- Como assim nao tem nada? - ele tira a carta da minha mão.
- Eu te disse, tem alguma coisa errada.
- Agora eu também tô começando a achar que tem.
- O que a gente faz? - pergunto pro nick.
- Chama a Ana pra almoçar aqui amanhã, diz que quer conversar, sei lá, inventa qualquer coisa.
- Que loucura, que loucura!!! Se é verdade, por que ele fez isso? - começo a chorar e sento no sofá.
- Eu não sei, talvez alguém o obrigou a fazer isso.
- Eu não... nao consigo entender... - digo chorando e soluçando.
Continuei chorando por alguns minutos, tentando assimilar toda situação, a carta, os porquês de tudo e a Ana, o que a Ana sabe?
No dia seguinte...
Já são 11h, está tudo pronto. Nicolas que preparou o almoço hoje, Didi está arrumadinho assistindo ben10, nada de galinha pintadinha, nem peppa, eu odeio esses desenhos malditos.
Pego meu celular e disco o número da Ana.
- Alô.
- Oi Ana, é a Marjorie, eu e Nicolas preparamos um almoço, queríamos que você viesse.
- Como recusar? Vou sim, apareço aí daqui a uns 10 minutos.
- Tudo bem, Didi está te esperando haha.
Desligo o celular e espero ansiosa, fico de um lado pro outro na sala, nem sei mais o que fazer.
10 minutos depois, ela bate na porta.- A vovó chegou!! - eu abro a porta e ela entra com um presente nas mãos - cadê o meu bebezinho?!
Didi fica todo felizinho, balançando as pernas e os bracinhos.
Ela vai até ele e o pega no colo.- Como pode ser tão lindo ein? - ela diz acariciando o rostinho dele.
- Ana. Preciso conversar com você, tem algo acontecendo aqui e você sabe o que é, mas eu preciso que você me diga.
- Diga o que? Marjorie querida, o que está acontecendo?
- Você sabe - pega a carta e entrego a ela.
- O que é isso?
- A carta que você me trouxe, a carta que era pra ser do Didi.
Ela pega a carta e coloca sob a mesa na sala, pois sabe o que tem na carta, nada. Logo em seguida, se senta no sofá e coloca as mãos na cabeça.
- Você já sabe o que está acontecendo não é?
- Por que voce não me diz logo? Eu estou suspeitando de muita coisa e eu tenho certeza de que ainda não estou louca.
Ana se levanta e respira fundo, caminha até mim e segura em minhas mãos.
- O que eu vou te contar aqui, você não pode dizer a ninguém... Dean não morreu.
Eu me desmonto, me ajoelho no chão e começo a chorar.
- Eu disse... Eu senti... por que não me disse? Por que fez isso? Por que me fez sofrer, chorar desse jeito? - Digo chorando muito e continuo no chão sem reação.
Nicolas se aproxima e me abraça.
- Vamos atrás dele, não se preocupe, vou traze-lo de volta, eu prometo.
- NAO!! Vocês não vão traze-lo de volta, não é tao simples assim...
- COMO ASSIM? O que você tá falando? - grito ainda chorando - Por que ele fez isso? Me diz, eu preciso e mereço saber.
- Pra proteger você e o Didi, ele teve que ir.
- Ir? Ir pra onde? Proteger de que? Por favor Ana seja clara e sincera comigo - enxugo minhas lágrimas, com minhas mãos.
- Nicolas, foi seu pai...
- O que? Como assim meu pai? - Nicolas pergunta assustado.
- Sim, ele chantageou o Dean, se ele não fosse embora e deixasse vocês em paz de vez, ele prejudicaria a Marjorie e o bebê.
- Não acredito que ele fez isso!! - Nicolas pega as chaves do carro e corre para a garagem.
- Ei!! Nicolas!! - Grito pra que ele pare.
- Eu vou resolver isso, ele não pode fazer isso Marjorie, eu não vou permitir.
- Calma por favor Nicolas, vamos resolver isso, mas não na hora da raiva. Seu pai é esperto, nos devemos pensar bem.
- Já sei alguém que pode ajudar a gente a resolver isso.
- Minha mãe.
Ele pega o celular e liga para a mãe.
Depois de alguns minutos ela chega.- O que seu pai fez?
- Sumiu com o Dean - Nick diz, já mais calmo.
- QUE??? Não acredito que ele fez isso de novo...
- Que? Como assim de novo?
- Vocês precisam saber de uma coisa - ela fala como se fosse revelar algo muito ruim.
Continua...
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Lembranças de um amor passado (CONCLUÍDO)
Roman d'amourO amor tem várias formas de chegar até nós, quando menos esperamos, quem menos imaginamos, o amor é uma surpresa. Eu conheci alguém que me fez sentir, me fez ver, chorar, sorrir, alguém que me fez nunca esquecer. Nao, não foi aquele amor platônico...