Traga o Desastre

Capítulo 19 - Revista Poison

Matthew Collins

Após as meninas irem embora me sentei no sofá  e André logo me olhou indicando que eu ficasse quieto sobre o que vi acontecer, mas não me contive e morri de rir. 

– Sem piadinhas.

– Longe de mim zombar de pessoas apaixonadas. 

– Foi só um selinho, matt.

– A noite deve ter sido boa para receber uma despedida tão calorosa. 

– Pra falar a verdade… 

– O que? Você broxou? Tudo bem, irmão.  Acontece. – O interrompi.

– Não foi nada disso, idiota! É que não teve "uma noite boa", quer dizer… Foi boa, mas não da forma que pensa. 

– Quem diria, André Rodríguez nervoso por conta de uma mulher que mal conhece.

– Poderia dizer o mesmo sobre você… Estava todo desesperado atrás do número de Caroline só porque ela não quis te dar.

Acho incrível como tudo que sai da boca dele soa como duplo sentido.

– Ela se faz de difícil, mas ainda vou quebrar essa armadura que ergue para se proteger.

– Vou me divertir te vendo tentar. 

– Diria que já fiz um progresso, mas estou interessado em saber sobre você.  O que rolou com a Bárbara?

– Tá  aí… Por mais tesão que eu possa sentir por ela, não quis fazer nada ontem. Claro que eu não deixei ela dormir frustrada, a satisfiz de outras maneiras, mas depois disso apenas deitamos para dormir e acabamos acordando abraçados. 

– Surpreendente… Conversou com ela depois disso?

– Não, acordamos meio excitados e Caroline nos pegou no flagra na sala quase tirando a roupa. Depois você chegou e o resto não preciso descrever.

– Deveria ligar pra ela depois.

– Pra quê?

– Bom, vocês dormiram juntos. Isso costuma mexer com as mulheres. Nesse momento ela deve estar se questionando porque não mandou nenhuma mensagem ainda e esperando que você a chame para repetir a dose para terminar o que começaram.

– Estou começando a achar que você está tendo uma vida sexual mais ativa que a minha. Quem costumava dar conselhos aqui era eu.

– Não é  porque levo uma vida diferente da sua que não sei aconselhar, já estive em relacionamentos antes, passei por muitos processos. Acabei aprendendo como lidar com as mulheres da melhor forma.

– Só não aprendeu ainda a lidar com a marrentinha da Caroline. – Ele disse, rindo.

– Se fosse fácil não teria tanta graça.

O telefone de André tocou repentinamente e sua expressão se tornou séria.

– Aconteceu alguma coisa? – Perguntei, preocupado.

– Não,  é só o Alisson. Ele precisa que eu vá para a agência imediatamente, pois tem uma missão pra mim.

– E o que está esperando?

– Como posso fazer uma missão sem o meu parceiro? 

– Fazendo. Nem sempre estive aqui para te ajudar e não é garantia que esteja com frequência, imprevistos acontecem. Apesar de meu corte não ter atingido nenhum órgão vital reconheço que preciso repousar até que haja uma melhoria significativa.