A caneta descansou na mesa e o papel foi erguido na altura dos olhos de Jimin, que fez careta para ele. Havia acabado de assinar uma advertência, e aquele era apenas o seu segundo dia de trabalho. Mais frustrado ele não poderia estar:
— Eu não sabia que podia ser punido pelas coisas que faço no meu horário de almoço.
O Sr. Jeon se recostou na cadeira e cruzou os braços, a postura de líder era involuntária, e o tom autoritário era evidente por detestar Jimin; apenas isso.
— Você pode ser punido quando está nos domínios da fábrica. Não tolero escândalos aqui, nem toda a bagunça que você é, garoto. Se você assinar essa ficha por mais duas vezes, será demitido por justa causa, coisa que não me incomoda em nada. Ao contrário, vou ter uma ótima economia sob as perdas dos seus direitos trabalhistas e, ainda por cima, vou me livrar das suas palhaçadas na minha fábrica.
Jimin poderia ter ficado magoado por ser tratado tão mal, até ficado indignado por ser considerado "uma bagunça/palhaço", assim como também poderia ter levantado da cadeira e ido embora, mas deslizou a folha na direção de seu chefe e o encarou com firmeza:
— Essa sensação é muito boa, não é? Mandar e desmandar em todas as coisas, em todas as pessoas.
— Hunf! — Jungkook quis rir daquilo porque, para ele, era claro que Jimin não sabia do que falava. — Você não pode falar do que...
— ... do que eu não sei? — Sorriu de canto e a vista se perdeu um segundo por aquela sala, para depois voltar para ele. — Se eu não posso falar do que eu não sei, você também não pode falar do que não sabe.
— Você me chame de Senhor Jeon!
— E, afinal, o que você sabe sobre mim, uh? — Jimin cruzou os braços, o semblante desafiador não recuou um milímetro sequer. — Diz que eu sou uma bagunça completa, fala como se me conhecesse, mas só sabe do meu nome e dos meus pequenos deslizes. Precipitado, não acha?
— Não estou interessado em saber quem você é, e sim que trabalhe direito! Já está bem claro que eu não quero você na minha fábrica, então é bom que pense bem antes de falar de qualquer maneira comigo.
— Oh, certo, certo, Sr. Jeon. — Jimin assentiu, mas franziu o cenho. — Você gosta de ser chamado assim, não é? Senhoor Jeoon; com toda a pompa que lhe é de direito por trabalhar no topo da pirâmide. Dá pra manipular todo mundo quando se está em cima, aposto que sabe e usa bem disso pra fazer com que abaixemos as cabeças.
— Park Jimin, está passando de todos os malditos limites!
O Sr. Jeon estava se segurando para não perder a voz, pois já estava bem irritado com aquele tom irônico e palavras cruzadas que Jimin usava consigo:
— Quero que saia para o seu almoço e volte ao trabalho.
Jungkook estava sim, intrigado com todas aquelas perguntas de Jimin, porque parecia que estava diante de alguém que escondia muitas coisas importantes, já que o funcionário ironizava com tanto empenho um cargo tão alto como a presidência de uma empresa séria e grande como a da Candy Idol. E ainda tinha aquele sorrisinho nos lábios, a expressão zombeteira que ele tanto detestava em Jimin. Era como se fosse visto como um idiota!
— Estou saindo, Senhoor Jeoon. — Jimin se levantou e deu um tchauzinho com a mão. — Devo salientar que essa aura rígida lhe cai muito bem, apesar de ter sido muito duro comigo.
— Pra fora, Park Jimin! — Foi o ponto máximo do que suportava, e Jungkook suspirou enraivecido quando a porta bateu e pôde ficar sozinho. — Um palhaço, estou aturando um palhaço!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Candy Idol Jikook Taegi (Em Revisão)
FanfictionPark Jimin precisa de um emprego para pagar as contas e pede a ajuda de seu melhor amigo, que trabalha em uma fábrica de doces em Seul chamada Candy Idol. 🐈- Para entrar na Candy Idol você precisa dominar a arte de fazer doces e bolos, e aos domin...