Capítulo 17

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Tomás

Quando mamãe me mostrou a foto de Anne e a vi pela primeira vez em minha vida, senti algo em meu coração que não conseguia entender, até eu a ver pela em minha frente e poder ser amigo dela...
No começo eu queria que fôssemos  amigos, bons amigos, sempre soube que nunca poderia acontecer absolutamente nada entre nós dois.

Mas a gente não manda no coração e muito menos nos nossos sentimentos.

Por mais que eu tentasse fugir, acabei me apaixonando por Anne e eu sei que não posso exigir que ela me ame, não posso pedir isso dela quando vejo nos olhos dela que está começando a sentir algo por seu noivo.
Tudo que eu quero agora, sabendo que Anne pode estar se apaixonando por Patrick, é esquecer o que sinto por ela e focar na prisão de José, que agora vem sendo a minha prioridade.

Queria poder dizer a Anne que tem um homem planejando matar Patrick e fazer mal a ela.
O pior é que não sei por quanto tempo meu disfarce irá durar.
Sou um policial disfarçado, a polícia procura por José há anos, e enfim encontramos a forma de o prender, absolutamente ninguém sabe, muito menos minha mãe.
Preciso manter ela e Mariah protegidas e estar infiltrado no tráfico de José, pode colocar as duas em um enorme perigo.

- Tomás, temos um plano para pegar José e todos os capangas dele e os prender até semana que vem!

- Qual é o plano?

Sentei em uma das cadeiras, ficando de frente para ele, esperando o mesmo explicar o plano.

- Você disse que ele planeja sequestrar a noiva do Patrick Jones, certo?

Balanço a cabeça assentindo.

- Ele quer sequestrar ela, pedir uma troca e na troca, ele quer matar o Jones.

- No dia do casamento, vamos colocar policiais disfarçados em todo o território da igreja e também na casa deles. Temos que prender ele no dia do casamento, ou tudo estará perdido.


- Podemos contar a verdade ao Jones e aos Collin e assim...

- Não - Ele diz me interrompendo - Não vamos contar nada as famílias. Estaremos lá e iremos prender o José de uma vez por todas!

- Filho, onde esteve?

Jessie pergunta ao me ver entrando na cozinha, beijo a testa de Mariah que está sentada fazendo as tarefas da escola.

- Resolvendo alguns problemas no banco. Tudo bem?

- Os ânimos aqui não estão muito bons.... - ela diz sendo as mãos no pano de prato.

- Como assim?

- Parece que a Sra. Jones está aqui causando um alvoroço no escritório com os patrões.

- E por que ela faria um alvoroço?

- Não sei. E não vamos saber. Nosso dever é trabalhar. Então fica com o carro pronto, pode ser que os patrões precisem de você - balanco a cabeça assentindo.

- E Anne?

- Anne está com Patrick...

- Ah, claro!

Aperto os lábios e então Mariah coloca sua mãe em cima da minha.
Sorrio para minha irmã, tentando mostrar a ela que estou bem, ela parece preocupada comigo.
Quando faço menção de levantar, Sra. Susan entra na cozinha visivelmente nervosa e tremendo.

- Senhora, tome um copo de água - mamãe entrega um copo de água para ela e a ajuda a sentar em uma das cadeiras. - Mariah, vá para o jardim terminar as tarefas. Vá, querida!

Mariah balança a cabeça assentindo e após guardar os materiais, sai correndo em direção ao jardim.
Encosto na parede, mamãe me encara e em seu olhar percebo que está pedindo para eu sair da cozinha, imediatamente obedeço e saio.
Quando chego na entrada da casa, vejo que meu celular está tocando, fito o nome de José.
Atendo.

- Tomás!

- E então, quando será o casamento? Preciso começar a planejar como tudo será no dia do casamento.

- O casamento será semana que vem. No sábado. Posso ir até aí para saber mais detalhes?

- Você não pode como deve! Venha aqui de noite e te conto todos os detalhes. Ah! Ia me esquecendo, tenho uma proposta para te fazer.

- Tem? Qual?

- Quer a Collin para você?

Sinto meu coração palpitar.
Parece que Anne é um objeto... um simples objeto.
Meu Deus...

- E então?

- Eu quero! Quero mais do que qualquer coisa!

- Quando chegar aqui, te falo o que quero em troca!

- Ok!

Desligo.
Respiro fundo e mando uma mensagem ao meu chefe informando que estarei com José a noite.
Respiro fundo e fito Bia, a amiga de Anne, ela cruza os braços e sorri se aproximando.

- Bia, não é?

- Acertou!

Ela diz rindo, também dou risada.

- Sabe me dizer se Anne está em casa?

- Não. Não está. Ela saiu com o noivo. E quer um conselho?

- Acho que sim - sorri.

- Os ânimos lá dentro estão muito pesados. Isso acontece quando os Jones estão aí, então, aconselho não entrar agora.

- Eu vou seguir o seu conselho! Se Anne não esta, prefiro ficar beem longe!

Ela da uma gargalhada arrumando a bolsa em seu ombro.

- Bom, vou indo! Até mais, Tomás!

- Até mais, Bia!

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5/10

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