Traga o Desastre

Prólogo

Sou nascida e Criada em Nova Iorque desde que me entendo por gente, mas devido a morte dos meus pais fui forçada a mudar de ambiente e cultivar uma nova vida em Los Angeles com minha avó e irmãos. Minha irmã sempre foi insuportável e ao invés de se tornar alguém melhor dando a luz, ocorreu o oposto. Meu irmão, no entanto, sempre teve uma ótima relação comigo e me incentivava em diversas coisas. Minha vozinha Margareth, apesar de velhinha, sempre fez de tudo por nós e se esforçou para nos trazer tudo de melhor, mesmo não tendo muito para oferecer. Tive uma infância difícil, não só pela trágica morte das minha figuras genitoras, mas também por ter sido instigada a provar meu valor em diversos momentos por duas agências secretas. Uma delas é extremamente conhecida... Se trata de ninguém menos do que o FBI e a outra trabalha nas sombras através de todo seu poder tecnológico, a qual se chama DIT (Desenvolvimento de Inteligência Tecnológica). Um nome bem intuitivo, por sinal.

Obviamente nenhuma das agências possui conhecimento sobre meu trabalho duplo, assim como nenhum integrante da família ou amigos. Ser agente tem seus riscos e exigências, infelizmente tenho de mentir ou esconder certas coisas para manter o que faço em segredo e não arriscar meu emprego ou suas vidas. Apesar disso, precisava de um emprego de fachada que me possibilitasse inventar desculpas melhores para sair dos lugares repentinamente ou sequer ir até eles. Sendo assim, busquei aquilo que mais se aproximava do que eu gostava de fazer nas horas vagas e não me tomaria tanto tempo quando houvesse trabalho. Como me identifico com a escrita só vi uma opção de emprego para seguir, ou seja, jornalismo. Creio eu que não me estressaria tanto com o cargo e poderia escrever livremente sobre o que quisesse dentro dos padrões éticos do jornal sem precisar expor minhas opiniões.

Há 5 anos atrás fiz um pedido de transferência para minha cidade de origem, pois estava cansada de viver em Los Angeles. As coisas já não estavam caminhando bem e eu sequer conseguia me sentir bem morando lá, era um ambiente extremamente sufocante para mim. A todo instante ocorriam brigas entre mim e Christina, minha irmã. A maior parte dos nossos desentendimentos eram a respeito de sua negligência como mãe, mas também sobre como preferia passar suas noites traindo o marido com metade de L.A ao invés de cuidar da nossa avó para que nosso irmão, Daniel, pudesse trabalhar enquanto eu estava fora. Essa situação se estendeu por anos até que Crhist finalmente se firmou com Robert Relish, um importante arquiteto italiano e se mudou para a Catânia com minha sobrinha, Molly. Diante de toda a situação acabei adiando minha transferência para combinar com minha avó como seriam as coisas, já que ela se recusou a ir embora comigo. Por mais que me doesse deixá-la sozinha com Daniel, eu precisava recomeçar e descobrir quem eu era longe de tudo aquilo que me prendia diariamente.

Já faz 3 meses que me mudei e a única coisa que soube fazer foi trabalhar incessantemente para tentar aliviar toda a raiva que estava sentindo do meu ex namorado. O desgraçado escolheu o trabalho ao invés de mim! A agência ofereceu uma grande missão a ele em que teria de passar pelo menos 3 anos trabalhando disfarçado para desbancar uma grande operação de tráfico humano na Rússia. Tudo bem, eu entendo os sacrifícios que demandam o nosso trabalho, mas ele tinha a opção de me levar junto. Eu já estava com um grande incentivo de desbravar uma nova vida em mente e não me importaria de fazer isso na Rússia com ele, mas não... ''Era algo que ele precisava realizar sozinho''. Bom, Azar o dele. A partir de hoje, Zachary Evans morreu pra mim!!