Capítulo 27 - Turbulência

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Caroline Novac 

⚠️ AVISO DE GATILHO ⚠️

Venho novamente informar sobre o cuidado que devem tomar ao ler o capítulo, pois contém detalhes referentes à ansiedade e outros temas  em destaque.

Foi necessário que Juliet nos acordasse para almoçar. Assim que levantamos peguei meu celular e ao descer as escadas em direção a mesa recebi uma mensagem de Bárbara. 

– Onde você está? 

– Eu que deveria te fazer essa pergunta, mocinha. 

– Hum… Eu tô deitada… Sem roupa e em uma cama com alguém.

– Com quem, Bah?

– Não sei, é uma mulher ruiva. Será que eu dormi com ela? 

– Independente do sentido em que fala, é você quem tem que buscar uma resposta. 

– Tá bem, vou acordar ela e descobrir o que aconteceu. Depois te mando mais notícias.

Preferi nem contestar, ela claramente ainda não estava sob posse de seu pleno juízo. Me sentei na cadeira e esperei até que me oferecessem a comida, pois fazia um tempo que não frequentava a casa e não queria ser abusada em sair colocando a mão nas coisas. Obviamente recebi um esporro tendo agido assim, Juliet disse que eu era de casa e não precisava ficar assim. 

O almoço era bem simples, a enorme mesa de marfim continha travessas com asinhas de frango, arroz, batata frita e salada. Tendo como sobremesa algumas frutas cortadas em cubo em um prato à parte. 

Após comermos, Juliet insistiu que ficássemos na mesa por precisar dizer algo e inevitavelmente olhamos intrigadas. 

– Sinto estragar o dia de vocês, mas preciso que a viagem seja adiantada. 

– Nós vamos hoje??? – Stella perguntou, surpresa.

– Sim, recebemos informações que ocorrerá o transporte de um animal silvestre às 8 horas da noite de hoje. Providenciei um avião particular e ele está pronto para levá-las a qualquer hora. O vôo vai levar cerca de 10 horas, então terão tempo o suficiente para se acomodarem no hotel que combinamos e realizar uma interceptação. Precisam trabalhar em conjunto, mas nas sombras. Se forem descobertas, toda nossa operação quanto o roubo do HD com as informações dos próximos passos deles irá por água abaixo. 

Puta que pariu… Ela não podia escolher outro meio de transporte?!!

– É… Eu acho melhor ir embora para arrumar minhas coisas. – Disse, me levantando rápido antes de esperar uma resposta e entrando no meu carro.

Não consegui dar partida, porque a essa altura eu já estava lutando contra uma falta de ar que me consumia e socava o volante com toda minha força desejando que esse sentimento fosse embora. Quando dei por mim já estava gritando a ponto de perder toda a voz. Meus socos incessantes fizeram com que o airbag fosse acionado e o carro começou a apitar. De repente, Stella apareceu batendo na janela indicando que eu a abaixasse. Meu rosto estava afundado no acolchoado branco que havia sido liberado em cima de mim e muito contrariada abaixei o vidro. 

– Carol, você precisa entrar… 

– Me deixa sozinha, Graham. É melhor para você. 

– Nunca! – Ela inseriu seu braço através da janela e destravou a porta estendendo sua mão para mim – Por favor, vem comigo. Eu sei o que está acontecendo e não posso te deixar sozinha nesse momento. 

Traga o DesastreOnde histórias criam vida. Descubra agora