Lembranças de um amor passado (CONCLUÍDO)

C A P I T U L O 17

O tempo passa rápido, já estamos nos despedindo de Cancún, essa semana de férias maravilhosa com o meu noivo, transando e curtindo loucamente. Foi perfeito.

Agora é hora de voltarmos para vida real, trabalho, preparativos do casamento, contar para o papai e para minhas amigas, bom resumindo, vamos anunciar para todos o nosso noivado.

Enquanto arrumo as malas percebo o celular tocar.

- Oi Sara, quanto tempo.

- Oi amiga, morri de saudade, estou voltando hoje da África.

- Perfeito, preciso de vocês reunidas, tenho algo pra contar.

- O que é ?

- É surpresa.

- Ah não, você vai contar AGORA!!! va...

Desliguei na cara dela haha, sabia que ela ia continuar insistindo para eu contar, do jeito que sou ia acabar contando, então para não fraquejar, desliguei.

5 horas depois...

- Estou exausta, pode subir as malas ?

- Pode deixar amor, eu cuido disso.

Me jogo sobre a cama e percebo que tem algo embaixo das minhas costas. Quando pego, vejo que é uma carta.
"Eu fui fraco, errei em te deixar ir, errei em me casar, devia ter lutado mais, ter tentado mais, eu fracassei com você. Queria que pudéssemos ter outra chance, mas sei que está com Dean, espero que esteja feliz, por mais que eu ainda ame você, não conseguiria te ver ao meu lado se soubesse que estaria infeliz."

A carta não tinha nome, data ou endereço, mas eu sabia de quem era. Pego a carta e jogo no lixo. Dean vem subindo as escadas e eu digo:

- Preciso sair, é urgente.

Ele não diz nada, apenas continua subindo as escadas com as malas.

Pego a chave do carro e entro. Disco o número do Nicolas.

- Onde você tá?

- Estou em casa, vai vir aqui ?

- Não sei onde fica sua casa atual.

- Irei lhe mandar o endereço.

Ligo o carro e vou até lá, quero por um fim nisso de uma vez por todas.
Quando estou chegando perto do prédio, vejo ele parado em frente, com um belo terno e o cabelo agora cortado.

- Marjorie, é tão bom te ver.

- Quero falar com você, agora.

- Vem, vamos subir.

Ele põe a mão em volta da minha cintura,logo em seguida eu a tiro.

- Leu minha carta? Por que está aqui?

- Quero que pare de me escrever, quero que suma da minha vida de todas as formas que puder.

- Vai fazer isso de novo, me afastar de você por não saber lidar com seus sentimentos ?

- Você não sabe o que...

- Sei sim - ele me interrompe - Quando você tem medo do que está sentindo, quando tem medo de dar errado, você foge. Você sabe que me ama, que sempre amou, mas sempre fugiu, sempre mentiu pra si mesma e agora está com alguém que não ama.

- Eu amo sim, você não tem como saber disso.

- Ok, você pode até ama-lo, mas você sabe Marjorie, no fundo você sabe que sempre fui eu, ele também sabe, mas é orgulhoso demais pra admitir.

- Por favor, para. Para com isso, para de complicar tudo, eu vou me casar com ele, não vem agora querer estragar tudo.

- Casar? Tem certeza que é isso que você quer? Eu amo você Marjorie, e eu prometo que nunca mais vou dizer nada, nunca mais vou te ligar ou mandar cartas, se eu tiver a certeza de que você o ama - ele se aproxima de mim e deixa as lágrimas escorrerem por seu rosto.

- Não chora vai. Como você pode me dizer essas coisas sendo casado ?

- Eu não sou casado há muito tempo Marjorie, nos divorciamos dois anos depois, nós não nos amávamos, nunca poderia dar certo. Por isso eu estou falando isso pra você - ele passa as mãos em meu cabelo e encosta sua cabeça sob a minha.

- Nicolas, eu... eu não quero mais você.

- Mesmo sabendo disso eu ainda amo você Marjorie, mas vou respeitar sua escolha, mesmo sabendo que voce nao o ama.

Ele segura meu queixo, como fazia antigamente e me beija. Eu queria parar de beija-lo por causa do Dean, mas queria continuar porque ainda o amava. Negar meus sentimentos estava me matando.

Então eu me afasto, colocando a mão sob seu peito.

- Por favor nick, nao complica as coisas - encosto minha cabeca na dele e choro - você sabe disso, sabe que sempre foi e vai ser você, mas eu não posso mais ficar nisso, esses sentimentos só está nos machucando, não só a mim e a você, mas o Dean também, ele não merece isso.

- Porque você sempre faz isso? Nunca pensa em você, nunca se preocupa com o que você sente, da primeira vez foi a mesma coisa, para o bem da minha família, agora para o bem do Dean. Quando vai fazer algo pelo seu bem ?

Aquelas palavras foram como farpas, eu sabia que era verdade, mas não queria acreditar que fosse. Foi um erro, beija-lo, vir até aqui, achar que ia ser fácil. É, não foi, sempre achei que tinha o superado, agora vejo que não, nunca o superei, nunca deixei de ama-lo.

Entro no carro aos prantos, arrependida pelo beijo, pensando no Nick e no casamento com Dean, tudo está passando em minha cabeça, como flashes.

Depois de me acalmar, liguei o carro e fui para casa.

- Onde você foi ? - Dean pergunta, irritado.

- Fui na casa do Nicolas.

- Foi fazer o que lá, a despedida de solteira?

Dou um tapa na cara dele.

- Como pode dizer isso? Está louco, está agindo como um idiota.

Saio da sala, subo as escadas e vou tomar banho. Ouço os passos dele no quarto.

- Me desculpe, é que eu achei a carta no lixo, e pensei...

- Pensou errado, fui lá pra terminar tudo que pudesse haver na mente dele, só pedi pra que ele me deixasse seguir em frente.

- Me desculpe por ter falado aquilo, não quis te magoar, posso te abraçar.

- Tudo bem, quando eu sair do banho...

Ele tira a roupa e entra no box.

- O que você tá fazendo ? - pergunto rindo.

- Vim te abraçar, como um pedido de desculpas.

Ele me abraça e eu coloco a mão "nele".

- Amor? Era um abraço só sua safadinha.

- Sei, quem tira a roupa pra dar um abraço?

- Ah não queria molhar minha roupa - ele diz com um sorriso no canto da boca.

Ele me pega em seus braços e eu o agarro com braços e pernas e comecamos a nos beijar lentamente, embaixo do chuveiro. Ainda em seu colo, ele sai do box e me coloca sob a cama.

Ele vem por cima e penetra em mim, segurando minhas mãos abertas sob a cama, ele beija meu pescoço e meus seios. E continuamos a transar, quando estamos no auge, eu digo "Nicolas".

- O que você disse?

Ele para instantaneamente, se levanta e pergunta novamente.

- O que você disse ?

- Eu...eu não...eu nao quis dizer isso.

- Você só pode estar de brincadeira?

Ele veste as roupas, pega a chave do carro e vai embora.

Continua...