Capítulo 9 - Aproximação

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Caroline Novac

– Eu realmente estou sozinha, pois sua presença não faz a mínima diferença para mim.

– Você é sempre grossa assim ou prefere usar essa abordagem com quem só quer ser seu amigo?!

O ignorei e dei um gole em minha bebida.

– A propósito, não deveria estar bebendo, está com pontos recém criados no meio da testa. – Ele disse, arrancando o copo da minha mão.

– Já passei por coisas piores, agora me devolve o copo! – Exclamei.

– Não mesmo. Enquanto eu estiver aqui, não vou permitir que beba. Sou seu médico agora e além do mais, um conhecido de longa data.

– Não preciso de um médico e outra, será que pode sentar do outro lado da mesa?

– Não. 

– Por quê?

– Não vou te dar a chance de escapar de uma conversa comigo.

– Já parou para pensar que talvez eu não queira conversar com você?!

– Só queria uma chance de me redimir. Não quero que tome raiva por um motivo bobo desses.

– Bobo? Era minha vida que estava em jogo.

– Que droga, você complica demais as coisas.

– As pessoas é que desistem fácil. – Eu disse, convencida.

– Pode apostar que não serei um participante dessa lista.

– Veremos...

– Será que podemos começar de novo ? – Matthew perguntou.

– Não possuo interesse. 

– Achei que fosse colaborar.

– Em momento algum eu disse que faria isso. – Comentei, rindo.

– Caroline…Por que tem fingido que não me conhece? – Ele perguntou, parecendo não aguentar mais esperar para saber. 

– Não é como se fôssemos amigos e eu te devesse alguma explicação. – Respondi, mudando minha expressão. 

– Só quero entender porque está me manipulando dessa forma. 

– Manipulando você? Apenas nos encontramos uma vez, você me irritou, eu te bati e o mesmo se repetiu na praia quando nos reencontramos. Esperava atitude melhor diante de tudo que fez? – Questionei.

Claramente eu estava mentindo, havia muito mais por trás disso, mas eu não queria entrar em um assunto como esses, muito menos expor a Bárbara por agora o motivo pelo qual o odiava tanto.

– Não tive a intenção…

Eu também não fui das mais certas entrando em área proibida para banhistas, mas jamais admitiria para ele. 

– Espero que se arrependa pelo que fez. 

– Tanto me arrependo que fui atrás de você para ver como estava e acabei tendo que ser a pessoa que cuidava de você. 

– Corrigindo… Você deu um sumiço no meu médico para poder cuidar de mim. 

Tão desesperado… 

– Devo ter parecido patético ao agir assim, mas acharam que eu era um psicopata e estava atrás de uma vítima no hospital. Fui obrigado a dar um perdido no médico, mas teve um lado bom em tudo isso, você foi muito bem costurada e não teve que esperar muito mais para ser atendida. 

Traga o DesastreOnde histórias criam vida. Descubra agora