos.

Tonight, we are youngOnde histórias criam vida. Descubra agora